O FC Porto picou o ponto e somou mais 3 pontos na Liga. Já são 11 jornadas sem perder e apenas com um empate pelo meio é este o registo deste FC Porto, que mesmo sem deslumbrar, como foi hoje, foi competente, concentrado e eficaz.
Face ao desequilibro de forças era de esperar um resultado e sobretudo uma exibição diferente, contudo este Portimonense surpreendeu pela positiva. Com uma marcação cerrada a Hulk e Varela, e um meio campo a pressionar muito Ruben Micael e Belluschi, o Portimonense fez aquilo que o Benfica não conseguiu fazer, que foi bloquear o sistema de jogo em vários momentos.
É certo que João Moutinho e Fernando, no meio campo, e Falcao no ataque eram baixas de peso, mas foi mais mérito do Portimonense do que demérito do FC Porto.
Ainda assim, a primeira parte só deu FC Porto. Antes do golo, o FC Porto teve algumas boas oportunidades para marcar, mas alguma atrapalhação no último momento fez adiar o primeiro golo até aos 30 minutos. Walter esteve muito activo nesta primeira parte, procurando algumas vezes o remate fora de área, mas claramente este jogador mostra potencial e toque de bola, contudo seria curioso em vê-lo jogar com outro avançado ao lado, tal como fazia no Brasil.
Na segunda parte, o FC Porto abrandou muito o ritmo, já sem Varela, que esteve muito apagado e com Cristian Rodriguez, que mais uma vez não conseguiu ser melhor que Varela, a nível ofensivo o FC Porto foi apagando a chama. No meio campo, e com o Portimonense a pressionar um pouco mais, mas sem grande perigo, começou a desgastar-se, primeiro Ruben Micael e mais tarde Belluschi fez com que se partisse muito o jogo. Walter foi outro dos jogadores que desceu muito de nível e ritmo e ao ser substituído por Ukra, que também não trouxe nada de novo, o FC Porto começou a permitir algum controlo por parte do Portimonense.
Os minutos passavam e o FC Porto não conseguia marcar o 2º golo, o que começou a intranquilizar a equipa, mas esta noite o sector defensivo esteve muito bem, muito concentrado e curiosamente, menos atacante que em outros jogos, sobretudo Alvaro Pereira e Fucile.
Mas o FC Porto apesar de não marcar e também de não permitir que o Portimonense criasse perigo, foi sempre a equipa que controlava o jogo e o 2º golo só poderia mesmo surgir de um lance de bola parada. Um penalti sobre Cristian Rodriguez permitiu a Hulk marcar à 11ª jornada o seu 11º golo para o campeonato, 16º da época e ainda nem chegámos a meio.
É certo que hoje Villas Boas não tinha muitas opções no banco para revitalizar a equipa e sendo forçado a substituir Varela e Ruben Micael acabou por optar pelo controlo da bola. Um pouco arriscado, pois se o Portimonense tivesse marcado perto do fim, seria muito complicado arranjar forças e sobretudo motivação para chegar à vitória.
Destacar pela positiva e acima da média Walter e Hulk, pelos golos marcados e Otamendi que fez o seu melhor jogo ao serviço do FC Porto. Muito forte a defender, na antecipação e algumas vezes até saiu muito bem com a bola controlada.
Pela negativa destacar Varela, que este muito abaixo do que já mostrou, muitas perdas de bola, sem capacidade de desequilibrar e Cristian Rodriguez, mais uma vez, jogou muitos minutos e não conseguiu, nem de perto, nem de longe, fazer aquela posição no terreno.
Para as contas finais, o FC Porto cumpriu, somou mais uma vitória, importante, nas vésperas de viajar até Lisboa para defrontar o Sporting, naquele que será o 3º grande teste desta primeira volta.
Declarações de Villas-Boas:
Última nota para os adeptos que compareceram em massa no Dragão. Mais de 40 mil pessoas estiveram no Dragão, num domingo à noite, numa noite fria e de tempestade.
Interrupção na Liga pois vem aí a festa da Taça de Portugal e uma visita a Moreira de Cónegos já no próximo fim de semana.
Ricardo Jorge
5 comentários:
Caros portistas,
Sem dúvida que tivemos algumas dificuldades, mas acho que o FCP deu a volta a todas elas, e quando teve as oportunidades soube aproveita-las e facturou mais 3 pontos objectivo cumprido, venha o próximo.
Cumprimentos,
Ultrasfcportomatosinhos
Demasiada descompressão.
É natural e compreensível que depois de uma vitória tão retumbante e tão categórica como a de domingo passado, haja tendência para descomprimir, baixar o tom, pensar que o mais difícil já foi conseguido e não é necessário manter a mesma atitude, o mesmo espírito e a mesma concentração como contra o Benfica. Compreendo isso muito bem e ia mentalizado que esta noite não seria de Ópera, mas também não ia à espera de tanto cinzentismo, de uma música tão desafinada. Quando num domingo à noite, contra um adversário pouco apelativo, com todo o respeito pelo Portimonense e com um tempo chuvoso e frio, se tem 40.418 espectadores no Estádio, não se deve baixar tanto o nível exibicional, passar de 80 para 8. Com isso "mata-se" o entusiasmo, desmobiliza-se os adeptos, perde-se o estado de graça. As alterações, que foram várias, servem como atenuantes, mas não explicam tudo. O problema que afectou esta noite a equipa do F.C.Porto foi um mal que, pensava eu, estava definitivamente ultrapassado e dera lugar à imagem de marca do Dragão de Villas-Boas: um colectivo forte que potencia as individualidades. Hoje as individualidades quiseram fazer tudo sozinhas, marcar golos de qualquer maneira, até do meio-campo e assim, nem brilhou o colectivo nem brilharam as individualidades. Ganhamos, mantivemos a distância e isso é fundamental, é o que importa, dirão alguns. Pois, mas para mim isso não chega, é possível juntar o útil ao agradável e hoje foi como um regresso ao passado recente. No passado noites como esta eram a regra, espero que com Villas-Boas, sejam a excepção.
Um abraço
Bom dia,
Ontem tivemos uma exibição menos conseguida.
O nosso meio campo, com Ruben e Belluschi não funciona. São dois atletas que não se complementam e que por vezes parecem algo confusos na ocupação dos espaços.
Varela teve problemas musculares, e não estava ao seu melhor nível, acabando por ser substituído.
Hulk ontem esteve algo apagado, pois também não teve um meio campo que o servisse, para criar desequilíbrios vindo de trás.
Alvaro e Fucile tentaram lançar o ataque, mas principalmente Alvaro longe do fulgor dos últimos jogos.
Villas-Boas numa altura que o Portimonense estava a ganhar o meio-campo, soube ler bem o jogo e colocou e campo os aguerridos Castro e Ukra e reequilibraram o jogo.
Nota negativa para o jogador Jumisse que teve duas entradas muito perigosas, e que deveria ter sido expulso.
Estiveram melhor neste jogo Helton, Otamendi, Guarin e Walter.
Walter acabou por também sair desgastado fisicamente.
Nota positiva para o público que numa noite fria, acorreu ao Dragão em grande número ... mas nota negativa para os assobios, que intranquilizam a equipa, há que ter calma, pois nem sempre vamos realizar jogos brilhantes como aquele contra o Benfica.
Abraço
Paulo
Foi realmente uma exibição muito apagada, aquela que os atletas portistas ofereceram à boa assistência presente (mais de 40.000 é obra!), para assistir a um jogo contra um dos últimos classificados.
Villas-Boas, apesar das suas claras mensagens para o grupo de trabalho, não conseguiu evitar um relativo relaxamento, que a vantagem pontual, sempre provoca no espírito da equipa.
Ainda que as ausências de peso fossem consideráveis, a categoria dos jogadores utilizados exigia outra performance.
Destaques positivos:
O belo golo de Walter;
A manutenção dos dez pontos de vantagem;
O 11º golo de Hulk em 11 jogos do campeonato;
A décima vitória em 11 jornadas;
O 28º jogo consecutivo sem experimentar o amargo sabor da derrota.
Viva o FC Porto!
Um abraço
Na minha opinião foi um jogo QB, no entanto o campeonato é uma prova de resistencia e não de velocidade. Como diz e bem o AVB não vamos ganhar todos os jogos por 5-0 ...
O mais importante é que continuamos embalados e com excelentes resultados.
Um abraço e boa semana
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/
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