quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sub-19 em busca da revalidação do Troféu do Torneio Blue Stars/FIFA Youth Cup

A equipa de Sub-19 vai defender o título conquistado há um ano no Torneio Blue Stars/FIFA Youth Cup. 
A 74.ª edição está agendada para hoje e amanhã, em Zurique. 

Os portistas integram o Grupo B, juntamente com Besiktas (Turquia), Zenit (Rússia), Young Boys e FC Zurique (Suíça). 

Todos os jogos têm dois tempos de 20 minutos, excepto a final, que conta com dois tempos de 25 minutos. 

Calendário de jogos (clica para visualizar)


16 de Maio
15h00 * FC Porto vs FC Zurique
16h40 * Zenit vs FC Porto
19h10 * FC Porto vs Young Boys

17 de Maio
11h40 * FC Porto vs Besiktas

O ano de 2011 foi inesquecível para a equipa sub-19 do FC Porto. Poucos dias depois de ganhar o campeonato português de juniores, os Dragões foram à Suíça para participar no Torneio Juvenil FIFA/Blue Stars de 2011 e acabaram por levantar o troféu. 


O técnico Rui Gomes recorda, em entrevista ao FIFA.com, a edição da época passada e antecipa as emoções da prova deste ano.

Rui Gomes "É um torneio muito bem organizado"

Que recordações guarda do Torneio Juvenil FIFA/Blue Stars de 2011?
A recordação é óptima. Porque ganhámos, obviamente, e, além disso, porque foi um dos melhores e mais bem organizados torneios em que já participámos. Desde o primeiro momento, tivemos a noção que era uma prova muito bem pensada: pela forma como fomos recebidos, pela forma como os horários eram cumpridos e pelas condições que puseram à nossa disposição. É um torneio óptimo e vencê-lo depois de sermos campeões portugueses foi a cereja no topo do bolo.

O que pensa do formato do torneio, com muitos jogos em dois dias?
Os jogos são curtos, mas o torneio é extremamente intenso. Logo na primeira tarde disputamos três partidas, contra equipas com estilos diferentes e em campos com dimensões diferentes. Isso obriga a uma adaptação muito rápida, mas o formato parece-me muito bem.

Que importância têm estes torneios juvenis de final de temporada?
Pode ter várias valências. A de concretizar uma época, permitindo que um grupo que trabalhou um ano inteiro possa terminar a época a competir, de forma intensa, mas com menor carga emocional. Além disso, também pode ajudar a preparar a época seguinte, apostando em jogadores sub-18 que já integram as comitivas.

Zurich, Zenit, Young Boys e Besiktas são os adversários deste ano. Quais os objectivos do FC Porto?
Vai ser extremamente complicado. Na final do torneio do ano passado, defrontámos o Zurique, uma equipa fortíssima, que já disputava a segunda divisão suíça. Este ano abrimos o torneio precisamente com o Zurique e, se o nível das outras equipas for idêntico, vai ser um torneio muito, muito duro. É difícil traçar um objectivo concreto, porque com este formato tudo é possível até ao último momento. No ano passado, por exemplo, só nos apurámos para a final no último minuto do último jogo.

Da equipa que venceu o torneio do ano passado, alguns jogadores já estão a competir a nível profissional, jogando, inclusive, na Liga portuguesa. Prevê um futuro idêntico para os elementos da actual equipa?
Sem dúvida. Os melhores do nosso grupo vão ter grandes carreiras, como já têm alguns dos jogadores que faziam parte da equipa do ano passado. No fundo, é isso que valida o nosso trabalho: sentirmos que ajudamos à formação desses jogadores. O nosso objetivo é abrir-lhes as portas do futebol profissional.

Como analisa a evolução do futebol jovem português?
Na minha opinião tem evoluído imenso. Há 10 ou 20 clubes muito bons na formação em Portugal e isso tem reflexo nas selecções jovens. É verdade que muitos dos jogadores que terminam a formação não estão imediatamente preparados para jogar ao nível que os principais clubes portugueses exigem. Mas as grandes conquistas, como o título de vice-campeão na Copa do Mundo de Sub-20 da FIFA ajudam imenso.

História do Torneio publicada em fifa.com

Às vésperas do pontapé inicial da 73ª edição do Torneio Juvenil FIFA/Blue Stars, que será disputada nos dias 16 e 17 de maio em Zurique, na Suíça, o FIFA.com conta um pouco sobre as mais de sete décadas de história da competição. Saiba quais foram os clubes que brilharam no alto do pódio e conheça equipas das quais talvez nunca tenha ouvido falar.

Supremacia inglesa
O Manchester United é o recordista absoluto em títulos da competição suíça. Foram 18 troféus desde 1939, incluindo um tetracampeonato entre 1959 e 1962 e cinco bicampeonatos (1968/1969, 1975/1976, 1978/1979, 1981/1982 e 2004/2005). Entre 1982 e 2004, porém, os Diabos Vermelhos passaram 22 anos sem gritar campeão.

O segundo clube mais vitorioso, ainda que com apenas seis títulos, é o Grasshopper. O sucesso da equipa de Zurique no torneio juvenil teve início com um triunfo já na primeira edição, em 1939, e invadiu o novo século com a mais recente conquista, em 2006.

Tradição suíça
Os donos da casa não venceram apenas com o Grasshopper. O Young Fellows também levou a bandeira suíça ao lugar mais alto do pódio em 1941, 1942 e 1953, antes de se fundir com outro clube em 1992. O FC Zurich também foi tricampeão (1946, 1949 e 2008), enquanto o Basel ergueu a taça em 1997 e 2009. Vale destacar ainda os títulos do Oerlikon, em 1945, e do Winthertur, em 1940, dois clubes que dificilmente tiveram alguma outra glória no cenário internacional.

São Paulo entre os bicampeões
Além do Manchester United, com os seus 18 títulos, a lista das equipas estrangeiras que já fizeram a festa em solo suíço é engrossada pelo Barcelona, tricampeão consecutivo em 1993, 1994 e 1995. Em seguida vem um pelotão de grandes clubes com duas vitórias cada: Boca Junios (2002 e 2010), Spartak de Moscou (1991 e 1992), Milan (1958 e 1977), Arsenal (1963 e 1964), São Paulo (1999 e 2000), Roma (1980 e 2003) e Áustria (1947 e 1948).

Maioria helvética
Quanto ao número de participações no Torneio Juvenil FIFA/Blue Stars, os suíços levam evidente vantagem em relação ao resto do mundo. Nada menos que 71 equipas do futebol helvético já pisaram os relvados da tradicional competição, incluindo vários clubes verdadeiramente pequenos. Desta lista, podemos citar Nordstern, Töss, Wipkingen, Chênois, Solothurn e Seefeld.

Diversidade planetária
Uma das maiores virtudes da competição, no entanto, é abrir as portas a participantes de todos os cantos do mundo, costume que vem desde a criação do evento. O resultado é sempre uma interessante mistura entre clubes exóticos e clubes de renome. Dentre os mais incógnitos competidores, recordamos o chinês Guoan, o dinamarquês Nyköbing, o kosovar Flamurtari, o norueguês Vestfold, o israeltita Hapoel de Ramat Gan e o sérvio Radnicki de Kragujevac.

Países conhecidos, clubes excêntricos
Mesmo entre os países mais tradicionais do planeta bola encontramos um histórico de clubes extravagantes. A Alemanha, por exemplo, já enviou o Konstanz e o Spandau de Berlim, ao passo que a Itália foi representada por Mantova, Fedit de Roma, Alessandria, Virtus Bolzano e Triestina. Curioso ainda é o facto de que a cidade de Estrasburgo, na França, já esteve presente com três clubes diferentes: o Strasbourg, o Auswahl e o Racing.

Outros clubes desconhecidos no cenário internacional que tiveram a chance de participar do torneio foram o brasileiro Caxias, do Rio Grande do Sul, e o belga Daring. Já o prémio de nome mais engraçado vai para os ganeses do Mysterious Dwarfs, que significa "anões misteriosos". Este ano, a honra deve ficar com o Tout Puissant Mazembe ("Todo Poderoso Mazembe"), famoso clube da República Democrática do Congo.

Se quiser saber mais sobre o Torneio Juvenil FIFA/Blue Stars, confira as seguintes listas:

Clubes participantes desde 1939
Resultados desde 1939
Astros do Blue Stars
Manchester United no Blue Stars (em alemão)

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