quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Centenas de pessoas na última homenagem ao Dr. Pôncio Monteiro

in sic.sapo.pt

Centenas de pessoas despediram-se hoje de Pôncio Monteiro, antigo dirigente do FC Porto e da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que morreu na terça-feira vítima de um AVC (acidente vascular cerebral).

Pôncio Monteiro, que foi a enterrar com a bandeira do FC Porto em cima do caixão, recebeu a última homenagem com uma missa na igreja das Carmelitas, na Foz, que foi presenciada por muitos agentes do futebol.


Do elenco diretivo do FC Porto, destacaram-se o presidente da direcção, Pinto da Costa, e Reinaldo Teles, tendo o líder dos "azuis e brancos" se mantido sempre muito próximo da família de Pôncio Monteiro.





"Toda a vida foi um campeão e morreu como um campeão", resumiu Sardoeira Pinto, presidente da assembleia-geral do FC Porto, que enalteceu as "qualidades humanas e de dirigente de um homem cuja partida deixa mais pobre a cidade do Porto e Portugal".

Pôncio Monteiro, Dragão de Ouro, máxima distinção do FC Porto, recebeu a homenagem da administração e equipa técnica do clube, liderada pelo treinador André Villas-Boas, mas também de outros dirigentes e treinadores, que compareceram em número assinalável.

Os treinadores Artur Jorge, António Oliveira e Augusto Inácio, os antigos futebolistas Fernando Gomes e Fernando Couto e a ex-atleta Aurora Cunha foram algumas das personagens do universo "azul e branco" presentes.

Os ex-autarcas portuenses Fernando Gomes e Nuno Cardoso também compareceram, tal como Valentim Loureiro (antigo presidente da Liga), António Salvador (presidente do Sporting de Braga) e Lourenço Pinto (presidente da Associação de Futebol do Porto).

Comentador de futebol em programas de debate televisivo, recebeu igualmente o último adeus de ex-colegas, como Rui Moreira, o benfiquista Fernando Seara e os sportinguistas Dias Ferreira e Eduardo Barroso.

"Brincávamos sempre. Íamos para o programa a ironizar e saíamos a ironizar. Ele sempre aquele com sorriso maroto. O que mais me perturbou aqui foi vê-lo e ele a olhar com aquele sorriso", desabafou Fernando Seara.

Dias Ferreira falou da "saudade de um amigo que partiu" e "a imagem de amigo que não falhava em circunstância alguma".

"Destaco a sua inteligência, sentido de humor e ironia, que me desesperaram tantas vezes. Conheci-o pouco tempo, mas com grande intensidade, uma vez por semana. Vim despedir-me. Também perdi um amigo. Amigo recente, mas um amigo", acrescentou Eduardo Barroso.

António Oliveira era dos amigos mais emocionados e a voz embargada não o permitiu falar, ao contrário do que aconteceu com a sua mulher na igreja, com uma mensagem clara aos presentes: "Era um amigo de todas as horas, inabalável na honra e inquestionável nos princípios".

(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.)

Com Lusa

1 comentário:

Anónimo disse...

Perdem-se as palavras num momento destes. Deixa saudades e será uma constante recordação. Dá gosto ter gente assim Portista. Daqueles que um adepto normal só conhece da tv e jornais, mas sente como um dos seus. E ele era dos nossos.
Até sempre, Dr. Pôncio.

http://longara.blogspot.com/