domingo, 18 de novembro de 2012

Dificil era mesmo não ganhar…

Vítor Pereira arriscou e muito provavelmente não sabia que iria ser assim tão fácil derrotar o Nacional, e logo por um claro e expressivo 3-0!

A argumento “gestão” é discutível. Se calhar no jogo com a Académica, no Dragão, justificava-se essa mesma gestão, pois constatou-se um jogo a baixo ritmo, sem grande qualidade, onde se destacou o individual e não o colectivo.

Neste jogo, esperava-se algum sacrificio para alguns jogadores, mas Vítor Pereira entendeu que não e agora no final é fácil dizer que teve a atitude correcta, mas… podia ter corrido mal!

A equipa foi renovada no sector atacante e na primeira parte foram poucas as acções ofensivas de qualidade. Kléber teve logo aos 6 minutos uma oportunidade clara de golo, mas obviamente falhou!

O Nacional não causava grande perigo, com excepção de um livre que Manuel da Costa esteve perto de marcar. Do outro lado o FC Porto tentava controlar o jogo e aos poucos, com o acerto do meio campo e uma defesa sólida conseguiu esse tal controlo.

E numa boa jogada de Atsu pela direita, acabou por efectuar um cruzamento perfeito para um gesto técnico perfeito de Lucho que marcou com o pé esquerdo um bom golo que veio dar tranquilidade à equipa e aumentar a pressão sobre o Nacional, que até então tinha feito muito pouco.

Foi uma primeira parte sem grande interesse, pouca velocidade, poucas oportunidades de golo, sem grandes destaques a evidenciar parte a parte.

A segunda parte foi diferente para melhor. O Nacional abriu mais as suas linhas e com isso causou mais perigo junto da baliza de Fabiano, mas também permitiu ao FC Porto chegar mais vezes e com mais perigo no ataque.

E foi nesta segunda parte que se destacaram em definitivo 3 jogadores. Fabiano, que fez duas defesas dificeis e que demostram que temos um grande guarda-redes, poucas vezes teve que intervir, mas quando o fez foi com qualidade. Otamedi, que continua num nível de qualidade como nunca visto desde que chegou ao Dragão, e se antes podiamos associar ao facto de estar com Maicon ao lado, mesmo com um jovem como Abdoulaye, Otamendi mantém o nível e a segurança defensiva. E por fim, Atsu, que mesmo tendo jogado a meio da semana, cresceu na segunda parte, provocou desiquilibrios, e assistiu novamente para o segundo golo do Porto, marcado por Mangala.

Antes do golo, já Vítor Pereira tinha percebido que era preciso dar alguma qualidade à equipa, e fez entrar Moutinho e James. Rapidamente a equipa começou a circular melhor a bola, ainda que o golo de Mangala não tenha tido ainda muita influência das entradas de Moutinho e James.

Com a lesão de Mangala, que tem sido titular em todos os últimos jogos, aqui Vítor Pereira não tem feito a devida gestão, não foi possivel fazer descansar Lucho ou mesmo Atsu, que estavam já nos limites.

Com o segundo golo o Nacional assumiu-se como derrotado e até final, foi ver o FC Porto a circular a bola entre os jogadores e o Nacional a tentar nos cruzamentos para a área, conseguir reduzir a vantagem.

Mas quem marcou foi novamente o FC Porto e por intermédio de Kléber, que numa boa desmarcação foi por ali fora, e conseguiu marcar. Regista-se o primeiro golo oficial de Kléber esta época, muito pouco, para quem até têm tido algumas oportunidades para jogar e bastantes oportunidades para marcar!

Objectivo cumprido. O FC Porto também está nos Oitavos de Final da Taça de Portugal.

Na próxima quarta-feira novo jogo, desta vez para a Champions. Motivação e ambição para ganhar não irá faltar, até porque, em caso de vitória, e caso o PSG perca o jogo em Kiev, o FC Porto alcança matematicamente o primeiro lugar no grupo. E logo depois vem o primeiro grande embate para a Liga, com a deslocação a Braga.

Vítor Pereira deverá ter estes dados em conta, e face às lesões e cansanço de alguns jogadores, é admissivel que este Porto para a Champions não seja o FC Porto na sua máxima força.

A ver vamos…

Força Porto.

Ricardo Nuno Gonçalves Jorge

4 comentários:

dragao vila pouca disse...

Podia ter corrido mal. Podia, mas correu bem. Se a gestão devia ter sido com a Académica? Mas tem alguma coisa ver as condições em que os jogadores estavam frente aos estudantes, com as de ontem?

Fabiano, Miguel Lopes, Abdoulaye, Otamendi e Mangala, Castro, Defour e Lucho, Iturbe, Kléber e Atsu.
Se olharmos para cima, para a equipa que entrou, rapidamente constatamos que apenas 2 jogadores, normalmente, titulares indiscutíveis, Otamendi e Lucho, entraram de início. Isso diz tudo das demasiadas alterações e alguns riscos que Vítor Pereira aceitou correr. Mas, mesmo com um conjunto muito diferente do habitual, a equipa portista fez uma primeira-parte muito agradável e chegou ao intervalo a vencer justamente por 1-0. Apesar de um ou outro lance de perigo, mais depois do golo de Lucho aos 27 minutos - fantástica a jogada de Atsu, circunstancialmente na direita, com um cruzamento para o 2º poste, onde apareceu El Comandante, de primeira e sem deixar cair no chão, a fazer um magnífico golo - e quase sempre através de lances de bola parada, livres, cantos e até lançamentos laterais, o F.C.Porto foi melhor. Com excepção de Mangala, com dificuldades naturais a atacar, mas também na cobertura ao jogador que lhe surgia por ali e Kléber, que não aproveitou duas belos ocasiões de golo, o resto da equipa movimentou-se e organizou-se bem, soube ter bola, fazê-la circular, foi capaz de pressionar e fez algumas jogadas interessantes. Atendendo à equipa utilizada, os primeiros 45 minutos portistas foram uma agradável surpresa e o resultado nem merecia discussão.

A segunda-parte foi muito parecida com a primeira.
Sendo o jogo de Taça de Portugal, a eliminar, era natural que o Nacional tenha saído para o jogo mais activo, mais atrevido, mais perigoso. Mas, a equipa portista, com a defesa, guarda-redes incluído - Fabiano, ainda tem coisas a melhorar, nomeadamente, nas saídas aos cruzamentos, mas tem tudo para vir a ser no futuro o nº1 -, aguentou e depois, com o 2-0 por Mangala e a entrada da qualidade que Moutinho e James, primeiro e Danilo depois, trouxeram, o F.C.Porto geriu bem, controlou melhor e ainda aumentou, num belo lance que Kléber concretizou - espero que seja o clique para que o nº11 portista, arrebite, definitivamente.
Mais golo menos golo, ninguém colocará em causa ajustiça da vitória do bi-campeão. A lamentar a lesão de Mangala.

Nota final:
Atendendo aos condicionalismos que impediram o trabalho normal de preparação do jogo; atendendo à equipa que entrou, sem rotinas e com jogadores pouco rodados; podemos considerar que a vitória e a exibição do F.C.Porto foi uma belíssima surpresa. Vítor Pereira arriscou e deu uma oportunidade a quem tanto a tem reclamado e o F.C.Porto pode ter ganho jogadores para o futuro. Abdoulaye joga como um veterano e deve ser a luz que ilumina, Iturbe, Castro, Kelvin...
Obviamente não referi C.Atsu, esse já é uma certeza e hoje demonstrou-o exuberantemente.

Abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Ontem não pude assistir ao desafio.

Hoje quando foi ver a constituição da equipa, deparei-me com a completa surpresa.

VP arriscou e rodou a equipa, colocando em campo jovens, que sob o comando de Lucho deram uma resposta positiva, angariando uma fantástica vitória num campo muito difícil.

Pelo resumo que vi, o Nacional apenas criou perigo nas bolas paradas.

A equipa está confiante e unida, e temos pérolas que estão a crescer e à procura da afirmação. Atsu foi brilhante no lance do primeiro golo, numa fantástica jogada colectiva, tem um pormenor magico individual que deixou colado ao relvado o opositor. No segundo golo novamente Atsu, ao invés de cair, parece um copo teimoso e cruza para uma excelente finalização de Mangala.

Mangala, Abdoulaye e Atsu são jogadores de futuro no FC Porto.

Kléber apesar do golo continua a falhar golos incríveis. Tem de trabalhar este capítulo.

Foi uma passagem que a atitude e profissionalismo da equipa tornaram fácil.

VP após uma época passada muito conturbada, em que foi criticado e olhado com desconfiança pelos adeptos, nos quais eu me incluo, esta época tem vindo a provar que Pinto da Costa mais uma vez deu um voto de confiança justo num treinador, que é humilde e bom profissional.
Assim, VP conjuntamente com o apoio de Paulinho Santos e Lucho, tem um grupo unido, que joga com alegria, e tem vindo a lançar miúdos, que basta terem cabeça e a curto prazo poderão singrar no FC Porto.
Por isso a figura da partida de ontem é VP!

Abraço e boa semana

Paulo

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Jogo bem controlado, numa exibição quanto baste, numa equipa claramente de gestão (inteligente e bem sucedida), tendo em conta as incidências da semana e os jogos que se seguem.

Constatação de muito espírito de grupo, mentalidade ganhadora, ambição, confiança e responsabilidade, factores essenciais na formação dos campeões.

Continuemos assim e o futuro continuará a ser risonho.

Parabéns a todos.

Um abraço

Anónimo disse...

Uma boa e importante vitória.Numa arriscada mas bem sucedida constituição efetuada por Vitor Pereira. A pontos que se tivesse corrido mal, como se costuma dizer, não faltariam críticas. Felizmente desta vez todos os que foram chamados a jogar, entre os que têm sido menos utilizados, tiveram atitude e querer. E assim sendo esta equipa é de Lucho!

Em suma, foi um fim de semana em cheio, com vitória dupla em andebol, total nas camadas jovens de futebol, também no hóquei, inclusive em boxe e em pool de bilhar e... até na equipa B de futebol!