domingo, 12 de fevereiro de 2012

El Bandido entrou e desencravou!

O FC Porto recebeu hoje o União de Leiria em jogo corresponde à 18ª jornada da Liga Zon Sagres. Após a boa exibição e a vitória para a Taça da Liga, as expectativas relativamente a este jogo eram altas. Com a ausência, por castigo, da dupla de centrais habituais, Mangala e Maicon voltaram a ser os escolhidos para actuar no centro da defesa, sendo que as laterais estiveram entregues a Danilo e Álvaro Pereira. Lucho e Janko, como seria de esperar, mantiveram a titularidade, e a novidade foi o regresso de Hulk ao onze inicial, que envergou a braçadeira de capitão, em detrimento de Cristian Rodriguéz, que tinha actuado nessa posição para o jogo da Taça da Liga.

A primeira parte foi bastante morna, desde logo porque o ritmo era lento e o União de Leiria defendia com praticamente todos os jogadores. Um verdadeiro teste à paciência dos jogadores esta atitude leiriense. Ainda assim, os azuis e brancos foram construindo algumas jogadas de perigo, principalmente pelos pés de Moutinho, a quem Oblak roubou a oportunidade de facturar, e por Hulk, que foi imprimindo alguma velocidade ao jogo. Quanto a Janko, cumpriu na íntegra o seu papel, mostrando uma grande capacidade de desmarcação e inteligência nas movimentações. A primeira parte foi toda do Porto e os números falam por si: domínio na posse de bola, no número de ataques conduzidos, nos cantos, nos remates, enfim...só faltou o golo.

Imperava-se na segunda parte uma mudança de atitude, com transições mais rápidas, maior velocidade nos flancos, uma maior capacidade de improvisação... Faltava, enfim, James Rodriguez. O miúdo colombiano entrou aos 60 minutos e virou completamente o jogo, quando assistiu Janko para o 1-0 numa jogada de puro ataque, com o austríaco a ser competente na finalização. Um minuto antes disso, porém, houve uma grande penalidade mais do que evidente cometida sobre Hulk que ficou por marcar, e um minuto depois, um fora de jogo mal tirado ao ataque do FC Porto que isolava dois jogadores frente ao guarda-redes leiriense.

Com o marcador desencravado, o jogo ganhou velocidade, os espaços foram aparecendo, e a equipa apresentava outra dinâmica. Álvaro Pereira tinha sede de golo, por várias ocasiões ia tentando o remate, mas Oblak interpunha-se sempre com qualidade. Mas é James quem chega ao golo, em mais uma grande jogada do ataque portista. Hulk deixa Lucho na cara do golo, cujo remate é travado por Oblak, o qual se mostra já incapaz de defender a recarga do miúdo argentino.

A insistência de Álvaro Pereira acabou também por dar frutos, e aos 86 minutos marca o terceiro tento portista, após assistência de Djalma, que havia entrado para o lugar de Hulk. Três minutos depois é a vez de Maicon sentenciar o jogo, com um golo de cabeça, após marcação de livre por James.

Em 25 minutos o FC Porto conseguiu desencravar o jogo e golear por 4-0 o União de Leiria, equipa que se limitou a defender, tendo tido uma produção atacante praticamente nula. A chave foi claramente a entrada de James Rodriguez na segunda parte, jogador que imprimiu velocidade ao jogo, contrariando a muralha defensiva que o Leiria havia construído. Contas somadas, o colombiano marcou um golo e fez duas assistências.





Por outro lado, a classe de Lucho Gonzaléz fez-se sentir no meio-campo portista, com bons passes, boas construções de jogadas. O argentino actuou, mais uma vez, como se nunca tivesse saído do FC Porto e os companheiros ainda fossem os mesmos.

Também Hulk voltou muito bem à equipa, após paragem forçada por lesão. O seu desempenho foi bom ao longo do jogo, com maior incidência na primeira parte, mostrando ser o único jogador capaz de contrariar, pela velocidade e técnica, a barreira que o Leiria formou em frente à sua baliza...até à entrada de James.

Quanto a Janko, dois jogos, dois golos, e muitas oportunidades para marcar. Está no bom caminho o avançado austríaco.



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Após uma primeira muito morna, o resultado acabou por ser melhor que a consistência da exibição. Ainda assim, o jogo teve sempre apenas uma direcção e acabou por ser uma vitória mais que justa, construída na base da insistência, e na exibição "d'El Bandido". A goleada dá outro ânimo para o jogo da próxima semana, para a Liga Europa, frente ao Manchester City, e mostra que a equipa ainda não desistiu do campeonato. O jogo na Luz poderá ser decisivo.

Saudações portistas,

Carla Correia

4 comentários:

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Este jogo resume-se ao antes e depois, de James claro.

Foram 60 minutos desperdiçados, com futebol pouco inspirado e nada prático, frente a uma equipa acantonada na sua área.

Vítor Pereira reconheceu no final que o jogo estava a pedir a entrada de James! Porquê esperar uma hora?

Sendo certo que o FC Porto ficou a dever a si próprio o facto de ir para as cabines com o resultado em branco (Janko desperdiçou um golo cantado) a verdade é que com a entrada do colombiano tudo se modificou.

Apareceram os espaços (e não foi pela justa expulsão do mouro emprestado, as oportunidades em catadupa e os golos. A equipa transfigurou-se.

Aquilo que estava a ser difícil tornou-se fácil. Foram quatro golos mas poderiam ter sido o dobro.

De resto, uma equipa que joga como o Leiria de Cajuda jogou deveria ter sido derrotada por 10-0.

Um abraço

dragao vila pouca disse...

Quando um jogo só tem um sentido; quando só uma equipa quer jogar; quando a outra só quer defender e usa um sistema 5x5; concentram-se 21 jogadores num meio-campo e a vida não fica fácil para a equipa que tem de atacar... Mesmo que essa equipa pressione muito, jogue muito bem, seja rápida a pensar, a executar, encontre as melhores soluções para destruir os autocarros, seja eficaz na hora de finalizar. Ora, se como aconteceu nos 45 minutos iniciais, raramente a equipa portista foi capaz de fazer o que devia, está explicado o nulo ao intervalo. Embora e é justo referi-lo, apesar de tudo que ficou por fazer, a equipa de Vítor Pereira merecia ir para o descanso em vantagem, no mínimo, de um golo. Não foi porque Janko foi perdulário e o guarda-redes leiriense, fez uma grande exibição.

A segunda-parte foi bem diferente.
Primeiro, porque o F.C.Porto entrou com outra dinâmica, pressionava mais e com isso obrigava a equipa de Leiria a ter cada vez mais dificuldades em se defender, a recorrer a faltas sucessivas. Depois, porque numa dessas faltas, um passador argentino de nome Shaffer, jogador emprestado pelo clube do regime, entrou com tudo sobre Moutinho e foi expulso - o lance foi perto de mim e a decisão, sem ver imagens, pareceu-me correcta ... A seguir, talvez a razão mais importante, porque saiu um desinspirado Varela e entrou um inspirado e decisivo James. Com o colombiano a entrar bem e a procurar zonas interiores, não só os centrais da equipa orientada pelo marroquino, tiveram mais alguém, para além de Janko, com quem se preocupar, como o melhor e mais esclarecido dos médios, João Moutinho, teve um interlocutor capaz de perceber e dar seguimento às jogadas que o pequeno grande nº 8 portista, ia criando. Foi assim o primeiro golo. Bela jogada de JM, passe a rasgar para James e assistência perfeita para Janko encostar. Aberto o marcador, ficou a vida mais facilitada para o Campeão, apesar da equipa da cidade do Lis, mesmo a perder, nunca ter abdicado de ter os autocarros bem em frente da sua baliza.
Só que nessa altura e em vantagem, o F.C.Porto já tinha outra confiança, as jogadas já saíam melhor e os golos foram entrando uns atrás dos outros, até ao quatro a zero final - só não entraram mais dois ou três, porque Palito, cismou que tinha de marcar e marcou, mas antes de fazer um belo golo, foi egoísta e não fez o que era devido, assistir, como fez James, Janko que estava em bem melhor posição para facturar.

Nota final:
É preciso ter uma grande lata, para depois de ter jogado com todos os autocarros marroquinos que tinha à mão, ao contrário da forma aberta e macia como jogou frente ao seu clube do coração, o SLB; ter levado quatro e poder ter levado mais outros quatro; ver a sua equipa a não ter criado uma situação de perigo, não ser capaz de saber o que fazer com a bola no último terço do campo - como podia, se só foi preparada para defender? -, Manuel Cajuda, o marroquino, aparecer no flash interview, armado em mártir, vitimizando-se, dando a entender que perdeu por causa do árbitro. É falso, é uma falta de respeito e é uma forma lamentável de sacudir a água de um capote que enfiou dos pés à cabeça.

Abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Ontem foi melhor o resultado que a exibição.

O Leiria entrou de autocarro em campo, e só um Porto em velocidade poderia romper a defensiva contrária, algo que não sucedeu, registando-se assim o nulo ao intervalo.

Na segunda parte, com a expulsão do jogador leiriense, com o desgaste da defensiva contrária, e com a imaginação e velocidade de James, acabamos por marcar 4 golos, e que poderiam ter sido mais, diante de uma União de Leiria muito frágil.

Vítor Pereira mexeu tardiamente na equipa. James face à estratégia do adversário bem poderia ter rendido Fernando logo na primeira parte, ou no onze inicial.
Precisamos de mais Porto para vencer e convencer.
Valeu a vitória que nos permite assegurar o segundo lugar e manter-nos na luta pelo primeiro.

Abraço e boa semana

Paulo

100% Dragão disse...

Boas

Um Porto demasiado lento, sem dinâmica. Não dá para entender porquê. A entrada do James desbloqueou o jogo. Mesmo a um ritmo baixo criámos várias oportunidades, acabamos lentamente por chegar a goleada. Vitória justa como é obvio.

Abraço

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