Com um golo de Falcão que entrou em campo com a equipa a mostrar sintomas de desespero, o FC Porto seguiu em frente na taça de Portugal, rumo à ambiciosa 3ª final consecutiva.
Tal como Villas Boas esperava foi um dos jogos mais difíceis este ano do FC Porto, mas sofrido tinha sido conta a Naval. Este Moreirense conseguiu bloquear o FC Porto e retirar inspiração aos jogadores, que apesar do domínio em todas as estatísticas do jogo, inclusive na disciplina, não conseguiu materializar em golos.
Claramente o bloqueio incidiu apenas nos avançados do FC Porto, sobretudo nas alas, pois o meio campo, constituído por Guarin, Belluschi e Moutinho estiveram bem, quer a defender quer a criar espaços no ataque. Só que face a uma forte e agressiva atitude da defesa do Moreirense, quer Ukra, quer Hulk e mesmo Walter foram praticamente espectadores. Curiosamente, saiu de uma jogada de Belluschi a melhor oportunidade da primeira parte.
Este teria sido um jogo interessante para Cristian Rodriguez, mas Villas Boas optou por nem o incluir nos convocados em detrimento de Ukra e James. O primeiro continua a não mostrar capacidades para integrar esta equipa, não é o mesmo Ukra do ano passado que desequilibrava com a técnica e velocidade. Quanto a James, nada a dizer pois devido às circunstâncias do jogo não foi opção.
Na segunda parte, Villas Boas começou a ver que o jogo não mudava de ritmo, se bem que o FC Porto começou a pressionar mais e o Moreirense a apostar claramente no contra ataque. E perante as dificuldades e 2 jogadores a menos em campo, Ukra e Walter, Villas Boas, não só retirou quem não estava a produzir minimamente como optou por alterar o esquema de 4X3X3 o que fez com que baralhasse o adversário, mecanizado desde o inicio para jogar contra aquele esquema, controlando mais o meio campo e abrindo novos espaços no ataque.
Mais uma vez, o 2º sistema de Villas Boas garantiu a vitória, numa altura que já se adivinhava prolongamento.
Apesar das dificuldades apenas existiu uma equipa em campo à procura da vitória ainda que menos inspirados, foi uma vitória justa.
De destacar pela positiva e homem do jogo, Belluschi, que foi um dos mais esclarecidos, quer a atacar quer a defender, dos pés dele saiu a melhor jogada da primeira parte e o remate à trave que permitiu a recarga de Falcão para o golo. E mesmo na segunda parte conseguiu ter forças para recuperar bolas na transição ofensiva do Moreirense.
Pela negativa, Rafa sobretudo na primeira parte mostrou alguma insegurança no passe e pouca facilidade para atacar, aliás a ala esquerda com Ukra foi praticamente nula em termos ofensivos, Ukra que mais uma vez não aproveitou a oportunidade de jogar de início e Walter que esteve muito apagado, muito parado de movimentos mas também prejudicado pela ineficiência dos alas.
Nota igualmente positiva para Villas Boas, que soube mexer nas peças e no sistema de jogo, mais uma vez com sucesso. Não é por acaso que no flash interview apareceu afónico.
Quanto ao árbitro, mais uma vez Paulo Baptista cometeu alguns erros de principiante. Desde logo considerar carga de ombro de um jogador do Moreirense para com Hulk, que é visível que foi afastado com a mão, ombro, tronco, etc... as faltas à entrada da área do Moreirense que não mereceram acção disciplinar, ao contrário das do FC Porto, aliás, apenas 1 jogador do Moreirense viu o cartão amarelo, num lance que levou atrás Guarin. Claro que o golo invalidado ao Moreirense aparenta ser regular, mas aí foi responsabilidade do fiscal de linha. Em resumo erros graves a mais para um jogo que até foi correcto e os jogadores facilitaram.
Última nota para o público presente, muitos portistas numa tarde inicio de noite gelada.
O FC Porto segue em frente na prova onde quer ser novamente o vencedor.
Ricardo Jorge
5 comentários:
Amigos portistas, este foi um jogo difícil, um jogo que só deu ataque por parte dos Dragões, mas faltava o principal, a finalização, o(s) golo(s). Mas como quem tem Falcão tem tudo, ou quase tudo, entrou na partida e resolveu o jogo, e carimbou a passagem para a próxima eliminatória da Taça de Portugal. Agora que venham daí os lagartos e o resto é treta. :)
Cumprimentos,
ultrasfcporto
Jogo complicado que o FC Porto não conseguiu simplificar, como era sua obrigação.
Detestei assistir ao conformismo, à impotência, à falta de atitude, ao excesso de confiança que a grande maioria destes atletas patenteou neste jogo. Ficou claro que o facto de estarem a defrontar um adversário mais frágil lhes retirou motivação e clarividência.
Alguns jogadores banalizaram-se de tal forma que se não estivessem com a camisola do nosso Clube bem poderiam passar por amadores.
Não, não me contento com vitórias. Exijo atitude, raça e ambição.
Um abraço
Bom dia,
Previa-se um jogo complicado, e assim foi. Não só por culpa nossa, mas também por mérito de um adversário lutador, voluntarioso, que sempre acreditou que podia levar o jogo para penaltis e ter a sorte de nos eliminar.
O Porto jogou num ritmo muito lento, e falhou sobretudo na decisão final dos lances. Faltou o último passe.
Ukra e Walter tiveram a oportunidade de se mostrar, mas este era um jogo complicado, com pouco espaço e de muita luta, ambos acabaram por ter uma exibição apagada.
Rafa, outro estreante não teve muito trabalho defensivo, mas falhou muitos passes, penso que terá acusado algum nervosismo.
Maicon e Rolando estiveram bem na defesa, assim como Guarin e Moutinho estiveram bem no meio campo.
Destacaram-se neste jogo Hulk, Belluschi e Falcao. Sendo Belluschi na minha opinião o melhor em campo. Foi o que melhor de adaptou às características do jogo.
Foi fraca a exibição, mas valeu a vitória curta, que nos permite continuar em prova, na luta pela conquista do Tri na Taça de Portugal.
Boa presença de público nas bancadas que deu colorido à festa.
Abraço
Paulo
Primeira-parte perdida.
É óbvio e dos manuais do futebol, quando a equipa mais forte não coloca em campo todos os seus atributos, não pressiona, joga devagar e um futebol previsível, a equipa mais fraca fica com a vida facilitada. Foi isso que aconteceu. Bastou ao Moreirense manter juntas as linhas, a concentração, fechar as laterais, para que o conjunto portista passasse por dificuldades e só nos últimos 5 minutos criasse um lance de verdadeiro perigo, por Belluschi, junto à baliza da equipa do Moreirense. Tudo somado, resultado certo no fim dos primeiros 45 minutos.
A segunda-parte, foi melhor, mas apenas um pouquinho melhor.
Aumentamos a velocidade, não muito, diga-se, controlamos melhor o jogo, mas continuamos a ser pouco esclarecidos e pouco agressivos no último terço. Ukra não jogou, Walter quase não jogou e Hulk deu-lhe para complicar e raramente foi capaz de perceber que tinha as linhas para a diagonal tapadas, teimando sempre nas piores soluções, em vez de jogar simples. Valeu Falcao que ao entrar fez a equipa mexer, passar a ter uma referência na área, desorganizar um pouco o último reduto da equipa da 2ª Liga. E tinha de ser o colombiano a decidir um jogo que se arrastava a caminho de um prolongamento, que seria penoso, mas era um castigo que o Dragão fez pouco para não merecer. Até porque mesmo a ganhar a equipa do F.C.Porto nunca foi brilhante, nunca foi capaz de encontrar as melhores soluções para matar o jogo, antes perdendo-se num futebol incaracterístico que fez com que a equipa de Casquilha acreditasse até ao fim e obrigando o último reduto portista a atenção máxima.
Enfim, tudo somado, não há nada a dizer da vitória, que foi justa, perante uma equipa que tem mérito, sem dúvida, mas que beneficiou muito da forma como o F.C.Porto se apresentou. O objectivo a caminho do Tri na Taça foi conseguido, mas com serviços mínimos. Aliás, como tinha acontecido frente ao Portimonense. Espero que o F.C.Porto capaz de serviços máximos regresse em Alvalade. A época não cabou nos 5-0 ao Benfica.
Um abraço
Não foi um bom jogo, longe disso. Nada se pode comparar ao jogo frente ao Benfica, ou por exemplo ao Sporting de Braga, mas o que interessa é que vencemos.
Venha o Sporting!
Um abraço.
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