quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Foi pouco mas chegou

Capa jornal "O Jogo"
A direcção do FC Porto fechou parte das bancadas e limitou os lugares a 30000 espectadores para este jogo da Taça da Liga, mas apenas 15000 pessoas compareceram neste fria noite de Inverno para apoiar os Dragões.A estreia de Danilo é que, como seria de esperar, foi adiada, possivelmente por questões burocráticas, e Iturbe mais uma vez ficou no banco. Devido à ausência destes dois jogadores no onze incial, o jogo começou com assobios que demonstravam o descontentamento dos adeptos face a estas opções.

Este foi o onze apresentado: Bracali; Maicon, Otamendi, Mangala e Alvaro Pereira; João Moutinho, Souza e Defour; Varela, Kléber e James Rodríguez.

A equipa do Estoril, eles próprios a fazer poupanças para o próximo jogo da Liga Orangina, da qual são líderes, foi um adversário que não colocou problemas de maior. O caudal ofensivo do FC Porto foi sempre intenso, mas o maior problema desta equipa está na finalização. Com Kléber a falhar algumas oportunidades importantes, e a receber assobios por causa disso, esperava-se que James ou Varela tentassem resolver o jogo. Durante a primeira parte, por isso, as melhores oportunidades surgiram de bola parada: primeiro por Mangala, aos 8 minutos, após livre cobrado por Moutinho, falhou a baliza por muito pouco, e depois pelo próprio Moutinho, aos 36 minutos, com a cobrança de um livre que fez Vagner brilhar. Pouco mais há a dizer desta primeira parte, pois o nulo manteve-se até ao intervalo.

Na segunda parte, o Porto começou mais pressionante, com Kléber a entrar bem e a arrancar alguns tímidos e desconfiados aplausos. Aos 62 minutos James Rodriguez envia a bola ao poste depois da marcação de mais um livre directo. O ascendente portista culminou com o tento apontado por Silvestre Varela aos 65 minutos, que, praticamente sem oposição, rematou à entrada da área e colocou os azuis e brancos em vantagem no jogo. Até ao final do jogo pouco mais se viu. Iturbe, que rendeu Defour aos 78 minutos, teve aos 82 uma boa oportunidade, mas rematou ao lado. Já no prolongamento, valeu ao Porto a falta de pontaria de Pedro Moreira, que, de frente para a baliza, poderia bem ter empatado o jogo e complicado as contas portistas.

O jogo foi fraco, sem cor e sem emoção. Perante um frágil Estoril que estava a jogar a poupar, esta equipa do FC Porto tinha obrigação de ter feito mais. Exige-se uma solução viável para o ataque. Varela marcou e deu os três pontos à equipa da casa, mas o até o seu festejo, esmorecido, é imagem de uma equipa sem chama e sem ambição.
Kléber foi uma desilusão para os adeptos, pois mais uma vez não conseguiu facturar, e desperdiçou as poucas oportunidades que teve. Falcao continua a deixar saudades, e esta época poderá ficar comprometida devido ao facto de ainda não termos encontrado um substituto à sua altura.

Varela foi o grande destaque deste jogo, primeiro porque regressou à titularidade, depois porque se esforçou bastante para dar uma alegria aos adeptos, o que acabou por conseguir. Marcou uma posição frente a Vítor Pereira, e provou que ainda tem muito para dar. Álvaro Pereira é o nosso outro destaque positivo. O lateral esquerdo, que acabou por ser titular devido à lesão de Alex Sandro, é dos poucos jogadores que continua  a levar a equipa para a frente, dando profundidade ofensiva.



Obviamente que o FC Porto foi um justo vencedor, o Estoril pouco ou nada fez em todo o jogo, e as melhores oportunidades, e praticamente as únicas, pertenceram aos azuis e brancos.


Todas as imagens dos jogos do FC Porto.
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Feitas as contas, falta apenas um ponto para a equipa do FC Porto se qualificar para a próxima fase desta mal amada Taça da Liga. Mal amada, mas nunca antes tão desejada, uma vez que a época já prometeu muito mais do que agora.

Saudações portistas,
Carla Correia

2 comentários:

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

De ontem podem-se retirar mais algumas ilações.

Kléber não é jogador para o Porto. Joga sob pressão, e tem debilidades técnicas/tácticas enquanto ponta de lança.

Vítor Pereira não é definitivamente treinador para o Porto. O Porto não tem fio de jogo, e vive somente da qualidade individual de alguns jogadores, que tem permitido vencer os jogos.
O que distingue os bons dos maus treinadores é a sua capacidade de gerir homens, e VP tem demonstrado ser um péssimo gestor de balneário. Está a delapidar uma equipa. Será que Varela, Guarin e Sapunaru, titulares na maior parte da época passada, perderam a qualidade patenteada?! Não me parece!
VP nem teve a inteligência quando assumiu o comando da equipa, de dar continuidade ao trabalho da época passada...sem inventar.
A constante mudança dos jogadores do miolo só prejudica a equipa, e não permite a criação de automatismos. Quantas vezes vimos em épocas transactas jogadores como Deco e Lucho em baixo forma que mantinham ainda assim a titularidade...muitas! Um atleta necessita de continuidade na equipa para se poder afirmar.
O pêndulo/coração/motor de uma equipa não pode ser constantemente trocado.
Varela foi o melhor em campo, a ver vamos se não vai ao mocho novamente!
VP até na gestão do discurso pós jogos tem demonstrado prepotência ou estupidez. Ontem afirmou "Assobios das bancadas? Não ouvi nada...", bem isto é brincar com os sócios e adeptos que apoiam a equipa, alguns com muitas dificuldades.
Esperemos que as coisas mudem quando contratarmos um ponta de lança, pois caso contrário este será um ano decepcionante.

Abraço e boa semana

Paulo

dragao vila pouca disse...

Bem, falar da primeira-parte, não é fácil...
Dominamos, tivemos o controlo total do jogo, beneficiamos de 8 ou 9 cantos a favor, mas só por uma vez o guarda-redes do Estoril se teve de aplicar, num lance de João Moutinho e de bola parada. Não houve dinâmica, criatividade, velocidade e principalmente, contundência no último terço do campo. Com Kléber completamente fora de jogo, com James abaixo do normal, só Varela foi mostrando alguma coisa, não muita, mas o suficiente para ser o melhor dos avançados. Se a isso juntarmos um meio-campo pouco esclarecido e durante muito tempo, demasiado atrás, está explicado o nulo, frente a uma equipa que, talvez porque poupou vários jogadores habitualmente titulares, não mostrou nada, apenas se preocupou em defender e para manter a sua baliza a zero, nem foi preciso grande trabalho.

Na segunda-parte, melhor, mas não muito...
Sem ser nada de especial, houve mais pressão, mais intensidade, maior dinâmica, mais ritmo, o mesmo domínio, melhorias, durante 30 minutos, sensivelmente, é verdade, mas a mesma incapacidade de criar e marcar. Convenhamos que embora não seja a única razão, é difícil jogar e ser perigoso no ataque, quando o jogador que joga pelo meio e na frente, Kléber, não acerta uma. Tanto jogo Alvaro criou, para quase nada. Se Kléber não mostrou nada, já Varela, que andava mal, pelo contrário, jogou bem os 90 minutos, marcou e a jogar assim, pode ser uma opção válida... até porque Rodríguez que ficou no banco e foi titular no último jogo, pouco tempo depois de entrar, lesionou-se e acabou o jogo a coxear.
Resumindo, foi uma vitória justa, mas uma exibição pobre. A Taça da Liga não motiva por aí além, há tendência a abrandar, poupar esforços, o espírito não é o mesmo do campeonato e isso pode explicar a qualidade da exibição portista. Será? Domingo teremos a resposta se foi apenas isso...

Notas finais:
Se Kléber não aproveita estes jogos para mostrar serviço, ganhar moral e deixar certezas que pode ser opção, não sei quando o poderá fazer. Aliás e a propósito do avançado - prefiro assim e não ponta-de-lança -, seria incompreensível que depois da saída de Walter e com Kléber a render tão pouco, persistíssemos no mesmo erro e tal como em Agosto, não contratássemos um avançado.

Ainda não foi hoje que vimos Danilo. Não sei se as razões da sua ausência se devem a qualquer problema burocrático ou a opção técnica. Aguardemos...

Muito bem as claques...

Abraço