segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Acelerou, Ganhou!

Tal como aconteceu em Olhão e Vila do Conde, o FC Porto viu-se ontem a perder pela terceira vez esta época, mais uma vez fora de casa, mais uma vez contra uma equipa teoricamente muito mais fraca.

Uma primeira parte que até não jogou mal, com excepção de alguma lentidão nos processos ofensivos, o Estoril marcou muito cedo, de bola parada e pouco mais fez durante toda a primeira parte, com excepção de um remate perigoso de Lica. O FC Porto controlou, criou algumas oportunidades, teve 2 bolas nos ferros, mas os processos continuavam algo lentos, com muita atrapalhação na zona central, e o flanco mais utilizado pela equipa era o esquerdo com Mangala e Varela.

Defensivamente a equipa estava segura, mas o meio campo e o sector ofensivo teve sempre muito pouco inspirado frente a um Estoril que mal marcou o golo remeteu-se muito na sua area defensiva, cortando quase todos os espaços possiveis para o FC Porto atacar. Só mesmo com velocidade de processos a equipa poderia criar perigo, mas essa velocidade foi muito curta durante toda a primeira parte.
Vítor Pereira não alterou a equipa ao intervalo, mas a equipa veio muito diferente para a segunda parte!

E nem foi pelo facto de ter marcado 2 golos e virado o resultado nos primeiros quinze minutos da segunda parte. Foi sobretudo pela velocidade e pressão que colocou nestes primeiros quinze minutos que sufucou o Estoril, que estaria à espera de um FC Porto forte, mas não contava com um FC Porto tão forte como aquele que entrou para a segunda parte.

Cara nova para a segunda parte que deu resultados práticos e que decidiu um jogo que parecia complicado.

Depois da reviravolta, o FC Porto ainda tentou chegar ao terceiro, mas o discernimento e a velocidade aos poucos começaram a diminuir e nem mesmo com o Estoril a arriscar um pouco mais fez com que o FC Porto conseguisse alcançar mais um golo que desse a tranquilidade na garantia da vitória.

O Estoril arriscou tudo e Vítor Pereira respondeu às alterações ofensivas do adversário com a entrada de Rolando para o lugar de James. Não é muito normal ver este tipo de substituições no FC Porto, sobretudo quando tinha o jogo controlado e quando o adversário estava mais subido no terreno, mas sem criar muito perigo ou sufoco. Mas Vítor Pereira entendeu segurar o resultado e face ao resultado final, correu bem a opção, arriscada, mas correu bem.


Destaques óbvios para Varela e Jackson, mais uma vez, e pelo segundo jogo consecutivo voltaram a ser os marcadores dos golos, foi assim com o Dinamo de Kiev, repetiram frente ao Estoril.

É caso para se pensar, porque não a opção de os ver lado a lado no ataque do FC Porto com James a jogar no centro?

Quem também esteve em bom plano foi Lucho, Moutinho e James, não tão decisivos, mas estiveram em muitos bons momentos do jogo, com as recuperações de bola e muito boas assistências para os adversário.

De saudar o regresso de Rolando aos jogos, foram os primeiros minutos na Liga, e depois da boa exibição no jogo da Taça, fazia e faz todo o sentido que permaneça nos convocados para a Liga. Percebe-se que na Europa a opção é não jogar para não hipotecar uma transferência para um clube que jogue na Champions, mas nas competições internas, pelo seu valor, tem qualidade para estar nos convocados.


Última nota para os adeptos que estiveram no campo do Estoril. O total da assistência não chegou aos 5 mil adeptos, mas perto de 3500 eram Portistas. A bancada superior era praticamente 100% Portista e a bancada central dos sócios muito bem composta de Portistas em família. Ambiente muito bom, seguro, tudo correu bem.
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Próximo jogo é no Dragão e já esta sexta-feira. Continuamos no topo da classificação e queremos continuar por lá.

Força Porto.
Ricardo Nuno Gonçalves Jorge

1 comentário:

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

A equipa tinha um duro teste pela sua frente.
Num campo onde por tradição temos dificuldades, teríamos de dar provas que superávamos a pressão da vitória do Benfica em Barcelos.

Tinha comentado na antevisão a esta partida, que erros defensivos semelhantes aos do último jogo diante do Dínamo de Kiev, não poderiam acontecer, mas sucedeu um que intranquilizou a equipa. Demos meia parte de avanço aos canarinhos, e podíamos ter deitado a liderança a perder.

O Estoril é orientada por um jovem ambicioso, uma equipa bem estruturada e advinham-se muitas dificuldades.
Jogou sem avançado fixo, num bloco sólido, recuando bem as linhas para em transições rápidas sair em contra-ataque.

Ao entrarmos na partida apáticos, com o miolo pouco pressionante e sem intensidade de jogo, facilitamos a vida ao adversário e concedemos-lhe a oportunidade de lutar pelo resultado.

Após o golo dos da casa, reagimos e Jackson e Otamendi poderiam ter empatado, mas o Estoril aguentava-se.

O golo de vantagem dos canarinhos ao intervalo acabou por ser justo, e foi uma lição para os nossos atletas.

Na segunda parte tivemos de puxar dos galões, e só com uma grande atitude e mais velocidade no jogo conseguimos a reviravolta.

Com a pressão alta exercida sobre a defensiva contrária, o FC Porto foi intranquilizando os locais, e foi com naturalidade que chegamos ao empate e se percebeu que a reviravolta no marcador estava ali bem perto.

Jackson, a figura do jogo teve uma arrancada à Hulk e assistiu Varela para o empate, e depois num excelente golpe de cabeça, após livre na meia direita, o colombiano apontou o golo da reviravolta.

O colombiano poderia ter marcado por mais uma ocasião, mas teve uma perdida incrível após jogada de insistência com cruzamento de Fernando.

Até final da partida foi o gerir do resultado com controlo da posse de bola.

Do jogo devem-se retirar ilações para o grupo. Há que encarar os jogos e todos os adversários com seriedade e concentração competitiva.

Abraço e boa semana

Paulo