domingo, 6 de março de 2011

Campeonato mais perto...

O FC Porto recebeu e venceu o Vitória de Guimarães por 2-0 em jogo a contar para a 22ª jornada da Liga Portugesa. Mais uma vez a equipa esperou pela segunda parte já avançada para abrir o marcador.

Face à ausência forçada de Hulk, Villas Boas fez entrar James para o onze inicial, que constituiu o triângulo ofensivo juntamente com Varela e Falcao. Na defesa fez entrar Maicon para o lugar de Otamendi. Parece que o brasileiro e o argentino têm rodado bastante, mas só Rolando está de pedra e cal do eixo defensivo. Fucile manteve a titularidade, o que é compreensível face às recentes boas exibições.

O jogo começou com maior pressão por parte dos vimaranenses, que entraram muito bem em jogo, fazendo pressão alta e não deixando o Porto jogar.

Após os dez primeiros minutos, a equipa conseguiu tomar as rédeas do jogo e as oportunidades foram surgindo. Na verdade, criar jogadas não foi o mais difícil ao FC Porto. Complicado foi o último passe que falhou muitas vezes muito por culpa do meio campo que, quer através de João Moutinho, quer através de Belluschi, apresentou-se hoje muito desinspirado, o que se reflectiu na qualidade de passe. Falcao apareceu também muitas vezes sozinho na frente, o que dificultava segurar a bola no ataque. Ainda assim, o colombiano fez um trabalho digno de registo e elogiar as suas qualidades de jogador já se torna quase um lugar comum. Quem não esteve ao seu nível foi Álvaro Pereira. Apesar de proporcionar velocidade ao jogo, a finalização e o passe não estiveram afinados.

Esta noite voltou a ser uma noite de desperdício, com o ataque portista a deixar escapar várias situações passíveis de criar perigo, normalmente por causa ou do último passe que falhava, ou da perda de tempo no remate.



A primeira parte terminou com um Porto claramente superior, mas que não conseguia chegar à baliza adversária e finalizar. E foi com um Porto claramente superior que a segunda parte de iniciou. Apesar do domínio, a equipa não conseguiu fazer um jogo tão bom, como aquele que rubricou frente ao Olhanense, mas tal como no fim-se-semana passado os golos surgiram na segunda parte.

Aos 55 minutos Villas Boas faz entrar Guarin e tira Belluschi, que hoje se apresentou bastante abaixo do que seria de esperar, e a partir daí aquilo que faltava, a qualidade de passe e uma melhor velocidade, começou a surgir. Aos 65 Rodriguez substitui Varela. O avançado português, apesar de ter feito algumas jogadas individuais dignas de registo, foi dos jogadores que mais falhou o último passe, acabando por desperdiçar várias oportunidades que ele mesmo havia criado.

Logo depois, mesmo sem jogar particularmente bem, James faz um passe fantástico para Falcao que finalizou à matador. Aos 89 minutos, houve ainda tempo para um enorme desperdício, quer por Ruben Micael quer por Falcao. A indecisão de um e a imprecisão de outro resultou em mais uma oportunidade deitada pela janela fora. Apesar disso, e já com o jogo partido e alguns jogadores do Guimarães em dificuldades físicas, o FC Porto consegue chegar ao 2-0 através de Cebola. Fez-lhe bem marcar este golo, para que ganhe mais confiança, uma vez que tem tido poucas oportunidades para se mostrar.

Fim de jogo e vitória por 2-0, num jogo que não foi brilhante mas que foi muito bem ganho pelo FC Porto que foi claramente dominante. Se Manuel Machado se queixa da arbitragem, então que olhe para as estatísticas do jogo, pois não foi por aí que perdeu.

Destaque positivo para Helton, que se impôs uma série de vezes, antecipando-se ao adversário. Esta primeira época como capitão é talvez a melhor época do guardião brasileiro no FC Porto. Destaque ainda para Fernando, que esteve exímio a recuperar bolas, apresentando-se cada vez mais perto daquilo que mostrou a época passada. Também Guarín fez hoje a diferença no jogo. Notou-se claramente um aumento da intensidade de jogo, bem como da sua qualidade, após a sua entrada. E destaque naturalmente para Falcao que, apesar de ter falhado uma oportunidade soberana, esteve ao seu nível no centro do ataque.

Pela negativa destaco, como já havia referido, o meio campo portista, constituído por Moutinho e Belluschi, pelas imprecisões no passe e perdas de bola.

Declarações de Villas-Boas:



O mais importante: amealhámos mais três preciosos pontos e a vitória no campeonato parece estar cada vez mais perto. E o ideal seria terminar este ano com zero derrotas para a Liga. Seria fantástico.


Agora restam três finais... Venham elas...

Saudações portistas,

DF

5 comentários:

dragao vila pouca disse...

Com um Dragão muito bem composto, 36.419 espectadores, o F.C.Porto, líder destacado do campeonato, Liga Zon Sagres, venceu, com algum sofrimento é verdade - golos só na segunda-parte e o segundo já em cima do minuto 90 -, mas com um mérito e uma justiça, que só um cretino poderá colocar em causa.


Também é verdade que não foi um Dragão exuberante, contundente, brilhante, mas foi um F.C.Porto em bom plano, que, com excepção dos primeiros minutos, em que o Vitória entrou melhor e até criou o primeiro lance de perigo, dominou, controlou e teve, não muitas, mas duas ou três belas oportunidades que desperdiçou. Sem Hulk e tudo o que ele representa no último terço do campo, o conjunto orientado por Villas-Boas não foi tão forte, tão pressionante, tão perigoso, teve mais dificuldades em se expressar na zona de decisão, mas não permitiu grandes veleidades a uma equipa boa, motivada - e de que maneira! -, que defendeu sempre com muitos atrás da linha da bola e até abdicou do seu avançado de referência e seu melhor goleador, Edgar.


Isto na primeira-parte, porque na segunda e tal como aconteceu em Olhão, o técnico portista voltou a mexer e voltou a mexer bem. Fazendo entrar Guarín primeiro, para o lugar de Belluschi e Rodríguez depois, para o lugar de Varela, André Villas-Boas voltou a acertar e a ser feliz. O jogo do F.C.Porto melhorou, a pressão aumentou, o domínio também, o perigo foi rondando cada vez mais a baliza vitoriana e como corolário de tudo isso apareceu o golo que a equipa azul e branca já justificava, após uma brilhante assistência a rasgar de James que Falcao não desperdiçou. A perder M.Machado fez o que fazem normalmente os treinadores de equipa pequena, lá começou a meter avançados, mas conforme ia metendo ia piorando o jogo da sua equipa e só por mero acaso a vantagem do líder do campeonato não aumentou - só viria a acontecer no último minuto. Para mal dos adeptos e equipa portista que sofreram mais do que mereciam e para bem do treinador do Vitória, pois a sensação que o jogo mostrou e que ficou é que se o segundo golo tem entrado mais cedo, a filial minhota do clube do regime tinha saído do Dragão goleada.


Mais um passo e segunda vitória no ciclo de cinco jogos cinco vitórias que o F.C.Porto, palavras de Villas-Boas, pretende conseguir. Estamos bem, confiantes e cada vez mais próximo do título. Os cães vão ladrando, mas a caravana azul e branca lá segue tranquilamente, com um saldo fantástico de 20 vitórias e 2 empates, em 22 jogos.

Vi jogadores a jogarem muito bem e apenas três e um suplente a destoarem um pouco - Belluschi, talvez o nascimento da filha, com tudo o que isso representa, o tenha afectado e desconcentrado; Varela, ainda não foi desta que fez aquilo que está ao seu alcance, fazendo coisas bonitas e logo a seguir estragando tudo; Maicon, sempre batido pelo ar, ele que é dos jogadores mais altos do plantel; e R.Micael, o suplente que, ao contrário dos outros dois que entraram, Guarín e C. Rodríguez, desperdiçou a oportunidade, mais uma.


Foi um sábado cheio, com vitórias em basquetebol, hóquei, frente ao clube do regime - num excelente jogo e com um ambiente a fazer recordar os bons velhos tempos do Américo de Sá - e em futebol, principal modalidade do clube. Um sábado que deixou o F.C.Porto na liderança das principais modalidades que pratica, contribuindo para mais um fim-de-semana de azias múltiplas, com os agentes da propaganda numa azáfama para verem a melhor forma de desviar as atenções de uma realidade fantástica e que entra pelos olhos dentro.

O único óbice e regressando ao futebol, é estarmos a contribuir, com as nossas sucessivas vitórias, para que o Benfica fique mais rico - 350.000 + 500.000, deixa ver...é só fazer as contas!

Cumprimentos

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Primeiras palavras para um treinador que admiro, mas que ontem foi infeliz, ao culpar o árbitro pela derrota da sua equipa.
Manuel Machado ontem traçou uma estratégia errada para vir jogar ao Dragão. Alterou o esquema habitual, deixou Edgar no banco, e se perdeu foi por culpa própria. Veio nitidamente à procura do empate, e só Nilson e a nossa ineficácia na finalização lhe valeram para não sair humilhado do Dragão.
Jorge Sousa prejudicou o FC Porto logo na primeira parte ao não expulsar Jorge Ribeiro após entrada violenta com os pitões na cocha de Moutinho.
Na segunda parte o Vitória não efectuou um único remate.
O Vitória deu menos réplica ao FC Porto, que por exemplo o Pinhalnovense.
Foi o adversário mais "cagão" que passou pelo Dragão esta época em todas as competições.

Ontem o FC Porto entrou pouco agressivo no jogo. Depois do brilhante jogo que fez em Olhão, Belluschi apareceu muito desconcentrado, a errar muitos passes, e compreende-se, Belluschi teve uma semana de emoções fortes com o nascimento da sua filha Francesca na quarta-feira, e por conseguinte psicológicamnete não estaria a 100 %.

No meio campo Moutinho e Fernando lutaram imenso, e Fernando esteve muito bem no capitulo das recuperações de bola, e cortes providenciais nas saídas para contra-ataque do Vitória.

Mesmo sem rubricarmos uma grande primeira parte, tivemos as melhores ocasiões de golo, uma delas flagrante desperdiçada por Maicon.

Na segunda parte entramos muito mais agressivos, e Villas-Boas sem demoras, colocou Guarin em campo e a partir desse momento ganhamos o meio campo e o jogo.
O golo acabou por surgir com naturalidade, num excelente passe de James para Falcao, e o segundo depois por Cebola, que entrou muito bem no jogo, e que matou o desafio confirmando uma importante vitória rumo ao título.

Destaques individuais para Falcao, na minha opinião o melhor em campo pelo que lutou. Helton, Fernando, Fucile e Rolando estiveram seguros na defesa.
Penso que Maicon foi titular para marcar Edgar, que acabou por ficar no banco. Maicon é forte no jogo aéreo, e assim poderia travar o goleador Edgar cujo forte é precisamente o jogo aéreo.

Alvaro deu muita velocidade ao jogo, apenas falhando na decisão final das jogadas.
James é um excelente jogador, de grande qualidade técnica e de último passe, e foi mais uma vez decisivo.
Varela esteve uns furos abaixo do habitual.

Última nota para o público que esteve em bom número para apoiar a equipa, aproveitando a tarde de ontem que foi fantástica, com a vitória sobre os visitantes no hóquei e mais uma vitória no basquetebol, e assim nas 3 modalidades estamos em 1º. lugar.

Abraço e bom domingo

Paulo

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Vitória normal da única equipa que jogou com esse objectivo.

Primeira parte que só não teve golos pela ineficácia dos remates portistas, rectificada no segundo tempo, onde Álvaro Pereira, James Rodríguez, Falcao e Guarín sobressaíram pela importância das suas performances na construção de mais uma vitória, a 20ª em 22 jogos, que nos catapulta com mais vigor para a conquista do ambicionado título.

Parabéns para esta equipa e para o seu treinador que esteve particularmente feliz nas substituições.

Um abraço

Tripeiro disse...

Grande vitoria sobre os espanhóis para terminar o grande dia que vivi ontem de apoio ao mágico Porto... e falta cada vez menos para a consumação do RESGATE.

Com o Porto sempre, pelo Porto tudo!

austria87 disse...

OLA
Muito gosto de ganhar aos tipos do castelo.
ABRAÇOS