Tal como se previa, o FC Porto teve uma difícil prova de superar diante da Briosa, e só com um Moutinho de Lucho a superamos.
Após o apuramento para os oitavos-de-final da champions e a fantástica exibição diante do Marítimo, os adeptos esperavam mais brilhantismo na vitória de hoje, o que não foi possível muito por mérito de uma Académica muito bem escalonada, concentrada, disciplinada e rigorosa na marcação aos nossos homens do tridente ofensivo, e sempre sem descurar as transições rápidas por intermédio de Cissé, Marinho e Wilson Eduardo.
Após o apuramento para os oitavos-de-final da champions e a fantástica exibição diante do Marítimo, os adeptos esperavam mais brilhantismo na vitória de hoje, o que não foi possível muito por mérito de uma Académica muito bem escalonada, concentrada, disciplinada e rigorosa na marcação aos nossos homens do tridente ofensivo, e sempre sem descurar as transições rápidas por intermédio de Cissé, Marinho e Wilson Eduardo.
Os homens de Pedro Emanuel estavam motivados após a vitória diante do Atlético de Madrid, e com o passar dos minutos, não conseguindo o FC Porto abrir o activo, ainda mais confiança angariavam.
Foi necessária portanto muita cabeça e paciência para encontrar o caminho certo para o golo.
Os adeptos foram excelentes no apoio à equipa, pois noutros tempos os assobios soariam bem cedo.
A equipa está confiante e segura a defender, e VP tem bem delineado o modelo de jogo da equipa, com James a ser uma espécie de híbrido que tanto é 7 como 10.
Apesar das lesões de Maicon, Fernando e Alex Sandro, três pedras que até à lesão eram titulares indiscutíveis, VP soube encontrar alternativas, e Mangala, Defour e Abdoulaye têm cumprido bem os seus papeis.
Durante a primeira parte, fomos previsíveis nas acções ofensivas, o que facilitou a tarefa defensiva da Briosa.
Só em erros individuais do adversário, ou recuperações rápidas de bola, conseguimos criar perigo.
Numa dessas ocasiões, logo aos nove minutos Jackson Martínez apareceu isolado, e o guarda redes adversário ao sair da área tropeçou, mas o chapéu do colombiano saiu ligeiramente ao lado da baliza. Foi uma excelente oportunidade desperdiçada.
Numa outra aos dezanove minutos, Jackson recupera a bola a meio campo, dá para Danilo que abre em James na área, mas El Bandido no movimento interior na busca do espaço para o remate perde imenso tempo, e permite o corte de um defesa forasteiro.
Até ao apito para intervalo nota de realce para um remate de Jackson por cima do alvo. Todavia o colombiano foi egoísta pois tinha James ao seu lado sem oposição ao remate. Pesou aqui o objectivo individual de conseguir a marca de Jardel e Pena.
Tivemos na primeira parte muita posse de bola, mas o nosso jogo não era objectivo, criativo, e quase sempre terminava sem tiro à baliza à guarda de Ricardo.
Com James escondido do jogo, Varela apagado e Jackson sem bolas na área, VP tinha de encontrar soluções para desmanchar a estratégia da Briosa na segunda parte.
E assim foi. No segundo tempo a equipa entrou com mais velocidade de circulação de bola, e surgiram no jogo Lucho e Moutinho.
Aos cinquenta minutos após uma recuperação de bola a meio campo de Varela, El Comandante com um excelente passe abre para James na direita, que em velocidade entra na área e abre o activo.
Foi um golo justo, que surgiu numa boa altura do jogo, logo na reabertura do segundo tempo.
A equipa foi paciente e num erro adversário, com uma recuperação de bola, numa transição rápida conseguiu finalmente encontrar o caminho para o golo.
Pensava-se que a Académica fosse abrir o seu jogo, mas não, manteve-se concentrada e a complicar a nossa tarefa.
Mas eis que aos sessenta minutos surge um dos homens do jogo a apontar um golo de levantar um estádio - João Moutinho, que após passe atrasado de Lucho enche o pé e remata do meio da rua sem hipóteses de defesa para Ricardo. Grande golo!
VP aproveita o segundo golo, e faz descansar Varela, colocando no seu lugar Atsu.
O jovem ganês poucos minutos depois de entrar podia ter apontado o terceiro golo.
Após jogada de Jackson que de calcanhar passa a Moutinho que isola o ganês, mas Ricardo com uma excelente defesa nega o golo a Atsu.
Sentia-se no estádio que o jogo estaria decidido, mas a cínica Académica não desmoronou as linhas, e Wilson Eduardo reduziu num remate de primeira para 1-2 num lance em que a bola bate à frente de Helton, traindo-o por completo.
Com o golo academista, o FC Porto manteve a tranquilidade e geriu os ímpetos adversários com muita posse de bola. VP aproveitou para descansar Moutinho.
Até final só mesmo Helton numa saída dos poste colocou o coração na mão dos adeptos. O brasileiro saiu da baliza para chegar à bola, mas o rápido Cissé atrapalhou e gerou-se uma situação de perigo, que o próprio Helton resolveu saindo a jogar com os pés.
Poucos minutos depois deu-se o apito final com o FC Porto a conquistar merecidamente, mas sem brilho, os três pontos.
Destaque na partida para João Moutinho e Lucho, que na segunda parte souberam pautar o nosso jogo, e foram o cérebro para delinear as jogadas que abriram a muralha defensiva adversária.
Moutinho e Lucho com passes rasgados para as costas dos defesas adversários, foram tentando servir ora Jackson, Varela ou James.
El Comandante fez duas assistências para golo. Moutinho apontou o golo da noite.
Excelente dupla esta que pauta o nosso jogo.
Nota de realce também para James que após uma primeira parte em que apareceu, tal como a equipa, apático e sem criatividade, na segunda parte entrou mais solto e após assistência de Lucho fez um excelente golo.
Na defesa Otamendi e Abdoulaye tem feito uma excelente dupla, com o argentino a assumir o comando da defensiva, e a transmitir tranquilidade para a evolução segura de Abdoulaye.
Mangala fez um bom jogo, ofuscando por completo Marinho.
Danilo do outro lado da defesa, fez um jogo apático tal como a equipa. O brasileiro tem de ser mais acutilante no corredor.
Varela fez um jogo esforçado, batalhou, mas ao contrário dos últimos jogos não foi um elemento desiquilibrador.
Defour cumpriu bem o seu papel, fechando bem os espaços.
Jackson Martínez falhou o objectivo de bater o recorde de Pena e Jardel, mas foi sempre uma carga de trabalhos para os defesas adversários. Foi muito bem marcado por João Real.
Valeram os três pontos conquistados, que nos permitem manter a liderança.
Última nota para o mau estado do relvado, que aqui e ali complicou o nosso jogo.
Excelente o número de adeptos presentes no Dragão, que ultrapassou os trinta mil.
Agora segue-se o jogo para a Taça de Portugal diante do Nacional, uma partida complicada, que tentaremos vencer para seguir em frente na prova.
Abraço e boa semana.
Força Porto!
Paulo
2 comentários:
Boas,
Resumindo e concluindo ... mais uma vitoria, mais 3 pontos.
Quanto ao jogo a primeira parte não foi conseguida, não tivemos dinamicos, estivemos lentos e sem rasgos ...
Na segunda parte entramos bem ... tivemos boas jogadas, podiamos ter marcado mais golos, e sofremos um golo de um lance fortuito e totalmente contra a corrente do jogo, mas são coisas que acontecem no futebol.
Quanto a equipa acho que individualmente estiveram a bom nivel, mais uma vez acho que Danilo está com pouca rotação e Miguel Lopes poderia e deveria jogar, claro que sei que temos que o valorizar, mas para mim que não ganho nada com isso e nesta altura ... tem que jogar o Miguel.
Um abraço
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt
Duas surpresas esperavam os 31.910 espectadores que se deslocaram no princípio da noite ao Dragão - hora boa, tempo bom, ainda assim, menos público do que eu esperava... Não houve a habitual revista às tropas por parte dos stewards - parece que só as claques tiveram esse "privilégio" - e estreou-se nos painéis de publicidade electrónica o novo patrocinador, o Banco de Minas Gerias, BMG.
E vamos ao jogo que teve duas partes bem distintas... Depois de 45 minutos iniciais de complicador ligado, pouca inspiração, muitos passes e opções erradas, que deram um nulo, justo, ao intervalo, embora as únicas oportunidades de golo tenham pertencido ao F.C.Porto, os segundos 45 minutos foram diferentes, bem diferentes e para muito melhor, por parte do bi-campeão. Importa referir, antes de passar ao melhor período da equipa azul e branca, que se houve pouco Porto na primeira-parte, foi porque a Académica esteve bem organizada, forte e rigorosa na marcação, cumprindo à risca a estratégia do seu treinador.
Mantendo o mesmo onze, mas vindo com outra atitude e determinação, o F.C.Porto entrou forte à procura da vantagem. Mais rápido com bola e sobre a bola, circulando e passando melhor, a equipa de Vítor Pereira, com naturalidade e numa bela jogada que James concluiu da melhor maneira, chegou à vantagem. O mais difícil estava conseguido. A vencer e ao contrário do que acontece às vezes, a equipa portista manteve o ritmo, a pressão e a qualidade, foi tricotando algumas belas jogadas e com justiça, num grande golo de João Moutinho, aumentou para 2-0. Com um resultado que dava algum conforto, até porque dominava e controlava o jogo - a Académica raramente chegou à baliza de Helton...-, parecia que tudo estava decidido, até porque o 3-0 esteve mais perto do que o 2-1.
Mas e esse é um dos encantos do futebol, contra a corrente de jogo, numa dupla falha de Lucho e numa má abordagem ao lance por parte do guarda-redes do F.C.Porto, que me pareceu desatento, a equipa de Coimbra reduziu e colocou alguma emoção do estádio e pressão sobre o conjunto azul e branco. Embora, é bom dizê-lo, sem nunca criar grande perigo, sem nunca colocar Helton em grandes dificuldades.
Tudo somado, vitória justo, indiscutível, mas com um resultado enganador, do F.C.Porto que não foi capaz de repetir o brilhantismo do jogo frente ao Marítimo.
Cumprimos a nossa obrigação, continuamos na liderança e isso é o mais importante, no final de uma semana muito positiva para o Dragão, com uma desgastante viagem a Kiev pelo meio. Agora mais uma debandada para as selecções e a seguir uma deslocação bem difícil à Choupana para a Taça de Portugal. Cá estaremos confiantes, moralizados e espero, com mais alternativas à disposição do treinador.
Notas finais:
James e Moutinho marcaram e na segunda-parte estiveram muito bem, mas, mesmo sem marcar, no conjunto dos 90 minutos, pelo que trabalhou e jogou, Jakson foi, para mim, o melhor.
O relvado continua em mau estado...
Abraço
Enviar um comentário