Depois da excelente exibição diante do Vitória de Guimarães, recebíamos a Olhanense em “ estado de graça”, e nada fazia prever que não sucedesse outro resultado senão a vitória.
A equipa entrou em campo com a “boa nova” do empate do rival, e tinha uma grande
hipótese de se isolar na liderança, mas assim não foi.
Entramos demasiados ansiosos, com vontade de resolver o mais depressa possível a contenda, e esta faceta tirou-nos discernimento para o delinear mais assertivo do jogo ofensivo.
Fomos ineficazes na concretização, por vezes trapalhões, algo que não sucedia ao onze de VP desta época.
O relvado uma vez mais em mau estado facilitou a tarefa defensiva da equipa de Olhão que jogou única e exclusivamente, e se quisermos legitimamente face aos seus objectivos, para a obtenção do empate.
O golo vespertino dos algarvios trouxe confiança às pretensões da turma orientada por Cajuda, que recuou as linhas e foi-se defendendo com as suas armas, e teve em Bracali, guardião azul e branco emprestado, o homem do jogo.
Após uma perda de bola no miolo por Alex Sandro, a equipa algarvia numa transição rápida chegou à vantagem por Tiago Targino.
O público do Dragão, sabendo da importância do desafio, de imediato respondeu com o apoio à equipa.
Foi uma primeira parte com muita posse de bola, como aliás tem sido apanágio da nossa equipa, e marcada pela interrupção da partida por três minutos devido à queda de granizo.
O FC Porto na primeira parte teve muitas dificuldades na definição do último passe, e por conseguinte só obteve uma oportunidade clara de golo ao minuto quarenta, após jogada fantástica de Moutinho com passe de morte para Jackson que parou no peito e rematou. Bracali desviou ao de leve e depois é Maurício, sobre a linha, a evitar que a bola entre, cortando na direcção do seu guarda-redes, que agarrou.
Apito para intervalo e o gosto amargo da desvantagem.
Era notória a ansiedade entre nós portistas, mas também a esperança da reviravolta no resultado.
A Olhanense apenas explorava o contra-ataque, e se conseguíssemos o empate nos primeiros minutos do segundo tempo, era legítimo esperar a conquista dos três pontos.
O golo até surgiu depois de um canto na esquerda, Bracali não desviou bola, e esta bateu e Varela, depois no poste e ficou a pingar em cima da linha. Jackson foi lá e empurrou para o golo.
A partir daqui foi a busca incessante pelo golo que garantisse os três pontos.
A Olhanense respondeu em transições rápidas, tendo o seu canto do cisne aos sessenta minutos, quando Targino uma vez mais apareceu isolado, acabando Helton desta vez por levar a melhor.
Aos 64 minutos de jogo, Cosme Machado assinalou grande penalidade após mão de um defensor algarvio, mas na conversão do castigo máximo Jackson Martínez atirou a bola por cima da baliza de Bracali, desperdiçando a oportunidade de bisar e dar a volta ao marcador.
Já com Liedson em campo, e também Sebá e Tozé, tivemos flagrantes oportunidades para vencer, mas faltou discernimento, fomos trapalhões, e como consequência empatamos.
Destaques individuais para Moutinho e Jackson os melhores elementos da nossa equipa, e pela negativa Danilo que cometeu demasiados erros e teve uma noite para esquecer.
Não merecíamos o empate, e este foi um resultado injusto.
Perdemos uma grande oportunidade de chegar à liderança isolada.
Os adeptos que enfrentaram de peito feito a noite fria do Dragão mereciam a alegria da vitória, mas tal não foi possível.
Fica a sensação que podíamos estar a noite toda a rematar que a bola não entraria, tal era o nosso infortúnio.
Um candidato ao título não se pode dar ao luxo de empatar em casa diante de equipas que lutam pela manutenção.
Agora resta-nos continuar o trabalho positivo, e encarar com optimismo o futuro.
Força Porto!
Paulo
1 comentário:
Perda de bola de alex sandro nao danilo , nao culpem o jogador por coisas que nao faz
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