domingo, 21 de outubro de 2012

Jogo amorfo deixa VP irritado com a equipa

Ontem por motivos pessoais, de um quase ter ido a Vizela assistir ao jogo, não acabei por ir e nem vi o jogo na TV.

Ao que parece não perdi nada!
Pelo que me disseram foi um jogo enfadonho, com alguns jogadores menos utilizados como Kléber e Iturbe a demonstrar que não tem qualidade para jogar no FC Porto.

VP apareceu irritado na conferência de imprensa. Espero que alguns dos nossos jogadores não sejam como os burros que necessitam de uma cenoura à sua frente para se motivarem e encararem todos os adversários com seriedade.

Os adeptos que se deslocaram a Vizela em tempos de crise e que pagaram entre 8 a 10 euros pelo ingresso não merecem.

Deixo aqui a crónica ao jogo publicada no portal maisfutebol.

Abraço e bom fim de semana

Paulo

Sonolento. O F.C. Porto segue para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal sem ter passado verdadeiramente por Vizela. Longo bocejo dos jovens dragões, com raros motivos de entusiasmo para os adeptos que acompanharam a equipa. Mérito tremendo do Santa Eulália, justificando a diferença mínima no marcador (0-1).

Vizela foi o centro do mundo eulalense, casa emprestada para a receção ao campeão nacional. O CCD Santa Eulália, promovido este ano à III Divisão Nacional, não conseguiu colocar o relvado em tempo útil no seu recinto e teve de promover a festa da Taça no reduto do F.C. Vizela.

Foi festa bonita, sim senhor, de gente humilde que não quer deixar má imagem. Pequenas falhas na organização e na acomodação de jornalistas sem afetar o panorama geral: bom ambiente e entusiasmo para um jogo da 3ª eliminatória da Taça de Portugal que soube a final da Liga dos Campeões para os visitados.

O F.C. Porto apresentou-se em Vizela com a atitude possível, a mensagem forte do treinador e o natural relaxamento de algumas unidades, elementos afetados pela pouca qualidade do relvado e pela discrepância de forças entre as duas formações.

Oportunidade desperdiçada

Vítor Pereira encheu o seu onze de jovens e cativou-os com uma oportunidade única. Jogar de início e comprovar o potencial. A expetativa dos adeptos ditou uma enchente do recinto, com cerca de seis mil espectadores nas bancadas. Alguns terão ficado desiludidos com a apatia e falta de clarividência dos jovens dragões.

Quiñones, Kelvin e sobretudo Iturbe, por exemplo, parecem demasiado verdes para aparecer no onze do F.C. Porto em outro tipo de competições. O lateral colombiano, em estreia, denotou insuficiências na colocação defensiva, sobressaindo apenas no apoio ao ataque.

Kelvin aguentou apenas uma hora em campo, mostrando boa vontade pontual e falta de capacidade de remate. Quanto a Iturbe, talvez a maior esperança infundada nesta visita a Vizela. Muita corrida e pouco futebol perante um adversário relativamente acessível.

Por aqui se explica a entrada fraca dos dragões, frente a um Santa Eulália bem organizado e de coração aberto para o confronto entre David e Golias. Vestiu a pele sem tremer, sem estragar a festa e reduziu-se ao papel de figurante.

A equipa de João Fernando tem alguns nomes interessantes, como André Cunha. A seu lado, o redondinho Nélson, com excesso de peso e qualidade nos pés, uma figura graciosa com a bola e estranha sem ela. Arrancou alguns sorrisos e vários passes de bom nível.

Danilo desperta do sono

O jogo corria devagarinho, sem pressão, o F.C.Porto à espera de algo, de um momento de inspiração. E ele veio à meia-hora, dos pés de Danilo, que fintou para dentro e disparou com o pé esquerdo, o mais fraco, bem colocado. Golo.

O 0-1 sossegou os escassos corações azuis e brancos com problemas de ansiedade. Soava a pouco mas parecia suficiente. O Santa Eulália nunca se rendeu, deu-se até ao luxo de trocar um central por um avançado na etapa complementar mas pouco incomodou Fabiano. Fê-lo apenas ao minuto 48, num cruzamento perigoso de André Cunha.

Christian Atsu, o mais clarividente entre os jovens portistas, ia mantendo a defensiva contrária em sentido.Já na etapa complementar, o ganês fez um truque de magia, rodou sobre dois adversários e rematou na passada. Bola na trave, depois no chão, talvez dentro mas não valeu. Seguiu o jogo, diferença mínima no marcador.

Vítor Pereira mexeu no esquema e deceções como Quiñonez, Kelvin e Iturbe saíram com naturalidade. Oportunidade para ver Sebá, brasileiro da equipa B que tem igualmente capacidade para ser solução a médio prazo. Incisivo com a bola e bela presença física.



O jogo terminou com assobios perante a resignação portista e suadas tentativas do Santa Eulália em busca de um milagre. Em vão. Benício construiu ainda um lance de fino recorte, nos últimos segundos, mas Tiago Monteiro não conseguiu aproveitar. 


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1 comentário:

Azulibranco disse...

Esta miséria vem na sequência de um vício entranhado há muitos anos no Porto, no sentido de que os jogos com clubes pequenos são para fazer descansar jogadores.
Mas descansar de quê, dos ordenados que ganham? Mas então dever-se-ia fazer ao contrário, punha-se a equipa principal a jogar e deminuia-se o pagamento deles , uma vez tratar-se de um jogo menor?
Claro que estou a gozar, mas não acham infeliz nem o Clube nem os jogadores se aperceberem deste erro consecutivo?
Lembram-se de o Atlético nos ter eliminado no Dragão, no primeiro ano de Jesualdo? Lembram-se do Fátima nos ter eliminado na segunda época de Jesualdo? Lembram-se de o Sporting nos enfiar 4-1, em Alvalade, para a Taça da Liga, em 2009, onde jogámos com as reservas, porque no domingo seguinte jogarmos com o Benfica?
Recordo-me eu de o Benfica ter um ano cometido esse erro, e ter sido eliminado na Luz pelo Gondomarense. Nunca mais vi o Benfica cair nesse erro.
Mas o Porto, faz isso sempre e sempre e sempre, que é um desespero d'alma.
É preciso ter paciência!