Há atletas estrangeiros que sentem o FC Porto com grande intensidade, mas as quase duas décadas de ligação de Daniel Sanchez ao clube do Dragão tornam o recente vencedor da Taça do Mundo um caso único.
O catalão tem, além disso, uma afinidade curiosa com a equipa de futebol dos azuis e brancos: igualou-a no número de troféus internacionais conquistados. O bilharista chegou aos sete - dois títulos europeus, três mundiais e dois Jogos Mundiais -, os mesmos do desporto-rei - duas Intercontinentais, duas Champions, uma UEFA, uma Liga Europa e uma Supertaça europeia.
Sanchez, no passado domingo, após a vitória em Matosinhos, beijou o emblema do clube. Quem conhece aquilo que os liga não se surpreendeu. Um exemplo: comenta-se que a verba que o FC Porto lhe paga pelos jogos em que o representa nada tem a ver com a tabela "secreta e oficiosa" que os outros bilharistas de topo aplicam aos emblemas que recrutam os seus serviços.
Já galardoado com o Dragão de Ouro e mais de 30 vezes campeão espanhol, Dani Sanchez tem muito ainda para oferecer a um clube que o descobriu quando era só uma jovem promessa no seu país. Ele faz sempre questão de o referir. No próximo fim-de-semana, em virtude de ter de estar no Peru, dois dias depois, a defender o título mundial, não poderá integrar o quarteto portista que vai lutar pelo campeonato nacional. Desejou "as maiores felicidades do mundo" aos colegas de equipa e pouco faltou para pedir desculpa por não poder ajudar...
Legazpi é a nova aposta
O FC Porto vai apresentar no Nacional, como estrangeiros, o veterano sueco Torbjorn Blomdhal e, com surpresa, outro espanhol, Ruben Legazpi. Com 29 anos, este madrileno foi classificado pelo colega de equipa Rui Manuel, como sendo "um jogador que estará no topo mundial dentro de alguns anos". Muitos anos depois de Sanchez, os azuis e brancos voltam a apostar noutro espanhol que parece ter um grande futuro pela frente.
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