sábado, 14 de agosto de 2010

Primeiros três pontos, com pouco brilho...



O FC Porto entrou com o mesmo onze que havia jogado frente ao Benfica com a Naval, mas esse onze parecia reduzido a metade na vontade de jogar.

Sim, o Fc Porto entrou mal no campeonato e entrou mal no jogo. Mas nada que a pré-época pouco convincente não fizesse adivinhar.

O onze seria o de esperar, dada a recuperação de Sapunaru e ainda a indefinição no plantel quanto à manutenção de Raul Meireles e de Fucile que, de resto, nem sequer foram convocados.

A Naval entrou melhor que o Fc Porto, com garra e vontade de ganhar o primeiro jogo em casa. Aos 20 minutos ainda não se tinha visto nada do Fc Porto, nem sequer um remate, e a Naval já levava quatro. Além disso, estava muito bem organizada defensivamente, impedindo que os jogadores do FC Porto conseguissem circular a bola perto da grande área adversária.

Helton, mais uma vez, esteve muito bem, e conseguiu colocar fim aos lances de perigo da Naval. (A braçadeira de capitão fica-lhe bem! É um jogador maduro, que traz estabilidade e confiança à equipa!)

A nossa equipa continua a cometer alguns erros de transição, com alguns passes falhados, e alguma incapacidade de levar o jogo até à grande área da Naval. E desta forma chegou ao intervalo.

Com a segunda parte surgiu a necessidade de mexer na equipa. O jogo, que estava muito indefinido e muito físico, exigia um médio possante, e dessa forma Villas Boas colocou Guarín em campo para o lugar de Varela, que esteve bastante mais apagado do que no jogo frente ao Benfica. Esteve bastante marcado e com poucos espaços para progredir.

Com a entrada de Guarin e a equipa a jogar em 4-4-2 as oportunidades começaram a surgir. Hulk tentou de todas as maneiras possíveis e imaginárias (uma nota para o facto de ele tentar, tentar, tentar, tentar, mas nunca conseguir marcar de lance livre!! Talvez devesse dar mais a oportunidades a Belluschi para marcar neste tipo de lances!). A pressão foi sempre aumentando, até que aos 84 minutos (num lance um pouco duvidoso), Jonathas toca com a mão na bola. Penalty convertido de forma irrepreensível por Hulk, e primeiros três pontos da época!



A reter:

1. A nossa equipa não pode obter motivação apenas dos jogos que disputa frente ao Benfica! A motivação terá que ser a mesma jogo a jogo, para que no final o título seja nosso!

2.Para o bem da equipa, o plantel tem que ficar definido o mais rapidamente possível, para saibamos com quem podemos contar e, dessa forma, haver mais estabilidade (incluindo a emocional!)

3. Há processos de transição que ainda têm que ser trabalhados, passes que não podem ser falhados, bolas que não devem ser perdidas (a fúria de Hulk tem que ser controlada, porque em muitas ocasiões é prejudicial)

Este foi o primeiro jogo do campeonato e, pelo menos, entrámos a vencer, o que era o mais importante! Agora venham as exibições (temos esperança!)!!

Declarações de Villas Boas

Saudações portistas,

DF

10 comentários:

Ricardo Nuno Gonçalves Jorge disse...

Muito sofrido, mas tb muito justo. Penso que a Naval não mostrou assim tanta organização, mostrou sim uma agressividade muito grande e surpreendeu o Porto.

Destaco o nosso técnico, que não era a minha primeira escolha, contudo há que elogiar qd assim o mereçe. Fez uma leitura muito boa do jogo, baralhando a Naval com alterações de esquema.

Gostei da reação da equipa ao adverso. Não foi bonito mas atingimos o objectivo.

Ricardo Jorge

Anónimo disse...

gostei do souza! jogou pouco mas fiquei um pouco entusiasmado :)

Anónimo disse...

o villas boas mostrou hoje ter estrelinha, o que é preciso nestes jogos onde parece valer tudo contra nos. ate o relvado estava uma porcaria e estamos na primeira jornada. estava dificil conseguir dominar a bola e engrenar. o hulk ja vai na terceira epoca, por isso, ou é domesticado rapidamente ou nunca se tornara no grande jogador que todos pretendemos que ele seja. gostei de ver o souza, ainda que por breves minutos...

dragao vila pouca disse...

Primeira-parte a fazer lembrar o passado: futebol amarrado, complicativo, desinspirado, sem ideias, sem pressão, sem domínio, um Porto fraquinho, que não teve espaços para jogar e também não fez nada para os criar. Lances de perigo, apenas de bola parada.

Na segunda-parte, um novo Porto: mais forte, mais pressionante, mais dominador, a atacar pela direita com Hulk e pela esquerda com Álvaro, o conjunto de André Villas-Boas encostou a equipa da Figueira lá atrás, criou vários lances de golo, marcou apenas um - num penalty indiscutível -, mas podia e devia ter marcado mais alguns.

Vitória justa, sem mácula da equipa portista, que se na primeira-parte esteve mal, na segunda rectificou, mudou e conquistou com todo o mérito os três pontos.

Um abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia a todos,

Parabéns pela excelente análise DF:)

Na primeira parte não fomos um Porto pressionante e dominador muito por mérito da Naval que entrou muito bem no jogo, a trocar bem a bola, e com 5 médios quase sempre em linha que ganhava as bolas ao nosso trio de meio campo. E quem não tem posse tem menos chances de criar oportunidades de golo.
Embora no meu entender a falta sobre Falcao na primeira parte seja penalti, uma vez que o jogador da Naval só consegue varrer a bola atropelando Falcao.
Na primeira parte faltou o amarelo para uma simulação de penalti vergonhosa de João Pedro, que devido ao protestos poderia ter intimidado o árbitro e o próprio Alvaro.

Na segunda parte a Naval entrou mesmo naquela de deixar correr o tempo, ver a reacção do Porto, para tentar conquistar um pontinho.

Mas o Porto entrou forte, mais pressionante e conquistou a batalha no meio campo, muito por força da excelente alteração táctica de Villas Boas que meteu os músculos de Guarin no meio campo.

Gosto deste treinador, porque não fica à espera do que vai acontecer. Mexe rapidamente sem receios. Passou de 4-3-3 para 4-4-2, e se o porto não marcasse iria meter Ukra para abrir o jogo.

Ontem notou-se a falta de uma solução de banco para a área.
Walter faz muita falta, porque se Villas Boas tivesse mais um ponta de lança, teríamos marcado mais cedo, a uma Naval que encostou às cordas e abandonou o ataque.

Apenas teve aquele contra ataque excelentemente resolvido por Alvaro.

Nota para os imensos adeptos do FC Porto presentes e os Super que empurraram a equipa para a vitória.

Quanto aos jogadores, saliento Helton que é como o vinho do Porto, quanto mais velho melhor. E a braçadeira trouxe-lhe mais responsabilidade e ele assume a sem medo, gritando e incentivando os companheiros de defesa.

O quarteto defensivo fez um excelente jogo.

Moutinho e Fernando são secam tudo à volta ... que formiguinhas de trabalho!!! fantástico! Belluschi até parece outro jogador com estes dois lutadores a seu lado.

Falcao sempre a lutar, esteve bem.

Hulk com muita vontade de resolver, por vezes excessiva, a querer rematar de longe e assumir a marcação dos livres ... mas Hulk é assim, é um daqueles jogadores que pode resolver num lance destes. Podia ter marcado naquele desvio por cima do GR da Naval que passou rente ao poste.

Varela lutou muito, mas um campo em que os jogadores estavam muito próximos dificultou a sua tarefa.

Nota negativa para este árbitro. Parecia a sinfonia do apito... deixou que os jogadores da Naval recorressem constantemente a faltas que travavam o ritmo de jogo.

Perdoou a expulsão a Jonathas, mais que uma vez. Este jogador só travava Hulk à pancada. Aliás este mesmo jogador agrediu João Moutinho e continuou em campo ... e ainda bem porque cometeu o penalti que nos deu a vitória.

Foi importante entrar a vencer, pois esta equipa precisa de vitórias para se consolidar e ganhar confiança.

Bom domingo para todos

Ultrasfcporto disse...

Saudações Portistas,
este jogo não foi um brilharete uma coisa é certa mas os 3 pontos foram conquistados, esse é o objectivo principal e venha o próximo jogo que este já faz parte do passado.

Cumprimentos,
ultrasfcportomatosinhos

Dragaopentacampeao disse...

As dificuldades habituais frente a equipas de segundo plano, concentradas num esquema defensivo, onde o espaço tem de ser conquistado com inteligência, criatividade e rapidez de execução.

O FC Porto não foi capaz de pôr em prática estas qualidade na primeira parte, originando um futebol cinzento e sem perigo.

Corrigiu no segundo tempo e os resultados foram evidentes: Mais domínio, mais controlo e mais ocasiões de golo. Pena a pontaria continuar desafinada. Potentes remates foram desperdiçados por falta de direcção.

Vitória justa onde não fomos bestas nem bestiais.

Um abraço

Azulibranco disse...

Tudo bem, ainda assim eu nunca vi o Porto jogar, nos últimos quatro campeonatos - nos quais foi três vezes campeão nacional - tão bem como jogou na final da Supertaça, contra o Benfica, e ontem, na segunda parte do jogo, contra a Naval.
Relembro que não estamos em Inglaterra, em Espanha ou Itália, onde as equipas mais ou menos conseguem, tradicionalmente, manter a mesma forma ao longo da época. Não, nós estamos em Portugal, neste País, onde em Agosto, antes de começar o campeonato, já se sabe que ele vai ser ganho pelo Porto, pelo Benfica ou pelo Sporting. Tem sido assim há 60 anos, com duas excepções, a vitória do Belenenses, na década de 40, e a do Boavista em 2001.
Quer dizer, à partida o Porto só tem que se preocupar com o Benfica e o Sporting - o ano passado foi outra excepção, que confirmou a regra.
O campeonato, em Portugal, é para "vamos indo e vamos vendo".
Neste quadro, o Porto ganhou, porque só o Porto poderia ganhar. Digamos que ganhou "quando quis", aos 88'.
Foi de penalti!? Pois foi, e não foi o penalti uma consequência do MASSACRE ao qual o Porto expôs a Naval, principalmente na última meia hora de jogo?
Acrescem as medidas reduzidas do relvado, o mau estado da relva, o vento fortíssimo e aguerrimento de uma equipa que dá o tudo por tudo três vezes numa época, precisamente quando recebe os grandes.
André Villas-Boas, taticamente impecável.
E os três pontos JÁ CÁ CANTAM, como muito bem diz o nosso amigo Ultrafcporto.
Em Portugal é nestes jogos que se ganham os campeonatos.
E neste campeonato, pelo menos por mais umas horas, já vamos três pontos à frente do Benfica, o nosso único competidor este ano!

Dragaoatento disse...

Para ser franco tinha esperanças de ver jogar uma equipa do FC Porto mais dominadora. O golo do FC Porto foi obtido na segunda parte (83 minutos) quase a acabar o jogo!
Dos primeiros 45 minutos, pouco há a salientar a não ser a ineficácia do futebol ofensivo dos Dragões. Já na segunda parte as coisas melhoraram um pouco mas continuou a confirmar-se a dificuldade dos jogadores Azuis e Brancos em ultrapassar, em penetrar na cerrada defensiva da Naval.
A Naval começou o jogo dispondo as suas pedras sempre atrás da linha da bola, ou seja, colocou o AUTOCARRO em frente à sua baliza e tentou através dumas foguetadas conseguir marcar um golo que lhes permitisse alcançar a vitória para a sua equipa.
À equipa do FC Porto pelo seu lado começou por faltar velocidade, os avançados quase nunca conseguiram jogar em antecipação e não se desmarcando não conseguiram levar as jogadas a bom termo. Como resultado aconteceu que denunciando as jogadas permitiu quase sempre que o adversário anulasse o seu futebol ofensivo. Já se sabe que é muito difícil jogar contra equipas que se fecham bem (com muitos jogadores) e exploram o contra-ataque. Por conseguinte entendo que a equipa do FC Porto tem de começar os jogos entrando de rompante e tentar marcar logo na primeira parte do desafio a fim de ganhar confiança e desmantelar o AUTOCARRO dos adversários. Depois contra equipas que defendem com muita gente é muito importante rentabilizar os lances de bola parada e também chutar de meia distância, ou seja, do meio da rua como vulgarmente se diz (um tipo de lances que requer muito treino/repetição). Outra das lacunas onde é flagrante a ineficácia da equipa é nos cruzamentos. O Falcao quando salta em disputa com os centrais adversários raramente ganha um lance de cabeça.

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Ler o blogue do amigo Armando, é entrar na história do FC Porto, é encher-nos de orgulho ao constatar o ecletismo do nosso clube, é ter saudades de um museu que conte estas histórias aos vindouros, é ter saudades das modalidades que foram extintas ... ler o seu blogue é sentir o amor ao clube de um grande Portista!


Abraço