domingo, 10 de abril de 2011

Quase a fazer História!

O FC Porto foi hoje a Portimão vencer o Portimonense por 2-3, em jogo a contar para a 26ª jornada na Liga Zon Sagres.
Com a conquista do campeonato garantida, a equipa deslocou-se ao Sul do país com o único intuito de manter a invencibilidade no campeonato e, mais uma vez, fazer história.

Com Álvaro Pereira, Fucile e Otamendi castigados, Villas Boas lançou Sereno na esquerda e Sapunaru na direita. Helton não foi convocado, devido a lesão que sofreu durante a semana, e deu lugar a Beto na baliza. Com Guarin e Fernando a descansar, entraram Belluschi e Ruben Micael para o meio-campo. A equipa apresentou-se num pouco usual 4-4-2. Este foi o onze inicial:

Beto; Sapunaru, Maicon, Rolando e Sereno; Souza, João Moutinho, Belluschi e Ruben Micael; Hulk e Falcao.

Relativamente à primeira parte não há muito a dizer. As alterações que foram feitas relativamente ao onze inicial, mas mais ainda relativamente ao esquema táctico utilizado, fizeram com que a equipa perdesse, em comparação com o último jogo para a Liga Europa, ritmo e profundidade. Foi uma primeira parte enfadonha, sem oportunidades evidentes de golo quer de um lado, quer do outro. Apesar de ter tido maior posse de bola, não se pode considerar que a equipa azul e branca tenha sido superior. De registar apenas alguns pormenores artísticos de Hulk e Souza, mas que em nada alteraram o resultado do jogo.

A segunda parte foi completamente diferente. A equipa entrou a rematar (verificar que em toda a primeira parte apenas fez 3 remates) com Belluschi aos 46 minutos e Falcao, de cabeça, aos 48. Tal tendência veio concretizar-se em golo através de um grande remate de Hulk em jeito. Logo depois, Villas Boas substituiu Belluschi por Guarin e Moutinho por Mariano, fazendo a equipa voltar ao habitual 4-3-3. Desta forma, este crescendo que a equipa teve no início da primeira parte manteve-se com a entrada destes jogadores. Apesar disso, Ruben conseguiu marcar de canto aos 59 minutos. A equipa do Portimonense galvanizou-se com este golo, e começou a subir de rendimento, com a esperança de conseguir pelo menos um ponto para manter acesa a esperança da manutenção na Primeira Liga Portuguesa. No entanto, essa vantagem durou apenas 4 minutos, pois Falcao voltou a colocar a equipa portista em vantagem, após passe de Ruben Micael e falha de marcação por parte da defesa algarvia.

Aos 71 minutos Falcao deu lugar a Walter, que já não jogava desde Janeiro. A equipa algarvia não desmoralizou e continuou a causar perigo para a baliza portista. Beto foi chamado várias vezes a intervir, mas não conseguiu impedir o golo de Mourad aos 82 minutos. Mas, mais uma vez, esta vantagem durou pouco tempo. Dois minutos depois, Maicon volta a facturar com um golo de cabeça após marcação de canto na esquerda.

De um lado e de outro houve até final do jogo muitos remates e várias oportunidades de golo, mas o marcador manteve-se no 2-3 até ao apito final do árbitro.

Esta segunda parte teve tudo o que a primeira não teve: bom ritmo de jogo, boas oportunidades, muitos remates e também muitos golos (5 no total).


Destaque para Hulk, que foi imparável, talvez o jogador mais incansável e que mais lutou pela vitória. Ruben Micael também aproveitou bem a oportunidade e fez uma boa exibição. Pela negativa, destaco Souza que não esteve à altura do lugar de Fernando. Foi um dos principais culpados pelos dois golos sofridos pelo FC Porto, ambos de canto. Também Mariano e Walter não mostraram grande coisa, quando chamados a dar o seu melhor.

Declarações:
André Villas-Boas
«Há muitas coisas em jogo, pensar no jogo de Moscovo seria redutor. Há uma série de coisas que ainda queremos atingir este ano. Temos 74 pontos a quatro jornadas de fim, o que já é um número importante, e alimentamos muitas expectativas para as próximas jornadas. Há uma série de objectivos, como o recorde de pontos em campeonatos de 16 equipas, o recorde de pontos do FC Porto em campeonatos de 16 equipas, a invencibilidade e o número de golos sofridos e marcados. Depois, temos o prestígio da camisola que defendemos. Queremos chegar a números importantes no final da época.»

Rolando
«O nosso objectivo principal era sermos campeões. Conseguimos. Sabíamos que o jogo com o Portimonense não ia ser fácil, já que eles estão na luta pela permanência. Na primeira parte, complicaram muito a nossa tarefa. Depois, conseguimos fazer três golos para chegar à vitória. Tínhamos o objectivo de manter a invencibilidade e, principalmente, ganhar o jogo. Pensaremos no Spartak a partir de segunda-feira. As nossas camisolas no aquecimento diziam ‘Coração com razão’, que é uma campanha que os adeptos poderão seguir no Facebook do FC Porto. Não posso dizer mais nada. A partir de amanhã, quem visitar o Facebook vai entender o porquê.»

A arbitragem foi boa, sem casos, sem excesso de interrupções, sem excesso de cartões. Apenas de assinalar um fora-de-jogo mal tirado a Lito na primeira parte.

Foi mais uma vitória, desta vez suada, mais três pontos e já só faltam mais 4 jogos para fazermos História neste campeonato.

O FC Porto é assim: não lhe basta ganhar, é também preciso fazer com que essas vitórias fiquem carimbadas na memória de todos.

Saudações portistas,

Carla Correia

4 comentários:

dragao vila pouca disse...

Um Porto remendado, em 4x4x2 losango e com Beto, Sapunaru, Rolando, Maicon e Sereno, Souza, Belluschi, Moutinho e Micael, Hulk e Falcao, fez a pior primeira-parte da época, com o ritmo a ser devagar, devagarinho e a passo. Tivemos mais jogadores a caírem sozinhos que remates à baliza. Nunca estivemos verdadeiramente em perigo, mas também nunca criamos perigo. Os jogadores que normalmente não costumam jogar, Sereno, Souza, Micael - Beto fez o que lhe competia -, não fizeram pior que os restantes, mas tinham de ter feito bastante mais para me convencerem.

A segunda-parte foi bem melhor. Entramos mais rápidos, começamos a trocar e a circular melhor a bola, a encostar o Portimonense lá atrás e Hulk, aos 50 minutos, num remate magnífico, fez o um a zero. Com vantagem no marcador, André Villas-Boas começou a poupar, saíram Belluschi - tocado? - e Moutinho, entraram Guarín - entrou mal e continuou mal - e Mariano. Estava o jogado controlado e dominado pelo F.C.Porto, quando e numa desconcentração defensiva, que não é normal, abordamos mal um canto Rolando saltou fora de tempo e golo da equipa algarvia, nessa altura, injusto para o Campeão. Não acusamos o toque, reagimos de imediato e quase de imediato voltamos à vantagem, por Falcao, a colocar justiça no marcador. A partir desse golo e com a saída do colombiano, substituído por Walter, acreditamos que estava ganho, relaxamos, perdemos qualidade de passe, de toque e equipa de Carlos Azenha, sem nada a perder, arrebitou e em mais uma abébia defensiva, novamente num canto, golo da equipa algarvia - Como é possível? Faltou o quê, liderança na baliza a orientar as marcações? Pois é, esta equipa do F.C.Porto, mesmo já sendo Campeã e não tendo muito a perder - apenas ganhar o campeonato, com mais um ou outro empate...-, ainda teve capacidade para reagir, ir à procura da vitória, Hulk estourou, Ventura defendeu para canto e no canto, Maicon - terceiro golo consecutivo. Já tinha marcado à Académica, Spartak - deu a vitória ao F.C.Porto.

Resumindo: primeira-parte muito fraca e segunda bem melhor. Falhas defensivas que não podem repetir-se. Vitória justíssima, a DÉCIMA QUARTA CONSECUTIVA e a primeira no último ciclo de cinco jogos.
Agora concentração absoluta no Spartak que a eliminatória ainda não está ganha. Depois falaremos no Sporting, que mal teve uma vitória, já canta de galo.

Os que têm sido menos utilizados e que hoje jogaram:
Beto apenas posso colocar a questão da liderança nos cantos, mas posso estar a ser injusto... No resto cumpriu e esteva bem a jogar com os pés.
Sereno não é lateral e "não tem pé esquerdo", o que o prejudicou em vários lances. Não comprometeu.
Souza foi de todos o mais constante. Mas não é trinco e com se soltava mostrava mais serviço. Tem capacidades e apenas precisa de jogar mais.

Mariano entrou cheio de vontade e tentou agradar. Aqui e ali teve bons apontamentos, mas sem nada de significativo, nada marcante.
Walter jogou pouco tempo não podia fazer mais.
R.Micael, a primeira-parte foi muito má. Na segunda melhorou, mas esteve inconstante, capaz de fazer coisas boas, a assistência para o segundo golo, por exemplo, com perdas de bola e passes errados em demasia.
Sobre os que normalmente jogam, não vou destacar ninguém, nem mesmo os marcadores dos golos, Hulk e Falcao, que, para além desse facto - tudo bem, não é pouco - não fizeram uma exibição extraordinária.

Um abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Ontem como era de esperar não fizemos um grande jogo.

Villas-Boas face aos castigos, e face aos desafios da Liga Europa, poupou jogadores, dando oportunidade a outros para mostrarem se merecem ficar no plantel da próxima época.

Foi uma primeira parte paupérrima, em ritmo lento, com um Portimonense a necessitar de pontos que nada arriscava, e um FC Porto que sabia que face à nossa superioridade individual e às fragilidades defensivas do adversário mais tarde ou mais cedo marcaria.

Na segunda parte demos mais velocidade ao jogo, e com naturalidade chegamos à vantagem num fantástico golo de Hulk.

Poucos minutos depois sofremos um golo de bola parada, numa desatenção da nossa defesa que deixou Ruben Fernandes saltar à vontade.

Mas a superioridade do FC Porto fez nos voltar à vantagem no marcador, numa excelente jogada de combinação, culminada com uma excelente assistência de Ruben Micael.

Souza um dos que ontem não aproveitou a oportunidade, em mais um lance de bola parada não acompanha o salto de Mourad que restabelece o empate.

O Porto reagiu naturalmente e Maicon, o melhor elemento da nossa defesa no jogo de ontem carimbou a vitória num excelente cabeceamento.

Destacar pela positiva, Ruben, Hulk (melhor em campo), Maicon, Moutinho e Falcao que estiveram melhor que os seus colegas.

Pela negativa Souza que não agarrou a oportunidade, embora também tenha pesado o muito tempo de ausência.

Rolando também teve um exibição menos conseguida, deixando-se antecipar no primeiro golo do Portimonense, e esteve muito lento.

Sapunaru, Guarin e Belluschi cumpriram.

Sereno teve pela frente o melhor jogador do Portimonense, Candeias e foi resolvendo os problemas colocados. Notou-se a falta de rotina e entrosamento com os restantes colegas de sector.

Beto penso que podia ter feito melhor no primeiro golo dos algarvios, uma vez que a bola cai na sua zona de acção, de resto cumpriu efectuando duas grandes defesas.

Boa presença de público, e uma arbitragem sem erros.

Abraço e boa semana

Paulo

http://pronunciadodragao.blogspot.com/

Unknown disse...

19 pontos de distância para o segundo lugar....é muito...

Ultrasfcporto disse...

Mais um passo rumo a invencibilidade, foi um jogo fraquinho ou quanto baste, a linha defensiva esteve um pouco tremida, mas o objectivo foi conseguido, tiveram um gesto bonito os jogadores ao mandar as camisolas para os ultrasfcp como forma de agradecimento por o seu apoio durante toda a época em todos os estádios, pois somos nós a vossa força a vossa voz.

Cumprimentos,
www.ultrasfcporto.com