quarta-feira, 2 de novembro de 2011

À primeira todos caem, à segunda só cai quem quer…

Capa do Jornal "O Jogo"
Penso que não havia nenhum Portista que esperasse ver repetida a triste e constrangedora exibição do Dragão frente ao mesmo adversário de hoje.

Caso igual, recuando no tempo, apenas me lembro do duplo duelo Portugal-Grécia no Euro-2004, em que perdemos o primeiro jogo e perdemos na final, ou seja, não aprendemos com os erros do primeiro jogo, nem mesmo percebemos como o adversário tinha jogado no primeiro jogo.

Sem querer alimentar teorias da conspiração, envolvendo Pinto da Costa, Pedro Emanuel e Vítor Pereira, uma coisa é certa, cada jogador Cipriota correu hoje mais do que três jogadores juntos do FC Porto. Ou estavam dopados, ou os jogadores do FC Porto não entenderam a estratégia de Vítor Pereira ou então, simplesmente não estavam para ali virados. Agora que tornaram-se maus jogadores é que não é desculpa, podem estar desmotivados, mas não perderam qualidades e se estão desmotivados, não se percebe como uma equipa técnica e SAD não se apercebem durante o dia a dia, procurando antecipar estas situações.

E se nos últimos dois jogos destaquei Vítor Pereira como o principal responsável pelas vitórias conseguidas e pelo score de 8-0, hoje sou obrigado a dividir a responsabilidade com os jogadores que estiveram em campo.

Este jogo era o ideal para que o FC Porto apresentasse um 4X3X3 sem ponta de lança ou mesmo um 4X4X2, sistemas virados para o contra ataque, obrigando o adversário a fazer aquilo que não sabe fazer – ataque organizado. Ainda para mais, jogavam em casa e só por isso iriam apresentar-se mais abertos e mais virados para o ataque e assim o foi, até marcarem o primeiro golo.

Mas Vítor Pereira assim não entendeu e pecou!

Pecou porque deu uma imagem de não ter soluções alternativas, nem durante o jogo nem para jogos e adversários muito particulares. E o problema não está relacionado com a escolha dos eleitos nas competições Europeias, o problema é mesmo o plantel desequilibrado no que diz respeito ao sector atacante. E também não é a falta de Walter, mas sim a existência de Kléber, Djalma, Cristian Rodriguez (parece que o FC Porto desistiu de o promover para o vender em Janeiro), jogadores sem qualidade para estarem no plantel principal de um clube como o FC Porto que o ano passado ganhou tudo e que este ano ambicionava uma carreira interessante na Champions.
E aqui atribuo a responsabilidade total á SAD do FC Porto, sim já há algum tempo que não falava do poder máximo do FC Porto, mas parece que agora que se vai materializar a eliminação da Champions, faz todo o sentido mostrar o cartão amarelo, a roçar o vermelho, para uma pré-época muito mal projectada e conduzida no que diz respeito a entradas e saídas de jogadores.

Começámos mal e acabámos ainda pior. Por momentos, quando surgiu o tal penalti que James conseguiu e bem enganar o árbitro, e Hulk empata o jogo, ficou no ar, face ao pressing que a equipa estava a realizar, que o golo da vitória poderia surgir nos escassos minutos de jogo, mas depois do golo, o mais constrangedor foi mesmo terem ficado contentes e confiantes que iriam empatar e nem procuraram o golo da vitória nem defenderam o resultado ate ao fim do jogo. Completamente perdidos…

Mas o mais estranho, partindo do princípio que não são problemas físicos que limitam os jogadores do FC Porto, é que por muito mau que seja o treinador, os jogadores não perdiam as qualidades desta maneira, ao ponto de não correrem, não pressionarem, não meterem o pé, falhar sucessivos passes, etc… não seria assim tau mau. Então, o problema não é apenas do treinador sejamos justos.

O problema é que reza a história que quando os resultados não aparecem que de despede o treinador e os jogadores ficam. No actual cenário do FC Porto, e tendo em conta que em 2004 o FC Porto teve 3 treinadores na mesma época e ficou-se pela Supertaça de Portugal e Taça Intercontinental, creio que a solução de despedir Vítor Pereira não seja suficiente.

O que dizer mais deste jogo… elogiar o adversário que mostrou que são pequenos, tal como o País deles, mas são grandes no número de adeptos que acompanham a equipa e sobretudo grandes dentro de campo. Hoje corriam feitos loucos, estavam sempre 2 jogadores em cima do portador da bola do FC Porto e quando é assim, só por manifesta infelicidade é que não se ganha os jogos.

Dragão Azul TV



Tempo agora de concentrarem-se na Liga Portuguesa e assegurar na Ucrania o acesso à Liga Europa. Não será fácil, pois em caso de vitória da equipa Ucraniana, passamos para o último lugar do grupo a apenas uma jornada do fim.

Tal como em 2004, o FC Porto conseguiu o apuramento no Dragão, frente ao Chelsea, e graças ao resultado do outro jogo do grupo, mas mais tarde viríamos a perceber que se calhar o melhor teria sido a ida para a Liga Europa.

Qual será a equipa que Vítor Pereira fará entrar em campo no próximo domingo?!

Inexplicável…

Ricardo Jorge

3 comentários:

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Ontem tivemos uma prestação vergonhosa no Chipre.

Algo se passa no seio do grupo.
Será que os jogadores querem fazer a "cama" a VP?
Ou será VP assim tão mau treinador?
O segredo para se singrar numa grande equipa é saber conduzir homens e a sua preparação e recuperação físicas.

Há que corrigir o que está errado, e Pinto da Costa mais do que ninguém sabe o que se passa.

Não nos podemos dar ao desmazelo e ter uma época igual à de 2004/2005.

Abraço e boa semana

Paulo

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Nem me apetece fazer grandes comentários tal a azia que sinto face à vulgaridade da exibição portista: Vergonhosa, incompreensível e intolerante.

Fico-me por aqui!

Um abraço

Invicta disse...

É muito complicado apontar o dedo a alguém, seja a SAD, os jogadores ou o treinador. Sinceramente não sei, pois todos têm uma quota parte na situação em que a equipa se encontra.
Nunca fui apologista da troca de treinador a meio de uma época, e sempre defendi o Vítor, mas confesso que caso não haja um murro na mesa não auguro nada de bom nos próximos tempos.

Se há um culpado identificado de tudo isto, ele chama-se André Villas Boas, por ter colocado a fasquia demasiado alta e por ter abandonado o barco no momento mais crucial da época.