segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Nova época, hábitos antigos...

E assim, em mais uma noite, o FC Porto conseguiu mais um título para o seu palmarés, mais uma supertaça Cândido de Oliveira, troféu que tem por hábito vencer. Não poderia haver melhor começo de época para o futebol nacional, nem para o FC Porto, nem para Vítor Pereira...

O jogo não foi memorável, o onze inicial assim o previa! Muitos jogadores que o ano passado conheciam muito bem o banco de suplentes saltaram para o onze inicial, visto que muitas das nossas pérolas chegaram mais tarde, provenientes da Copa América. Refiro-me a Souza e Ruben Micael no centro do terreno e Fucile, que o ano passado viu fugir a titularidade para Sapunaru (numa grande época do romeno, diga-se!). Novidade ao ataque era também Kléber.

O Porto entrou a ganhar, numa jogada para mais tarde recordar e que foi, sem dúvida, o melhor momento do jogo. Um toque de bola soberbo de João Moutinho para Hulk, e o fantástico passe deste para Rolando, culminaram num golo certeiro que vale pela totalidade da jogada! Fantástico!

O jogo poderia ter acabado aí, porque o que se viu depois não fez jus a esta fantástica jogada. O Porto foi sempre superior, atacou mais, teve mais oportunidades, e os números falam por si. Hulk por diversas vezes poderia ter dilatado o marcador, mas a pontaria não esteve afinada ao longo de toda a noite. E acabou por ser o Guimarães, à meia hora, a conseguir marcar o golo do empate por Toscano.

Mas como Rolando estava destinado a ser o herói da noite, foi sempre tentando, e no início da segunda parte, aos 41 minutos, coloca novamente o FC Porto em vantagem.

A partir de então, desperdiçámos algumas oportunidades, Hulk, que esteve bem em termos colectivos, quando chegava à hora do remate, não conseguia encontrar a direcção da baliza, e conseguimos ainda ser prejudicados pelo árbitro em alguns lances capitais passíveis de grande penalidade, sendo que o mais evidente foi, sem dúvida, o empurrão que Hulk sofreu. Deveria ser tirado o apito a Pedro Proença, apita vezes demais quando não deve, e quando deveria não apita...Enfim...

O facto é que a  vitória e o troféu foram mais que justos. Desta noite sobressai a óptima exibição de Souza. Jogador que foi muito pouco utilizado por Villas Boas, mas que já tinha deixado bons indicadores, demonstrou ontem em campo que ninguém é insubstituível, nem mesmo Fernando...Hulk esteve também em grande força, falhando apenas no sector da finalização. João Moutinho pode fazer muito melhor do que fez esta noite, e Maicon também não me pareceu ser a escolha mais indicada, quando temos Otamendi no banco...A exibição em si foi morna, à excepção daquela fantástica jogada inicial. Esperemos nós que essa jogada seja o retrato de toda uma época que está agora a começar.

Mas a verdade é que, mesmo sem muitas das suas peças fundamentais, como Falcao e Guarin, que vieram a entrar aos 66 minutos (e tão aplaudidos que foram!), e Álvaro Pereira, o FC Porto conseguiu ser sempre dominador e foi também, acima de tudo, vencedor.

Dragão Azul TV



A época não poderia começar de melhor maneira para Vítor Pereira, e estou certa que em termos exibicionais, com o onze certo, o FC Porto vai conseguir proporcionar novamente grandes espectáculos de futebol.
Que seja mais uma época vitoriosa: melhor início, impossível. Viva o FC Porto.

Saudações portistas,

Carla Correia

3 comentários:

dragao vila pouca disse...

Não foi um Porto brilhante, longe disso e até jogou bem menos que frente ao Lyon, mas foi um vencedor justo e incontestável, frente a um Vitória que deu mais trabalho que na final da Taça de Portugal.
Entrando praticamente a ganhar, golo de Rolando aos 3 minutos, após uma jogada de compêndio, desde o toque de taco de Moutinho, até ao cruzamento de letra de Hulk, o conjunto azul e branco dominou, mas foi lento, pouco dinâmico e nada esclarecido, principalmente no meio-campo, onde Micael voltou ao normal, isto é, a jogar pouco e o ataque não esteve muito melhor.


Com Hulk muito agarrado à linha, Kléber muito preso junto aos centrais e Varela trapalhão, individualista e a nunca encontrar as melhores opções para decidir bem, a equipa portista foi enrolando, dando algum espaço e numa jogada em que houve um conjunto de erros, desde dois jogadores a deixarem o avançado do Vitória centrar, passando pela má abordagem ao lance de Helton e concluindo na falha de marcação de Fucile a Toscano, o Vitória chegou ao empate, que não escandalizava, mas que castigava o deixa andar do F.C.Porto. Reagiu o Campeão, sem muita convicção e sem grande pressão, mas e mais uma vez, Rolando, em lance de bola, colocou novamente a melhor equipa portuguesa em vantagem, vantagem que se aceitava, como se aceitaria o empate ao intervalo.


Na segunda-parte e até às entradas de Falcao e Guarín, foi tudo muito parecido, jogo muito embrulhado, mais posse do F.C.Porto, mais uma posse devagar, devagarinho - não é esta posse que o treinador portista quer, de certeza...-, pouco fluída, sem grande contundência atacante e sem grandes chances de golo. Com a entrada dos colombianos, mesmo que Guarín já mostrasse muito mais futebol que Falcao, ainda muito preso, o conjunto de Vítor Pereira melhorou, começou a ser mais perigoso, mas falta frescura e sem frescura, não há objectividade, tende-se para o individualismo e complica-se, deixando assim passar a oportunidade de matar o jogo.
Embora e é importante dizê-lo, se o árbitro marcasse, como era seu dever, os penaltys que aconteceram na área do Vitória, provavelmente ganhariamos mais fácil e por números mais juntos. Talvez o 3-1 refletisse melhor o que se passou.

Concluindo:
ainda temos muito trabalho, mas também não queremos já estar no topo. A época é longa e daqui para a frente, com a chegada de jogadores que estiveram na final da Copa América, Álvaro e Cebola e mais tempo para melhorar a parte física dos que só começaram a treinar há poucos dias, chegaremos ao nosso melhor, pois qualidade não falta no Dragão.

Notas finais:
1º título de Vítor Pereira; 18ª Supertaça do F.C.Porto, 3ª consecutiva, num domínio absoluto do Dragão, que tem mais vitórias sozinho, que todos os outros juntos; empatamos em títulos com o Benfica... Como? A Taça Eusébio não conta e estamos à frente?
Sobre Proença, poucas palavras: arbitragem miserável, com claro prejuízo do F.C.Porto.

Melhor em campo, do F.C.Porto e para mim, Rolando.
O pior são dois, R.Micael e Varela.

Um abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Ontem confirmamos o nosso favoritismo, vencemos o 70º. título OFICIAL da nossa história, e também fizemos história ao fazer o Tri nesta Supertaça.

Quanto ao jogo, dominamos e controlamos o mesmo com superioridade, diante de um adversário valoroso e lutador.

No computo geral os jogadores estiveram bem, sendo que sobressaíram Hulk pelos desequilíbrios constantes, e Rolando pelos 2 golos apontados.

Notas também de realce para Maicon, Fucile, Moutinho e Ruben, que efectuaram uma exibição positiva.

Souza teve momentos bons e maus. Era capaz de um excelente corte na transição adversária, como depois fazia uma asneira de todo o tamanho. Continuo a achar que Castro seria a opção certa.

Kleber e Varela estiveram mais apagados, fruto da marcação cerrada de que foram alvo. Este Vitória aprendeu com o final da Taça e Portugal e foi bem mais prudente.

Realce para os regressos de Guarin e Falcao, que desejamos que permaneçam nesta equipa, que este ano pode almejar grandes conquistas.

Péssima arbitragem de Pedro Proença, que felizmente não teve influência no resultado.

Excelente presença humana nas bancadas, com os nossos adeptos brilhante no apoio à equipa, e a comemorarem mais este título com a equipa.

Abraço e boa semana

Paulo

Ana Andrade disse...

Boas,
Gostei do jogo, sobretudo do primeiro tempo, se bem que a segunda parte foi também importante a nível de controlo de jogo. Não foi uma partida fantástica, mas creio que nesta altura não podemos pedir o máximo, afinal ainda estamos no início. Mas gostei sobretudo daquilo que este jogo representou, mais uma vitória na Supertaça, competição que os azuis e brancos dominam claramente, já são 18 Taças; a terceira consecutiva! Ah, agora são 70 títulos, já nem a Taça Latina ajuda nas contas! Mas isto são contas de outro rosário, o que importa aqui é a vitória portista naquele que foi o pontapé de saída da época 2011-2012. E o FC Porto começou-a exactamente como começou a anterior, com uma vitória na Supertaça.
Não sabemos o que nos reserva esta época, mas de uma coisa tenho a certeza, este FC Porto vai dar muita luta.
E que saudades dos jogos oficiais, que saudades de ver o meu FC Porto ganhar um troféu, que saudades das festas portistas…

Cumprimentos

Ana Andrade

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