domingo, 29 de janeiro de 2012

Mas que grande galo!!!

Bem, este comentário começa com a minha indignação com a forma como os grandes nomes do FC Porto são tratados...

Primeiro a questão do lateral direito, que se tem vindo a arrastar ao longo da época... Vítor Pereira insiste em colocar Maicon nessa posição, ele que já deu mostras de ser completamente incapaz de corresponder àquilo que é minimamente exigível, mantendo Fucile e Sapunaru, que o ano passado dividiram o protagonismo nessa posição (e levaram 4 títulos para casa), completamente à margem.... Agora foi a vez de Helton merecer essa falta de respeito... Não percebo bem porquê, mas foi-lhe retirada a faixa de capitão. O que se passou??

Quanto ao jogo pouco há a dizer que já não tenha sido mais que debatido ao longo da época. A diferença está que desta vez, tal como quando jogaram com a Académica, os problemas da equipa levaram a uma derrota... 3-1 foi como a sentença final!


Ora, quanto à arbitragem e ao mérito do Gil Vicente, VP nada pode fazer, claro está... Agora se a equipa foi má deve-se a quem?? A primeira parte foi completamente apática, previsível, com todas as movimentações demasiado denunciadas, sem criatividade alguma… Não é a jogar com dois médios defensivos que se resolvem os problemas no ataque. Sim, porque os nossos maiores problemas estão no ataque, na finalização!!

De todos os nossos médios, Belluschi é sem dúvida alguma o mais criativo, aquele que mais joga com o pensamento no golo e, apesar de estarmos com problemas no ataque, o argentino fica no banco e vai até ser emprestado. Não sei o que dizer a isto, muito sinceramente. E ainda menos sei dizer ao facto de logo nos primeiros minutos estarmos a ver todo o filme do jogo, e VP esperar pelo segundo tempo para fazer as alterações que devia ter feito assim que os problemas foram diagnosticados. Sim, porque a primeira parte não foi só má a partir do momento que o Gil Vicente se colocou em vantagem no marcador. Era má antes disso, e assim continuou. Os craques tão amados de VP lá continuaram a fazer asneira atrás de asneira: refiro-me a Kléber, e Maicon… E quando não faziam asneira, faziam as coisas mal porque não sabem fazer melhor, o que é ainda mais triste.

A qualidade do jogo foi de tal maneira má, que até Álvaro Pereira, que tem sido, na minha opinião, o jogador mais equilibrado ao longo da época, decidiu fazer uns centros completamente despropositados, pensando que alguém poderia marcar da bancada. Às tantas até estava certo: a probabilidade de algum adepto marcar um golo da bancada, da maneira como o jogo estava a decorrer, seria praticamente a mesma de ver um avançado nosso a facturar.

Para ajudar à festa, juntou-se Bruno Paixão. Convenhamos que não seria preciso a sua ajuda para o desfecho deste jogo ser miserável, mas ainda assim, decidiu que uma cotovelada na cara, com direito a sangue e tudo, não constitui falta, muito menos quando cometida dentro da grande área, porque seria impensável o Porto ter direito a usufruir de uma grande penalidade.

Depois, outro grande galo foi Otamendi. Depois de ter trocado os olhos tantas vezes com as movimentações de Hugo Vieira, nada melhor do que colocar a mão na bola dentro da grande área… Pimbas, grande penalidade e está de fora do próximo jogo. Mas será que o argentino não tinha ainda percebido que os problemas de visão de Bruno Paixão só surgiam quando o FC Porto estava a atacar??

Ora, com a segunda parte vieram as alterações, para uma missão quase impossível de dar a volta a um resultado desfavorável de 2-0 face a um adversário que defendia com todos os jogadores. Era quase o mesmo que tentar mandar abaixo a muralha da China ao pontapé. Aos 48 minutos Kléber cai na grande área, a bola já tinha passado, e o guarda-redes Adriano toca e derruba o brasileiro. Seria falta, seria grande penalidade, mas mais uma vez um raio de Sol (em plena noite, veja-se) bateu na cara de Bruno Paixão e por momentos deixou de ver bem e , claro, nada foi assinalado. Assim, aos 52 minutos, a defesa portistas, completamente adormecida, porque o jogo não dava para mais, fica a ver André Cunha receber a bola, fintar calmamente Rolando, e ainda mais calmamente enviar as bolas para o fundo da baliza portista e consumar assim o 3-0.

Como as coisas não estavam ainda suficientemente desastrosas, Rolando leva também amarelo, e junta-se a Otamendi num dia de folga extra, e assim ficamos sem os dois centrais titulares para o próximo jogo.

Com Danilo e Belluschi em campo a qualidade de jogo estava a melhorar, mas não era suficiente para dar a volta a um resultado tão pesado como o 3-0. Por isso, quando Belluschi dá o ar se sua graça aos 77 minutos, ao fazer uma fantástica assistência que resultou no golo de Varela, igualmente bem executado, os festejos foram tão fúnebres.



E assim, 100 semanas depois, o FC Porto volta a sofrer uma derrota para o campeonato, e lá se foi o record. Responsabilidades? Em primeiro lugar da SAD, ou Pinto da Costa, ou seja lá quem está por detrás da organização da equipa, porque não foram capazes de encontrar um substituto à altura de Falcao, e têm feito contratações completamente despropositadas. Precisamos de mais defesas, de mais médios?? Eu a pensar que era no ataque que estavam as nossas deficiências… Depois, outra fatia da responsabilidade vai para o VP, que, coitado, não é capaz de fazer mais ou melhor. Como é possível que em 2004, a cada mau resultado ou má exibição se despedisse displicentemente o treinador, sem dar sequer uma segunda oportunidade, e agora deixam este senhor VP dar cabo da época e do prestígio do FC Porto? Ainda demos o benefício da dúvida quando as más exibições começaram a surgir, mas tantos meses depois??Como se faz esquecer de forma tão rápida uma época tão extraordinária como a do ano passado? Como conseguiram aniquilar completamente uma equipa praticamente intocada (à excepção de Falcao, claro está), que o ano passado ganhou TUDO?

Isto parece uma piada… E só em jeito de piada posso acabar esta crónica: MAS QUE GRANDE GALO!

Saudações portistas,
Carla Correia

6 comentários:

TertúliaPortista disse...

Oi temos de continuar a acreditar mas é preciso vencer.
Saudações Portistas.
Muito sucesso!

Melhores cumprimentos



http://tertuliaportista.blogspot.com/

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Péssima e vergonhosa exibição!

O encornado Bruno Paixão ajudou à festa, mas isso não justifica tudo.
Não temos jogadores com sangue na guelra, capazes de enfrentar de peito feito um encomendado que tinha a lição estudada.

Muito dificilmente revalidaremos o titulo.

Hora pois de preparar a próxima época sem os erros que se cometeram no planeamento desta.

Abraço

Paulo

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Com ou sem Paixão, quem joga assim tão mal não merece ser campeão.

Quando é que esta equipa cresce e se mostra uma verdadeira candidata?

A culpa é de todos. dos jogadores, dos técnicos e da SAD.

Estamos a meio da época e ainda não foram corrigidos dois aspectos que surpreenderam os responsáveis. As fugas do treinador e do avançado.

Desde então, o FC Porto parece uma barata tonta! às vezes parece querer engrenar, como frente ao V. Guimarães, mas logo a seguir cai na mediocridade, que tem sido a imagem de marca desta equipa. Foi-se a Taça de Portugal, foi-se a Champions e a jogar assim Liga Europa, Campeonato e Taça Calabote Baptista não passarão de uma miragem.

Que pena!

Um abraço

dragao vila pouca disse...

Com o andor em movimento, carregado de apitadores e afins, era fundamental que o F.C.Porto entrasse no jogo com outra atitude, outra dinâmica, outra rapidez, outra qualidade. Um Porto a mostrar que queria ganhar, capaz de mostrar que, independentemente de tudo e não tem sido pouco, a que temos assistido, não deixaria de cumprir a sua obrigação. Um Porto que mostrasse crença, raça e carácter na luta pelo título. Mas esse Porto não apareceu em Barcelos.
Lento, precipitado, desconcentrado, previsível, com vários jogadores a nunca entrarem no jogo, o Campeão deu 45 minutos de avanço e só mostrou um cheirinho do que pode e sabe, quando o resultado já estava decidido - como é possível aquele 1º golo? Como é possível 3 jogadores do F.C.Porto, mais o guarda-redes, estarem completamente a dormir e sofrerem aquele golo? O Gil bateu-se bem, teve mérito, é, como tinha dito no post de antevisão, uma equipa bem organizada, mas não fez nada de transcendente. A equipa de Paulo Alves joga sempre assim frente aos grandes e por isso não foi uma surpresa a forma fechada e em contra-ataque como jogou. Houve foi Porto a menos. Também é verdade que a arbitragem foi miserável, com claro prejuízo da equipa azul e branca - penalty não assinalado sobre Defour, que foi atingido e derrubado pela cabeça; penalty contra o F.C.Porto a um minuto do intervalo, que deu o 2 a 0, com o que isso significou no desenrolar da partida, num lance precedido de fora-de-jogo; penalty cometido pelo guarda-redes do Gil sobre Kléber ...-, mas hoje, quando se pedia um grande Porto, capaz até, de ir ao Inferno buscar a vitória, esse Porto não esteve em campo, grande parte dos 90 minutos. E quando esteve, foi pouco esclarecido a encontrar os melhores caminhos, jogou mais com o coração que com a cabeça. Eu, para destroçar Paixão, tinha de ter visto muito mais do meu clube e isso não vi.

Ainda falta muito campeonato, é verdade, mas quando se esperava que a equipa portista fosse capaz de pressionar a liderança, não deixasse cavar um fosso, continuasse a depender apenas de si e mostrasse atributos que dessem confiança numa grande segunda-volta, hoje em Barcelos, o Campeão deu vários passos atrás, pareceu conformado e mostrou que lhe falta alma. E sem alma... fica muito difícil, quase impossível. Este Porto, definitivamente, não dá confiança. Tão depressa aparece bem e parece estar no bom caminho, como logo a seguir borra, da forma mais grosseira, a pintura

Vítor Pereira tem culpas, claro que sim, os treinadores têm sempre culpas quando as coisas correm como correram hoje, mas será uma injustiça considerá-lo o único culpado. Há quem tenha tantas culpas como o treinador... Falaremos disso mais a frio, nos próximos dias...

Abraço

P. Ungaro disse...

Boas,

O jogo de ontem foi mais um, não para esquecer, mas para ter presente na memoria.
Primeiro, e na minha opinião com varios erros de casting.
Começando pela apatia de Helton, sem braçadeira esteve desconcentrado ou contrario do que é normal permitiu 2 golos que podia ter feito mais.
Depois a não inclusão de Danilo, num jogo que era necessário profundidade lateral.
Quanto aos centrais mais uma vez digo que o melhor, Mangala, devia ter lugar cativo.
Souza não é de perto nem de longe um polvo.
A inclusão de Moutinho e Defour, 2 jogadores com caracteristicas semelhantes, para estes jogos onde +e necessária criatividade, não resultaram.
Kleber ... continua a travessia do deserto, é esforçado sim mas se calhar precisava de um treinador de avançados, que lhe ensinasse as movimentações na area.
Por fim o que esteve melhor foi o Bruno Paixão ... que cumpriu na integra o seu trabalho como ja nos habituou á muitos anos. Não serve de desculpa, mas ajuda e muito.

Um abraço

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/

Dragaoatento disse...

Façanhas de escroques e quem não chora não mama!

E aconteceu assim para a posteridade. Com os dragões a serem espoliados de duas grandes penalidades, um golo validado precedido de fora de jogo e um penalti mais que duvidoso marcado contra o FC Porto!
Depois de duras críticas ao árbitro que prejudicou o Gil Vicente no jogo da Luz com os encarnados, António Fiúza fez jus ao seu nome ao reclamar um árbitro isento, entenda-se, favorável aos gilistas, para apitar o jogo em Barcelos contra o FC Porto. E o que é certo é que o actual patrão dos árbitros fez-lhe a vontade ao nomear o trafulha do Bruno Paixão sobejamente conhecido pela sua alergia ao azul e branco, para dirigir o jogo com o Gil Vicente. Depois o resultado está-se mesmo a ver, tinha que dar asneira da grossa para o lado dos portistas: foi o penalti duvidoso a favor do Gil marcado contra o FC Porto, por outro lado, fez vista grossa a duas grandes penalidades na área da equipa de Barcelos, que ele deliberadamente não quis ver, mais, validou o segundo golo dos visitados que foi precedido de fora de jogo, já para não falar da dualidade de critérios utilizado na amostragem dos cartões amarelos, intimidando nitidamente os azuis e brancos!
Quando o presidente do Gil Vicente, António Fiúza, lançou duras críticas ao árbitro Marco Ferreira no final do jogo frente ao Benfica, acusando-o mesmo de ter vacilado perante a pressão dos adeptos encarnados.... já estava a pensar em exigir um árbitro do género, mas agora de modo a inclinar o campo para o seu lado, a fim de ser compensado!
... António Fiúza expressou ainda o desejo de «ganhar ao FC Porto» na próxima jornada mas com «um árbitro isento». Claro, isento à boa maneira do Fiúza!