terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Hóquei em Patins * FC Porto 6 - Benfica 5

14ª. Jornada do Campeonato Nacional

Pavilhão Dragão Caixa

Árbitros: Luís Peixoto (Lisboa), Joaquim Pinto (Porto) e José Nave (Lisboa)

FC PORTO: Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira, Caio, Pedro Gil e Reinaldo Ventura
Jogaram ainda: Gonçalo Suíssas, Filipe Santos (cap.) e Tiago Santos
Treinador: Tó Neves

BENFICA: Ricardo Silva (g.r.), Valter Neves (cap.), João Rodrigues, Sérgio Silva e Luís Viana
Jogaram ainda: Carlos López, Diogo Rafael, Esteban Abalos, Cláudio Filho e Pedro Henriques (g.r.)
Treinador: Luís Sénica

Ao intervalo: 3-3
Marcadores: João Rodrigues (9m), Reinaldo Ventura (13m, 20m, 22m, 30m [pen.] e 41m), Diogo Rafael (19m e 50m), Carlos López (23m e 31m) e Caio (34m)

Cartões azuis: Luís Viana (13m e 43m), Tiago Santos (43m) e Ricardo Silva (48m)

Publicado em fcporto.pt

O FC Porto Império Bonança venceu este domingo o Benfica, por 6-5, num jogo em que Reinaldo Ventura foi a figura, ao marcar cinco golos. O resultado é o espelho de um encontro emotivo e a espaços bem jogado, em que os Dragões se superiorizam com naturalidade. Afinal de contas, os lisboetas não vencem o FC Porto, para o campeonato, desde a época 2008/09, e estão agora cinco pontos atrás no campeonato.

Depois de uma sentida homenagem a Joaquim Santos, pai do capitão Filipe Santos, que faleceu na quinta-feira, o FC Porto entrou melhor na partida, com Caio e Pedro Gil a serem os primeiros a testar Ricardo Silva. Aos quatro minutos, Reinaldo Ventura apareceu isolado, mas o golo não surgiu. A partir daí, o Benfica foi capaz de equilibrar as operações apostando essencialmente no contra-ataque, com os Dragões a dominarem em termos de posse de bola.

Os visitantes chegaram primeiro ao golo, por intermédio de João Rodrigues, que rematou antes do meio-campo, aos nove minutos. A reacção dos Dragões foi imediata, com Reinaldo Ventura a atirar à trave, dois minutos depois. Mas o “careca” do FC Porto só marcaria na conversão de um livre directo, a castigar falta de Luís Viana, aos 13 minutos. O número 66 desferiu um remate directo, violento, e comemorou “à Lucho González”, com a mão sobre a testa.

A partir desse momento, as equipas encaixaram-se e a partida desceu um pouco de intensidade. No entanto, num contra-ataque, os lisboetas voltaram a colocar-se em vantagem, por intermédio de Diogo Rafael. No minuto seguinte, os azuis e brancos beneficiaram de um livre directo, dado que o adversário cometeu a décima falta. Reinaldo Ventura, na recarga, restabeleceu o empate, sendo justo dizer que a eficácia portista nas bolas paradas foi decisiva para o triunfo.

Aos 22 minutos, o FC Porto colocou-se pela primeira vez em vantagem, através de um remate de meia distância de Reinaldo Ventura, que o guarda-redes Ricardo Silva acabou por desviar para as próprias redes. No entanto, em cima do intervalo, Carlos López fez o 3-3, num desvio feliz a um remate que parecia destinado à tabela.

Na segunda parte, foi de bola parada que os Dragões regressaram ao comando do marcador, com novo tento de Reinaldo Ventura, na conversão de um penálti a castigar falta de Sérgio Silva. O Benfica ainda voltou a empatar, por Carlos López (que não desperdiçou o livre directo correspondente à décima falta portista), mas seria a última vez em que o faria na partida.

Com mais “pulmão” do que o adversário, os azuis e brancos estiveram perto de regressar à liderança quando o guarda-redes Ricardo Silva, com a máscara, defendeu um penálti de Reinaldo Ventura (a castigar falta de Sérgio Silva quando Pedro Gil seguia isolado). Aos 34 minutos, o guardião evitou que o espanhol marcasse por duas vezes, mas à terceira não conseguiu evitar o remate vitorioso de Caio, à boca da baliza.

Este foi o momento decisivo da partida, em que o pavilhão “explodiu”, e não mais o FC Porto largaria a liderança. A importância de Edo Bosch veio ao de cima, com um punhado de defesas importantes (incluindo um livre directo de Carlos López), mas Reinaldo Ventura surgiria de novo para praticamente “matar” o jogo, aos 41 minutos, na conversão do livre directo correspondente à 15.ª falta benfiquista. Até ao apito final, os Dragões controlaram o jogo, com Pedro Gil a desperdiçar ainda um penálti.

O golo de Diogo Rafael, a segundos do fim, não foi mais do que o estrebuchar de um Benfica que vê o FC Porto conquistar o campeonato há dez anos consecutivos. Ainda há muitos jogos pela frente, mas já se vislumbra uma luz que pode guiar o FC Porto para o desejado hendecacampeonato.


Tó Neves, treinador do FC Porto Império Bonança, atribui a vitória dos Dragões frente ao Benfica (6-5) à vontade de vencer da equipa, mas também à sua "dignidade" e "solidariedade". O técnico garante que foram esses valores que fizeram a diferença num "jogo equilibrado, entre duas boas equipas".

A grande estrela da tarde foi Reinaldo Ventura, com cinco golos marcados, num total de seis. Tó Neves admite que foi "um dia feliz" para o jogador, mas não descarta o trabalho de toda a equipa. "Para o Reinaldo marcar, é necessária toda a equipa", sublinha.

O treinador do decacampeão nacional afirma que este jogo não foi decisivo e que ainda "há muito hóquei e muitas rasteiras pela frente". No entanto, frisa que toda a equipa está atenta e focada e que se "prepara jogo a jogo", para que não existam surpresas.

Tó Neves relembrou ainda palavras anteriores, em que admitiu que este campeonato não ia ser tão fácil como os anteriores. Mas garante que não caiu "de pára-quedas" na modalidade e que já tem muitos anos de experiência no hóquei em patins.



O FC Porto segue 100% vitorioso a sua caminhada, isolado com 39 pontos, mais cinco que o segundo classificado Benfica, que hoje tem um jogo complicado diante do Candelária.

Na próxima jornada, dia 11 de Fevereiro, o FC Porto tem uma deslocação difícil ao ringue do Candelária.

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