terça-feira, 16 de novembro de 2010

Basquetebol * FC Porto 91 - Benfica 74


4ª. Jornada * Liga Portuguesa Basquetebol

Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 1.752 espectadores

Árbitros: Luís Lopes, Sérgio Silva e Pedro Costa

FC PORTO FERPINTA (91): Sean Ogirri (22), Carlos Andrade (10), João Santos (14), Greg Stempin (16) e Julian Terrell (10); José Costa (3), Nuno Marçal (8), Miguel Miranda (2), Diogo Correia (0), João Soares (6), Pedro Catarino (0), David Gomes (0)
Treinador: Moncho López

BENFICA (74): Miguel Minhava (1), Ben Reed (14), Sérgio Ramos (10), Heshimu Evans (14) e Elvis Évora (6); Diogo Carreira (5), Gregory Jenkins (6), Francisco Jordão (4), Cordell Henry (8), Rodrigo Mascarenhas (3), António Tavares (3)
Treinador: Henrique Vieira

Ao intervalo: 50-32
Por períodos: 27-16, 23-16, 19-19 e 22-23
Resultado final: 91-74


in fcporto.pt

Dezanove triplos é dose e muito para um jogo só. E é também a primeira razão de uma vitória folgada (91-74) sobre o Benfica, que começou a ser desenhada ao primeiro dos seis lançamentos de três pontos convertidos por Sean Ogirri, o melhor marcador (22 pontos) e uma das grandes figuras da partida. A outra foi o incontornável Greg Stempin, MVP com 16 pontos e 7 ressaltos.

O inequívoco triunfo portista não se explica, contudo, na argumentação exclusiva sobre performances individuais. Como principais fundamentos do desfecho concorrem ainda o apreciável desempenho defensivo, que Moncho López consideraria a «chave do jogo», ou o facto de todos os elementos que compuseram o cinco inicial terem atingido ou ultrapassado a conversão de uma dezena de pontos, o que diz bem da qualidade da exibição colectiva.

Uma entrada em jogo soberba, com três triplos na conclusão dos três primeiros ataques, lançaram os Dragões para uma exibição absolutamente dominadora, especialmente marcada por um jogo exterior inspirado, que ao intervalo já havia produzido a conversão de dez lançamentos aquém da linha de 6,75 metros.

Encontro e adversário dançaram ao doce ritmo do «mambo» de Ogirri, que tirava adversários do caminho entre dribles e simulações, na cadência arrebatadora com que o norte-americano preparava a assistência ou o lançamento exterior em situações limite, para que parece especialmente talhado.

André Villas-Boas, treinador da equipa de futebol, assistia na bancada, deliciado e ovacionado, a mais uma manifestação de supremacia azul e branca, cuja expressão máxima atingiu os 22 pontos no instantes iniciais da segunda parte, enquanto Carlos Andrade, um dos mais generosos e determinantes dos Dragões, incitava a participação do público e se surpreendia com o volume da resposta, na geração de uma atmosfera fantástica.



Figura
Triplista justificou a escolha

Sean Ogirri mostrou ontem porque foi escolhido por Moncho López para reforçar a formação portista. Especialista nos lançamentos triplos, o base converteu seis em dez tentativas. Ogirri contabilizou 22 pontos, quatro assistências e dois roubos de bola.

A derrota por três pontos na Supertaça, competição em que o FC Porto Ferpinta beneficiou apenas de três lances livres (no reencontro com o Benfica, os Dragões converteram 10 em 10), estava vingada, assumiu Moncho, na conferência de imprensa. «Esta vitória cicatriza as feridas morais», disse o técnico espanhol, aludindo também aos 17 pontos de diferença do desfecho no Dragão Caixa, antes de traçar diferenças entre os dois resultados. «No Algarve, qualquer das equipas poderia ter ganho. Aqui não. Aqui foi indiscutível, só nós poderíamos vencer».

«Para nós, é importante ganhar com autoridade, especialmente contra o Benfica», continuou o treinador, que se daria ao luxo de terminar a partida com os jovens Pedro Catarino, Diogo Correia e João Soares em campo, numa fase em que procedia à rotação dos 12 jogadores disponíveis.

Moncho López, que sublinharia ainda a capacidade de circulação de bola revelada pela equipa e a preservação da liderança, partilhada com o Casino Ginásio, reconheceu ainda o papel decisivo desempenhado pelo público portista, ao qual agradeceu: «Jogámos apoiados nos adeptos, o que foi um combustível precioso, em particular no trabalho defensivo».

POS Equipa Pts JG V E D GM GS Cartões amarelos Duplos cartões amarelos Cartões vermelhos
1 Ginásio 8 4 4
0




2 FC Porto Ferpinta 8 4 4
0




3 CAB 8 5 3
2




4 Sampaense 7 4 3
1




5 Benfica 6 4 2
2




6 Ovarense 6 4 2
2




7 V. Guimarães 6 4 2
2




8 Académica 6 4 2
2




9 Lusitânia 6 5 1
4




10 CB Penafiel 5 4 1
3




11 Illiabum 5 4 1
3




12 Barreirense 4 4 0
4





No dia 21 de Novembro, o FC Porto desloca-se a Oliveira do Hospital, onde defronta o Sampaense, em jogo da 5ª. jornada.

Sem comentários: