sábado, 26 de fevereiro de 2011

Recital de Futebol Atacante

Primeira final jogada e objectivo cumprido.

O FC Porto fez esta noite uma das melhores exibições da época. A equipa desde logo mostrou que não queria facilitar e queria rapidamente resolver o jogo. Com uma entrada forte no jogo, dominando claramente o meio campo e mostrando uma boa segurança defensiva, começaram a surgir os lances atacantes e as oportunidades de golo.

Não foram muitas na primeira parte, mas é justo dizer-se que a ter existido golos na primeira parte só poderia ser para o FC Porto. Com Falcão em campo, desde cedo que Hulk começou a dar nas vistas, pelas jogadas e pelos remates. O Olhanense começou aos poucos a organizar-se e para o final da primeira parte, tinha as linhas do FC Porto controladas. No FC Porto destacava-se pela negativa a ala direita. Sapunaru e Varela, cometeram alguns erros no sector defensivo e era claro a diferença de produção atacante entre a ala esquerda e direita.

Na segunda parte, Villas Boas surpreendeu ao realizar 2 substituições ao intervalo, retirou a ala direita do FC Porto e colocou Fucile e James, alterando o sistema táctico. Mais do que substituir os jogadores, que mais pareceu um puxão de orelhas pela fraca prestação, Villas Boas pretendia mesmo alterar o esquema de jogo. Há algum tempo que não se via Villas Boas a alterar o sistema táctico quando as coisas não estavam a correr bem. Felizmente hoje apercebeu-se e arriscou com os resultados que surgiram.

Segunda parte em que para além de baralhar e impor ao Olhanense que se adaptasse a uma nova estrutura, o FC Porto surgiu com mais rapidez de processos e circulação de bola. Por momentos foi impressionante a circulação de bola, as recuperações e os processos rápidos de contra ataque. E não foi por acaso que começaram a surgir lances de perigo, primeiro Falcão ao poste e depois novamente Falcão a rematar com o defesa do Olhanense a retirar a bola quando esta se dirigia para a baliza.

O Olhanense aproveitava apenas os lances de contra ataque, com um FC Porto muito atacante, mas o sector defensivo do FC Porto estava concentrado e com mais ou menos dificuldade resolvia as situações.

O esquema táctico estava a dar bons resultados com circulação de bola e espaços para surgir mais oportunidades de golo. E foi numa jogada entre Colombianos, James, que trouxe muita rapidez e qualidade de passe à equipa, isolou Falcão e este com um trabalho excelente de Ponta de Lança marcou o segundo e aplicou o KO ao Olhanense.

Até final, tempo ainda para Hulk com 2 oportunidades para marcar 1 golo, que bem merecia pelo jogo que fez, na primeira após remate Falcão marcou o 3º golo e na segunda oportunidade, rematou ao lado.


Destacar o melhor em campo, pela eficácia demonstrada, Falcão, que regressou com 2 golos, Hulk, que não marcou, mais foi o elemento mais activo em campo, Belluschi pela classe demonstrada, James, pela frescura física e o contributo para acelerar o ritmo da partida e o sector defensivo pela segurança demonstrada.

Destacar igualmente Villas Boas pela excelente visão que teve do jogo e as mudanças que impôs para a segunda parte.

Pela negativa Sapunaru e Varela que estiveram bastante abaixo do ritmo dos últimos jogos, principalmente Sapunaru, que nem tinha sido titular no último jogo com o Sevilha.

Foi sobretudo na segunda parte um verdadeiro recital de futebol atacante com segurança defensiva, grandes golos, grandes jogadas e uma forma física surpreendente face ao último jogo efectuado contra o Sevilha. Com esta qualidade, não será preciso o nosso adversário perder pontos para conquistarmos o título de campeão nacional.

Realçar igualmente o jogo aguerrido e concentrado do Olhanense, motivados provavelmente por jogarem contra o FC Porto, mas muito mais motivados em retirar pontos ao FC Porto, quem sabe, se tal como o Vitória de Guimarães não teriam à espera o melhor prémio de jogo!

Ultima nota para a arbitragem, que passou despercebida com excepção do amarelo a Hulk, que pareceu um pouco exagerado. Nem foi uma falta agressiva, nem cortou um lance de perigo e mesmo o facto de ser falta ficam dúvidas. Assim não estará presente no próximo jogo com o Vitória de Guimarães. Mas este facto poderá ser mais um ponto que motivará o FC Porto para a conquista dos próximos 3 pontos.

Villas-Boas «Marcar três golos aqui é de grande valor»
A solução do enigma defensivo colocado pelo Olhanense foi encontrada ao intervalo. As substituições de então, observou André Villas-Boas, permitiram ao FC Porto responder à dificuldade e construir a vitória, onde até então ninguém tinha vencido. E com o regresso de Falcao aos golos, um «goleador nato» que «faz falta a qualquer equipa», acrescentou.

Villas-Boas «Caso nítido de uma equipa que jogou bem»
«O Olhanense esteve sempre muito bem organizado, muito fechado e com saídas certas para o contra-ataque. Seria, se calhar, a estratégia do seu treinador e há que valorizá-la. Nas oportunidades que tivemos para definir, não o fizemos bem e, por isso, procedemos àquelas alterações ao intervalo, para definirmos melhor os lances no último terço do terreno, o que nos permitiu chegar à vitória. O Falcao esteve ausente durante dois meses, é um goleador nato e jogadores desta dimensão fazem sempre falta a qualquer equipa. De qualquer forma, foi um caso nítido de uma equipa que esteve globalmente bem, que jogou bem. Marcar três golos aqui, num campo onde até hoje ninguém tinha vencido, é de grande valor.»

Falcao vitória «com segurança»
«Atingimos o intervalo com uma igualdade, depois de tudo o que fizemos na primeira parte. Na segunda metade, retomámos rapidamente o caminho do golo e conseguimo-los com a segurança que é característica desta equipa. Depois do jogo da UEFA Europa League, recuperámos rapidamente e apresentamo-nos aqui para vencer, o que conseguimos.»

Tempo agora para recuperar fisicamente os jogadores e começar a preparar mais um ciclo de 5 jogos separados por 15 dias, ciclo importantíssimo antes do jogo do título.

Força Porto.
Ricardo Jorge

6 comentários:

austria87 disse...

Primeiro parabéns aos DRAGÕES de OLHÃO.
Segundo grande vitória.
VIVA O FC PORTO

Dragus Invictus disse...

Boa noite

Grande vitória, num terreno difícil!

Primeira parte com pouca pressão. Varela e Sapunaru muito abaixo das suas reais capacidades, e Villas-Boas a ler bem o jogo, e sem perder tempo a colocar um endiabrado James e Fucile, que trouxeram um FC Porto mais agressivo na segunda parte, sempre em busca do golo.
Grande jogo de Belluschi com um grande golo. Falcao fantástico depois da lesão bisou e fez excelente jogo. Hulk sempre a desiquilibrar, uma defesa segura, um tridente de meio campo trabalhador e com laivos de magia ... enfim temos tudo para sermos campeões.

Abraço e bom domingo

Paulo

dragao vila pouca disse...

Primeira-parte, enrolada, ritmo baixo, pouca pressão, perigo apenas em lances de bola parada, cantos e livres e através de de um Hulk ansioso, precipitado, egoísta, a querer marcar quase à força e com isso a escolher quase sempre as piores soluções. Mas e é importante dizê-lo, foi o Incrível o único a causar algum desconforto à defesa algarvia, já que Falcao demasiado estático e Varela, mais uma vez incipiente, quase não existiram. O nulo ao intervalo castigava a pouca inspiração do conjunto de André Villas-Boas e premiava a boa organização do Olhanense, que sem fazer nada de especial, conseguiu levar a água ao seu moinho.

Depois do intervalo tudo foi diferente. Villas-Boas também não gostou e tirou o desinspirado Varela e o pior Sapunaru dos últimos jogos, lançando no jogo Fucile e o puto James Rodríguez. Tudo mudou. Apareceu um Porto mais rápido, mais pressionante, mais esclarecido, mais detreminado, com muita mais qualidade e que começou a encostar o adversário lá atrás e a criar o perigo que nunca criou nos primeiros 45 minutos. Ora pela direita com Fucile e o vagabundo colombiano que estava em todo o lado; ora pelo meio com um excelente Belluschi - golo de craque, mas que vai ser pouco badalado -, ajudado por um Fernando a pegar mais à frente e um Moutinho mais em jogo; ora pela esquerda, onde Hulk e Álvaro davam conta do recado, o conjunto azul e branco cresceu, passou a estar mais próximo da sua referência atacante, Falcao e começou a ameaçar com muito perigo a baliza contrária. É verdade que corremos riscos, mas corremos os que tinhamos a correr e também é verdade que ficamos mais sujeitos aos contra-ataques, mas passamos a dominar claramente, a ser mais contundentes, a desmontar a boa organização da equipa algarvia e tantas vezes o cântaro foi à fonte que partiu uma, duas, três vezes, numa vitória justíssima, clara e cristalina, sem frangos do guarda-redes, nem uma contratação de última hora.

Era um jogo muito importante pelas razões que apontei no post de antevisão. Passamos com distinção e conseguimos a primeira das cinco vitórias que deseja o nosso jovem, mas muito competente treinador.
Completamos um ano sem derrotas, no campeonato - Liga Zon Sagres -, o que é um feito assinalável, mas tal como o golo de Fernando Belluschi, vai passar despercebido.

Não vou fazer grandes análises individuais, quando se conquistam estas vitórias a equipa é que tem de merecer o destaque. Mas para mim, James, foi o homem do jogo. Pelo que jogou, pelo que assistiu, pelo que desestabilizou, pelo que mudou.
Destaque também para o nosso goleador que despertou para uma grande segunda-parte, para o golo de bandeira de Belluschi e para o... ia dizer "Informático", mas acho que já ninguém pensa assim, que mexeu à treinador batido. Estamos a voltar ao nosso melhor, numa altura importante, na altura que tudo se decide.


Notas finais: Hulk vai ficar de fora na próxima jornada, levou um cartão amarelo que me pareceu justo, numa arbitragem muito boa de João Capela - fossem todas assim! Como nesta ou noutra altura tinha de acontecer, é melhor que seja agora e por duas razões: uma porque a paragem vai fazê-lo descansar, assentar ideias, descomprimir, para regressar mais forte. A outra razão é que agora, se isto se pode dizer, faz menos falta que faria antes do regresso de Falcao e Álvaro.
Depois de um jogo que obrigou a dar tudo, frente ao Sevilha e num espaço de apenas 72 horas, ficou demonstrado, pela nossa segunda-parte, que o mister tem toda a razão quando diz que a equipa fisicamente está muito bem.
Na próxima jornada defrontamos os abutres de Guimarães, uma espécie de filial nortenha do clube do regime. É mais um jogo importante e um jogo que precisa de muita gente no Dragão... a apoiar!
Ah, já me esquecia, uma palavra de elogio para os milhares de portistas que desceram ao Algarve para ajudar o F.C.Porto: graças a vocês o Dragão nunca caminha sozinho.

Um abraço

P. Ungaro disse...

Bom dia,

Mais um passo importante rumo ao objectivo. Estivemos bem personalizados, organozados e com raça. E nem o arbitro conseguiu manchar mas uma bela vitoria.

Um abraço

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/

Ultrasfcporto disse...

Caros portistas, o jogo de ontem foi deveras difícil pelo menos até aos 67’minutos pois a equipa da casa causou extremas dificuldades, mas não há nada que um bom e regressado avançado não resolva, e após uma larga ausência Falcão bisou e muito bem, Beluschi não decepcionou e fez um magnifico golo, conclusão mediante as dificuldades vencemos num terreno difícil com uma grande exibição.
Cumprimentos,
Webmaster
www.ultrasfcporto.com

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Jogo agradável com duas faces. Primeira parte complicada, sem espaços e com os jogadores portistas a sentir muito essa postura do Olhanense.

Segunda parte bem diferente, com a entrada de James que foi a figura do encontro. Com ele as jogadas de ruptura sucederam-se e num ápice o marcador funcionou por duas vezes com duas assistências suas.

Demonstração de querer e ambição, de boas condições física e mental.

Se continuarmos assim, poderemos bem festejar mais cedo.

Um abraço