sábado, 17 de março de 2012

O Campeão voltou… a sofrer!

O objectivo foi cumprido e se for assim até final seremos campeões. A questão é se esta equipa conseguirá até final jogar mal, sem velocidade, sem agressividade e com os contributos desinspirados dos adversários…

Tal como Vítor Pereira tinha avisado, este não era um jogo fácil. A equipa estava desfalcada, sem soluções no banco e ia defrontar uma equipa que gosta de jogar à bola , contudo, acabou por contribuir para a vitória do FC Porto, com um conjunto de oportunidades de golo desperdiçadas, algumas com mérito de Helton, mas outras por muito demérito da equipa de Pedro Caixinha.

Foi provavelmente, e este jogo infelizmente também ficará na história desta época do FC Porto, como o jogo em que o adversário teve mais oportunidades de golo. Nem os grandes conseguiram tal feito!

Vítor Pereira acabou por não surpreender ao colocar Rolando e Cristian Rodriguez de inicio, eram as escolhas normais, mas provavelmente com outro líder, não seria. Rolando não só foi titular como foi capitão, depois de ter tido uma atitude reprovável, quando foi substituído no Dragão quando a equipa perdia por 1-0. Quanto a Cristian Rodriguez mostrou toda a apatia de alguém que se arrasta pelo campo, esperando que os jogos passem e chegue a hora de sair do FC Porto a custo zero.

Decisão estranha foi também a colocação de Maicon do lado direito. Aqui não se conhece as condições físicas de Sapunaru, mas fica o beneficio da dúvida.

Mais uma vez o FC Porto entrou lento e a dar muito espaço ao adversário. Durante a primeira parte, o Nacional teve várias arrancadas, em especial pelo lado de Alvaro Pereira, que esteve muito mal neste jogo, e caso não fosse a aselhice dos seus avançados o FC Porto poderia ter ido para o intervalo a perder por mais do que 1 golo.

Mal na defesa, razoável no meio campo e inexistente no ataque, foi assim o FC Porto da primeira parte. O golo até surgiu cedo, num ressalto de bola que Janko, muito atento, disse sim à jogada e marcou. Algumas jogadas interessantes, mas quando se chegava perto da baliza, nem Cristian Rodriguez, nem James, nem Lucho e nem os laterais conseguiram servir em condições Janko.

Resultado algo injusto ao intervalo para o Nacional, mas aceitava-se face ao desperdício dos da casa e à extrema eficácia do FC Porto.

E se a primeira parte foi mais uma vez ao nível do pior que o FC Porto já fez esta época, a segunda parte trouxe um FC Porto em KO total. O meio campo nunca pegou no jogo, a defesa continuou a abrir espaços e a cometer erros e o ataque deixou de existir.

Durante este período o Nacional acumulou mais algumas oportunidades mas se na primeira parte Janko fez a diferença, na segunda foi Helton, com um punhado de boas defesas.

Vítor Pereira percebeu que estava prestes a perder o jogo e foi no seguimento das substituições que conseguiu equilibrar o jogo. Saíram Cristian Rodriguez e Otamendi, entraram Alex Sandro e Magala. Uma verdadeira lufada de ar fresco. Mangala esteve bem nos lances em que teve que ser colocado à prova e Alex Sandro veio fechar o flanco mais perigoso do Nacional e que Alvaro Pereira já não rendia mais.

Mais tarde, com a saída de Lucho, em KO total e com a entrada de Kléber, Vítor Pereira procurou dar altura e colocar um elemento mais fresco para ser um dos primeiros a pressionar e a defender. A substituição não trouxe nada de novo, mas era imperativo que Lucho saísse e perante isso, Vítor Pereira esteve bem no timing da substituição.

O Nacional não marcou, e numa jogada de contra ataque Alex Sandro, com um pormenor delicioso, fez o 2º golo e matou o jogo.

É constrangedor ver uma equipa que tem as condições que tem e entrou em bloqueio físico ao intervalo, fruto sobretudo de um sistema que não funciona e que obrigou esta noite que João Moutinho, Defour e Lucho, fizessem um esforço acima do limite das capacidades físicas.

É um facto que, tal como ontem o Sporting, o FC Porto soube sofrer, mas nunca houve desde o inicio até ao fim, uma capacidade de comandar o jogo.
As ausências de Fernando, Hulk e Varela foram sem dúvida uma mossa muito grande, sobretudo Fernando, que derivado da sua ausência, nunca até hoje nesta época, o FC Porto permitiu tantas oportunidades de golo a um seu adversário.

Destacar pela positiva Helton, o melhor em campo, João Moutinho, que era visível o esforço físico e o desgaste psicológico e Janko, que soube dizer sim no momento certo.

Pela negativa, e muito negativo, Alvaro Pereira, uma sombra, mal a defender, inexistente a atacar, ainda na primeira parte, não conseguia recuperar rapidamente a sua posição, Cristian Rodriguez, que passeou em campo, tendo tido dois lances de puro egoísmo quanto tinha Janko isolado na área e James, que depois do jogo em Lisboa, eclipsou-se por completo, dando razão a Vítor Pereira, quando o retirou do onze inicial.

Por estas razões, mais ou menos espectáveis, é que teria sido interessante ter dado a titularidade a Iturbe. Mas não, Vítor Pereira preferiu jogar pelo seguro, optando pelas opções mais óbvia. Elas não funcionaram pelo que fica aqui a esperança que não as repita.





Vem aí mais um clássico desta vez para a taça da Liga. Com vários casos clínicos e sem grandes opções poderemos estar perante uma “recusa” diplomática de discutir a passagem à final desta prova, pois, passados 4 dias terá mais uma saída complicada a Paços de Ferreira.

Resta para já, recuperar os jogadores do meio campo, os únicos disponíveis para os próximos jogos, e começar a preparar o próximo jogo, na esperança que a inspiração possa sobressair dos inúmeros problemas que este plantel acumula desde o inicio da época.

Os adeptos ainda acreditam e vamos continuar certamente a apoiar a equipa.

Força Porto.
Ricardo Jorge

8 comentários:

100% Dragão disse...

Boas

Retirando os primeiros 10 minutos fizemos uma primeira parte positiva, a segunda foi horrível. Falhamos muitos golos mas Helton também evitou bastantes. Sem o Fernando e Hulk, num campo muito difícil, a conquista dos 3 pontos era o que mais interessava. Vitória muito importante. É neste tipo de jogos que se ganham Campeonatos.

Abraço

http://100porcentodragao.blogs.sapo.pt/

Espertinho disse...

É nestes momentos que se vê a importância fulcral de Fernando. Fui ao Dragão na semana anterior ver o jogo com a Académica e já na altura o Álvaro Pereira me pareceu o pior em campo. Ontem, repetiu a proeza... Sinceramente ainda acredito no título, mas depois dos mouros terem ganho o "Campeonato dos Túneis" de ganharmos este ano, deverá ficar conhecido como o "Campeonato do Milagre"...

dragao vila pouca disse...

Atendendo à perda de pontos e pior, abalo na confiança após o empate frente à Académica; junto com algumas baixas importantes, Hulk e Fernando; mais as dificuldades que o Nacional normalmente cria ao F.C.Porto, era um jogo de risco. Conseguimos ganhar e isso é que foi importante, mesmo que a exibição tivesse deixado muito a desejar, principalmente na 2ª parte, mesmo que tivessemos sofrido muito.

Abraço

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Foi uma exibição descolorida, apagada, desconexa, desorganizada, trapalhona, enfim, impregnada de todos os defeitos que vem sendo a imagem de marca desta época. Uma vitória lisonjeira que vai garantindo a liderança, mas que esteve a milhas de convencer.
Esta equipa portista joga cada vez menos e começa a ser penoso ver jogadores de tão grande qualidade com comportamentos tão vulgares.

Tivemos a estrelinha dos campeões e Helton em grande. A sorte não dura para sempre. As nuvens negras da desgraça pairam cada vez com mais intensidade. Adivinha-se a derrocada a todo o momento, nos jogos complicados que ainda faltam.

Um abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Depois de uma primeira parte mais consistente mas sem brilho, chegamos à vantagem e poderíamos mesmo ter matado o jogo por intermédio de Rolando e Rodriguez que foi egoísta e não assistiu Janko isolado.

Na segunda parte, o Nacional criou-nos imensas dificuldades, aproveitando a velocidade de Mateus e Candeias. Helton o homem do jogo negou o empate aos da casa.

Acabamos por matar o jogo numa fase em que o Nacional se tinha mandado para a frente em busca do empate.

Era escusado tanto sofrimento, mas face à ausência de Fernando e Hulk, o que importava era a vitória.

Agora vem aí a taça da liga, e espera-se que a equipa melhore até lá do ponto de vista anímico.

Abraço e bom fim de semana

Paulo

paulo freitas disse...

concordo com todos voçes mas acho que a nossa "equipa" não tem chama, um fio de jogo, rapidez de execução, soluções para abrir as defesas destas equipas ditas mais pequenas enfim uma equipa a imagem deste pseudo treinador que aterrou no dragão.

Penta disse...

caríssimas(os)

concordo com o teor do post.
penso que tudo está escrito quando o Helton foi um autêntico guardião que permitiu a conquista de (mais) três preciosos pontos, rumo ao objectiv final: a revalidação do título.

somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)

Miguel | Tomo II

Ana Andrade disse...

Boas,
Foi uma vitória sofrida, mas foi uma vitória, o FC Porto soma mais três pontos e aconteça o que acontecer é líder. Que dizer do jogo? Não foi mau mas podia
ter sido muito melhor. O Nacional deu luta o que tornou as coisas mais complicadas. Eu não esperava um jogo fácil, porque na Choupana os jogos raramente,
muito raramente, são fáceis e este não seria excepção. O FC Porto sofreu mas soube sofrer, para ganhar os jogos também é preciso saber sofrer. Na minha
opinião, a primeira parte foi um pouco melhor que a segunda, pelo menos foi menos sofrida. Grande Helton, mais uma vez foi grande a salvar … E quanta falta
faz o Fernando … espero que no próximo jogo já esteja disponível. Se me permitem, deixo aqui umas linhas da crónica do jogo do site do FC Porto, reflecte
exactamente o que eu penso. “No Sítio da Choupana, localidade onde se encontra o estádio do Nacional e onde por vezes o nevoeiro é de cortar à faca, muitas
equipas poderosas caem. Esta sexta-feira, o FC Porto teve de sofrer para bater os madeirenses, por 2-0, com golos de Janko e Alex Sandro, ao cair do pano.
Numa partida em que os Dragões apelaram mais à alma do que à técnica, garantiu-se o mais importante: os três pontos e a liderança da Liga. Alguém esperaria
vencer na Madeira sem sofrimento? A luta pelo título continua em Paços de Ferreira (domingo, 25/03, 20h15), na Mata Real, outro terreno complicado. Provavelmente,
será novamente necessário um jogo de esforço e períodos de menor beleza estética. Porém, o que mais interessa é chegar ao fim na frente: esta missão está
cumprida, venha a próxima. Faltam sete "finais".” Nem mais…

Força FC Porto!

Cumprimentos

Ana Andrade

www.portistaacemporcento.blogspot.com
www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com