terça-feira, 20 de março de 2012

Taça mal amada

O presidente desvalorizou, o treinador desvalorizou ambos em detrimento da Liga. Mas isso é óbvio, se compararmos ambas as competições chegamos à evidente conclusão que a Liga é o principal objectivo. Agora isto não quer dizer que esta competição não é para ganhar!

Nem faz sentido a equipa com a grandeza do FC Porto, o clube Português com mais títulos oficiais, um dos clubes do mundo com mais títulos internacionais, que chegue ao cumulo de disputar um acesso a uma final de uma competição e menospreze o jogo, a competição. É certo que no domingo, existe mais um jogo para a Liga, e? Uma equipa que quer estar presente todos os anos na Champions não tem capacidade física para aguentar 2 jogos por semana?

A meia final da taça da Liga é para ganhar, ponto final. E não é por se tratar de um rival, é sim, por se tratar de mais um título oficial, uma competição que por acaso o FC Porto nunca ganhou, e a possibilidade de o clube conquistar 3 títulos esta época, algo que atenuará o desaire na Champions, na Liga Europa e sobretudo na Taça de Portugal.

Continua presente na memória de todos a dupla vitória em Lisboa na época passada. Este ano o caso pode repetir-se com a curiosidade, que a vitória de amanhã, significa o acesso directo a uma final. Desta vez o FC Porto não tem uma desvantagem para recuperar, mas também isso não significa que o jogo será mais fácil até porque, bluf à parte, ninguém acredita que o adversário não irá fazer tudo para ganhar o jogo. Está em causa evitara 4ª derrota consecutiva em casa com o FC Porto, e está também em causa a possibilidade de conquistar aquele que até poderá ser o único título desta época.

Vítor Pereira não teve grandes dificuldades na escolha dos jogadores. Relativamente à ultima convocatória, saíram Helton e Cristian Rodriguez, tendo entrado Kadu e Varela, recuperado da lesão.

Ora no caso de Helton é óbvio que a opção resultou da escolha da titularidade de Bracali nesta competição, já no caso de Cristian Rodriguez, uma vez que não consta do boletim clínico, é perfeitamente estendível que a passiva exibição na Madeira, conjugada com as noticias da intenção de sair do FC Porto a custo zero, não podia ter outra consequência.

Lista de convocados: Bracali e Kadú, Lucho, Maicon, Alvaro, João Moutinho, Kléber, Hulk, Rolando, Varela, James, Sapunaru, Mangala, Alex Sandro, Iturbe, Janko, Otamendi e Defour.

No último jogo, sem Fernando, foi notório o desgaste bem cedo do meio campo do FC Porto. Sem as rotinas defensivas, nem Moutinho nem Defour acertaram com a posição de pivô defensivo e nem mesmo a dinâmica de um meio campo sem o pivô defensivo foi vista na Madeira.

No ultimo jogo do campeonato o FC Porto, ao contrário do que a maquina de propaganda benfiquista intoxicou a opinião pública, simplesmente anulou por completo o adversário. A estratégia foi perfeita, o FC Porto dominou, antes de estar a ganhar, depois de estar empatado e mesmo em desvantagem no marcador. O segredo foi óbvio, ao colocar Hulk e Djalma a fechar os flancos, Vítor Pereira anulou a dinâmica do adversário muito vincada na velocidade pelos flancos.

Amanhã, em rigor, a estratégia não será a mesma, até porque Fernando não estará em campo, e nem Varela, nem Iturbe e muito menos James, têm a capacidade de Djalma em fechar o flanco. Contudo é provável que o FC Porto apresente uma nova estratégia para este jogo. Será bem provável, face às ausências, que Vítor Pereira apresente um 4X4X2, com James a jogar mais no meio campo e lá na frente Hulk e Varela mais abertos. Este esquema poderá permitir que a qualquer momento a equipa altere o seu sistema de jogo consoante as incidências que o jogo assim determine.

A grande surpresa amanhã poderá ser a inclusão de Iturbe ao lado de Hulk. Sendo um jogador mais explosivo, mais agarrado à bola que gosta de partir para a baliza e rematar, Vítor Pereira poderá reservar para amanhã a grande estreia do jovem Iturbe, que tarda em aparecer na equipa.

Este sistema para além de permitir um reforço do sector do meio campo, poderá surpreender mais uma vez o rival e assim catapultar a equipa para mais uma vitória em Lisboa, aquela que poderá ser a 4ª consecutiva.

Equipa provável: Bracali, Sapunaru, Maicon, Rolando e Alvaro Pereira, João Moutinho, Defour, Lucho e James, Iturbe e Hulk.



O jogo não está a suscitar o mesmo interesse como o último clássico, há duas semanas e meia atrás, mas não será por isso que o FC Porto não terá o apoio dos seus adeptos.

A equipa chegou tranquilamente a Lisboa, ao final da tarde e esperamos todos que parta com mais uma vitória e a garantia da presença na final da Taça da Liga.

O jogo está marcado para as 20:45 e terá transmissão na SIC.

Força Porto.
Ricardo Jorge

3 comentários:

SR disse...

Boa leitura do que poderá acontecer mais logo!!!
Concordo! Subscrevo!

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Para esta meia final da taça da liga, espera-se um Porto sério e com vontade de vencer.
Por muito pouco que este troféu represente, uma equipa como o FC Porto entra sempre em qualquer competição para a vencer.

Espero portanto uma vitória que nos permita alcançar a final.

São esperados muitos adeptos do FC Porto no apoio à equipa, e que merecem o empenho dos atletas.

Abraço e boa semana

Paulo

dragao vila pouca disse...

É um jogo da Taça SLB - Senhor Lucílio Baptista - e assim o meu pensamento é o mesmo desde que foi criada a prova: jogamos sempre para ganhar, nem a feijões gostamos de perder e então contra o clube do regime, da arrogância e da prepotência, nem se fala, mas, atenção!, a grande prioridade é o campeonato. Por isso não podemos correr riscos, temos de sair vivos da Luz, temos de ter na Capital do Móvel, frente ao difícil e perigoso Paços de Ferreira, disponíveis, os nossos melhores jogadores. O clube do regime, diz o panfleto da queimada, vai jogar pela honra - que honra? -, portanto, calma, concentração, nervos de aço. Nada de precipitações, reagir a confusões, provocações, más decisões. Joguemos o nosso futebol, com a vantagem psicológica de lhes termos ganho os três últimos jogos e na casa deles, mas sem presunção, com a humildade que nos caracteriza.
Se ganharmos, óptimo, será mais uma vitória saborosa, nada mais que isso, não será razão para grandes euforias - como se viu no passado bem recente, uma vitória frente aos vermelhos de Benfica, não foi uma injecção de moral suficiente para que no jogo seguinte, frente à Académica, a vitória sorrisse ao Dragão... Se perdermos, também não será razão para grandes dramas, não significará um forte abalo na moral, não provocará danos substanciais para o importante jogo de domingo na Mata Real. Apenas temos de elevar com a fanfarronice e o trogloditismo vermelho.

Abraço