segunda-feira, 14 de março de 2011

FC Porto passou e conquistou

A motivação era grande, dar o penúltimo passo para ser campeão em Lisboa, mas nem isso fez com que existisse excesso de confiança ou desconcentração na equipa e no jogo de hoje.

Hoje o FC Porto demonstrou claramente porque soma 11 vitórias consecutivas na Liga, apenas sofreu 7 golos em 23 jogos, tem o melhor ataque e mais, tem sido consistente nas restantes provas. Sabe ter paciência, ganha os jogos com dificuldade mas sem sofridão de andar a correr feitos loucos até aos descontos à procura da vitória.

Villas Boas, como era de esperar, fez algumas alterações. Refrescou o sector defensivo, refrescou o meio campo e o ataque, face ao último jogo de quinta-feira. E fez muito bem. Não arriscou ao ponto de fazer descansar Rolando ou mesmo Hulk, mas ainda assim, o FC Porto soube gerir o esforço em campo perante um relvado difícil de jogar e propicio a lesões.

Foi um FC Porto que entendeu o jogo do adversário, claramente passivo, talvez a equipa mais defensiva que o FC Porto defrontou este ano, mais defensiva que os adversários da taça de Portugal, de divisões inferiores, pelo que ditou um jogo muito lento, muito semelhante aos jogos de Andebol, onde uma parede defensiva se movia consoante as movimentações dos jogadores do FC Porto.

Com alguma naturalidade e à semelhança de Olhão, chegou o intervalo com o nulo e poucas oportunidades de golo. E tal como em Olhão, Villas Boas leu bem o jogo e mudou ao intervalo, com a alteração de Varela por James. Mudou o sistema táctico e o Leiria simplesmente baralhou-se, não fez bem o trabalho de casa, pois a estratégia do FC Porto foi exactamente a mesma.

Com o losango do meio campo e a baralhar as marcações, foi com alguma naturalidade, já começa a ser receita deste FC Porto, Guarin apareceu em boa posição e não falhou. Impressionante a capacidade de remate e a colocação do mesmo.

E de forma inteligente o FC Porto manteve este esquema mais algum tempo até ao momento em que o Leiria começou a enquadrar no mesmo. Depois, voltou novamente ao 4X3X3 com Cristian Rodriguez o que baralhou novamente o adversário. Villas Boas, mais uma vez, tacticamente esteve muito bem, atento e teve o merecido prémio.

Em resumo, mais uma vitória tranquila, dominadora e conquistada de forma inteligente, sem sofridão, sem desgaste absurdo. Mais um jogo em que todos os portistas sabiam como ia terminar e não acredito que alguém tivesse lido o resultado nas estrelas...
Destacar pela positiva Guarin. Não fez um jogo que se tenha destacado em pormenores durante o mesmo, mas foi fundamental ao desbloquear um jogo, com um golo, mais um, fantástico. Bom jogo igualmente dos médios João Moutinho e Belluschi, cada vez mais, existe um entendimento fantástico entre os dois, e defensivamente, apesar de pouco trabalho, todos estiveram bem, com destaque para os laterais uruguaios que pareciam mais extremos do que defesas.

Pela negativa os homens da frente, Varela talvez o pior de todos, sem capacidade de desequilíbrios, nem penetrações, Falcão, com 2 boas e claríssimas oportunidades falhou, o que não é normal e Hulk, que apesar de bons pormenores perdeu muitas bolas e notou-se claramente que foi dos jogadores com mais receio do choque e do estado do relvado.

Quem esteve igualmente mal foi o árbitro do jogo, que não viu 2 faltas claras sobre Belluschi na primeira parte, dentro da área, e depois já no final, acabou por compensar no lance do 2-0, onde parece que o contacto entre Hulk e o guarda-redes foi mais provocado pelo avançado do que propriamente pelo guarda-redes.



A noite estava fria e chuvosa, segunda-feira, razões claras que afastou o público do estádio. Os adeptos leirienses já é novidade, mas foi constrangedor ver o número reduzido de Portistas no estádio. Nem parece que o FC Porto está a realizar uma época fantástica e que é um prazer ver e acompanhar as emoções ao vivo.

Esperamos todos ver nos dois próximos jogos no Dragão e em Lisboa uma moldura humana bem diferente da que vimos hoje.

O FC Porto passou e conquistou. Faltam 2 conquistas para a vitória final. Tal como Villas Boas profetizou, cabe agora aos jogadores, equipa técnica e adeptos, todos juntos, cumprirem este objectivo. E vamos conseguir.

O dia está a chegar...

Força Porto.
Ricardo Jorge

5 comentários:

Anónimo disse...

Boa resposta da equipa portista, que dominou o jogo por completo, embora pudesse ter aproveitado boas oportunidades mais cedo. Conseguiu-se assim mais outra vitória, em mais uma jornada da caminhada invencível, sem tirar o pé do acelarador e consolidando a vantagem de 13 pontos para o 2º e primeiro dos últimos...!

http://longara.blogspot.com/

The Blue Factory of Dreams disse...

Vitória à bomba!

Caro Dragus, também já coloquei o vosso link no meu blogue, muito obrigado.

Agora segue-se o CSKA...

Abraço!
http://thebluefactoryofdreams.blogspot.com

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Foi o jogo possível frente a um adversário estarrecido de medo que se fechou a sete chaves para evitar nova goleada.

O Porto sentiu muitas dificuldades para criar espaços e não aproveitou duas ou três situações privilegiadas para fazer o golo durante a primeira parte.

No segundo tempo, com as alterações introduzidas por AVB, o golo surgiu em mais uma «bomba» de Guarín (o colombiano está de pé quente), como corolário natural do trabalho ofensivo da única equipa que tudo fez para ganhar o encontro.

Sem a propaganda bacoca dos pasquins amestrados, o FC Porto regista esta época, em 23 jogos, a marca impressionante de 21 vitórias e dois empates, 13 pontos de vantagem, melhor ataque, melhor defesa, o goleador do campeonato, onze vitórias consecutivas... Uff!

...Se isto fosse da autoria do clube do regime, não faltariam programas especiais de TV, cartazes nas ruas, capas e mais capas de pasquins, entrevistas às estrelas...

Um abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Foi um jogo complicado, estivemos muito lentos na circulação, e apesar do domínio e controlo absoluto do jogo só mesmo à bomba abrimos o marcador.

Para complicar mais, tivemos inexplicavelmente uma União da Leiria, que luta por um lugar europeu, a jogar num esquema ultra defensivo, que nos complicou imenso as acções atacantes.
Depois de termos apanhado um Guimarães com atitude idêntica no Dragão, é mau para o futebol português que equipas que lutam por lugares europeus, joguem este tipo de futebol, típico de clubes que lutam pelo ponto para não descer de divisão.

Depois tivemos um "Cómico" Machado que escamoteou 2 penaltis claros, e marcou o mais discutível...pois o resultado já estava feito.

Arbitragem péssima, num jogo fácil de apitar, de um árbitro desnorteado que nem deixou a primeira parte chegar aos 45 minutos.

Guarin, Belluschi e Hulk foram os principais timoneiros desta vitória, efectuando boas exibições.

Moutinho e Varela estiveram um pouco abaixo do esperado.

James entrou muito bem no jogo, Falcao lutou imenso e só pecou na finalização. Na defesa nada a apontar, estiveram seguros e tranquilos.

Faltam 2 vitórias para a consagração, que esperemos que seja na Luz.

Abraço

Paulo

dragao vila pouca disse...

Primeira-parte fraquinha, enfadonha, com uma equipa, a do Leiria, só preocupada em defender, com todos atrás da linha da bola e a do F.C.Porto numa toada lenta, sem nunca acelerar, dando todas as possibilidades para o conjunto de Caixinha se reorganizar e sem se transcender, conseguir levar a água ao seu moinho, não sofrer golos. Quando meteu um bocadinho de mais velocidade a equipa portista criou um ou outro lance que lhe poderiam dar vantagem, mas com uma exibição abaixo do que pode fazer, foi um justo castigo não ter marcado. Quando se joga pouco e se erra tantos passes, nem falo dos possíveis erros do árbitro... Não foi por aí que chegamos empatados ao intervalo.

Na segunda-parte, Villas-Boas mantendo os mesmos jogadores, passou Moutinho para trinco e adiantou Gurín para a posição 8. E foi aí, na posição onde rende mais e melhor pode tirar proveito do seu bom pontapé de longa distância, que Guarín abriu o activo e deu vantagem ao F.C.Porto. Por coincidência, logo após James ter substítuido Varela, a render pouco e sem que as melhorias no jogo, até ao momento do golo, fossem muitas. A partir do golo que lhe deu vantagem o líder do campeonato ficou mais tranquilo, teve mais espaço, continuou a dominar, controlou o jogo e ampliou, num penalty que Hulk converteu.
Tudo somado, vitória justíssima, numa exibição quanto baste, melhor na segunda que na primeira-parte, também por culpa do empate de ontem na Luz e porque daqui a três dias há outro jogo, esse com um grau de exigência muito maior.

Estamos a um Danoninho de sermos Campeões. Se formos, como é quase uma certeza, sê-lo-emos com um mérito indiscutível e nem preciso de me repetir a dizer os porquês. Não faltarão reticências à justiça da nossa conquista. Não nos incomodam nada. Tem sido assim desde que cometemos o pecado de acabar com hegemonia do clube do regime. Utilizo o lugar comum: os cães continuarão a ladrar e nós continuaremos a ganhar.


Gostei muito de Belluschi. Pena que não tenha marcado o golo que merecia.
Hulk voltou aos golos e agora, sem a ansiedade que o andava a consumir, vai render muito mais.
Apenas 7 golos em 23 jogos, é excelente!
Sem grandes parangonas e grandes alaridos, já vamos em ONZE vitórias consecutivas.
Uma palavra de apreço para a claque portista, que apoiou todo o jogo.
Agora vamos pensar nos russos e era bom que na quinta.feira o Dragão estivesse cheio. Esta equipa e estes jogadores merecem-no e como os portistas saõ exigentes, mas justos, acredito que vamos ter uma assistência à altura da importância do jogo.

Um abraço