segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Empate com sabor a derrota

Depois da excelente exibição diante do Vitória de Guimarães, recebíamos a Olhanense em “ estado de graça”, e nada fazia prever que não sucedesse outro resultado senão a vitória. 

A equipa entrou em campo com a “boa nova” do empate do rival, e tinha uma grande hipótese de se isolar na liderança, mas assim não foi. 

Entramos demasiados ansiosos, com vontade de resolver o mais depressa possível a contenda, e esta faceta tirou-nos discernimento para o delinear mais assertivo do jogo ofensivo. 
Fomos ineficazes na concretização, por vezes trapalhões, algo que não sucedia ao onze de VP desta época. 

O relvado uma vez mais em mau estado facilitou a tarefa defensiva da equipa de Olhão que jogou única e exclusivamente, e se quisermos legitimamente face aos seus objectivos, para a obtenção do empate. 

O golo vespertino dos algarvios trouxe confiança às pretensões da turma orientada por Cajuda, que recuou as linhas e foi-se defendendo com as suas armas, e teve em Bracali, guardião azul e branco emprestado, o homem do jogo. 

Após uma perda de bola no miolo por Alex Sandro, a equipa algarvia numa transição rápida chegou à vantagem por Tiago Targino. 

O público do Dragão, sabendo da importância do desafio, de imediato respondeu com o apoio à equipa. 

Foi uma primeira parte com muita posse de bola, como aliás tem sido apanágio da nossa equipa, e marcada pela interrupção da partida por três minutos devido à queda de granizo.

O FC Porto na primeira parte teve muitas dificuldades na definição do último passe, e por conseguinte só obteve uma oportunidade clara de golo ao minuto quarenta, após jogada fantástica de Moutinho com passe de morte para Jackson que parou no peito e rematou. Bracali desviou ao de leve e depois é Maurício, sobre a linha, a evitar que a bola entre, cortando na direcção do seu guarda-redes, que agarrou. 

Apito para intervalo e o gosto amargo da desvantagem. Era notória a ansiedade entre nós portistas, mas também a esperança da reviravolta no resultado. 

A Olhanense apenas explorava o contra-ataque, e se conseguíssemos o empate nos primeiros minutos do segundo tempo, era legítimo esperar a conquista dos três pontos. 

O golo até surgiu depois de um canto na esquerda, Bracali não desviou bola, e esta bateu e Varela, depois no poste e ficou a pingar em cima da linha. Jackson foi lá e empurrou para o golo. 

A partir daqui foi a busca incessante pelo golo que garantisse os três pontos. A Olhanense respondeu em transições rápidas, tendo o seu canto do cisne aos sessenta minutos, quando Targino uma vez mais apareceu isolado, acabando Helton desta vez por levar a melhor. 

Aos 64 minutos de jogo, Cosme Machado assinalou grande penalidade após mão de um defensor algarvio, mas na conversão do castigo máximo Jackson Martínez atirou a bola por cima da baliza de Bracali, desperdiçando a oportunidade de bisar e dar a volta ao marcador. 

Já com Liedson em campo, e também Sebá e Tozé, tivemos flagrantes oportunidades para vencer, mas faltou discernimento, fomos trapalhões, e como consequência empatamos. 


Destaques individuais para Moutinho e Jackson os melhores elementos da nossa equipa, e pela negativa Danilo que cometeu demasiados erros e teve uma noite para esquecer. 

Não merecíamos o empate, e este foi um resultado injusto. Perdemos uma grande oportunidade de chegar à liderança isolada. 
Os adeptos que enfrentaram de peito feito a noite fria do Dragão mereciam a alegria da vitória, mas tal não foi possível. 
Fica a sensação que podíamos estar a noite toda a rematar que a bola não entraria, tal era o nosso infortúnio. 

Um candidato ao título não se pode dar ao luxo de empatar em casa diante de equipas que lutam pela manutenção. 
Agora resta-nos continuar o trabalho positivo, e encarar com optimismo o futuro. 

Força Porto! 
Paulo

1 comentário:

Anónimo disse...

Perda de bola de alex sandro nao danilo , nao culpem o jogador por coisas que nao faz