domingo, 26 de fevereiro de 2012

Novamente na liderança!

O FC Porto recebeu hoje e venceu o Feirense no Estádio do Dragão em jogo a contar para a 20ª jornada da Liga Zon Sagres. Face ao empate do Benfica em Coimbra, uma vitória apresentava-se como o resultado obrigatório, para que pudéssemos retomar a liderança da liga, lugar que pertence naturalmente ao Porto.

Para atacar o jogo, Vítor Pereira apostou no seu melhor onze, esquecendo as poupanças que poderia fazer, mas que na minha opinião fez bem em esquecer, pois cada jogo do campeonato deverá ser encarado agora como uma final cujo único resultado admissível é a vitória. Assim, alinharam de início: Helton, Sapunaru, Alvaro Pereira, Maicon, Rolando, Fernando, Moutinho, Lucho, Varela, Hulk e Janko.

Varela jogou apenas metade da primeira parte, dando lugar a James por lesão.

Como seria de esperar, dada a sua posição logo acima da linha de água na tabela classificativa, a equipa da Feira jogou sem arriscar qualquer iniciativa de ataque, defendendo muito atrás e tentando jogar no erro do adversário. Sendo essa forma de jogar já previsível, exigia-se um FC Porto rápido nas transições e com boas movimentações, o que não aconteceu. Durante a primeira parte, os azuis e brancos estiveram mais uma vez muito lentos, com jogadas demasiado denunciadas e sem inspiração no ataque. 
Com o Feirense a defender muito bem a sua baliza, com destaque também para o guarda-redes que fez duas ou três intervenções que evitaram o golo portista,principalmente no livre directo cobrado por Hulk aos 43 minutos, e no remate de James, após boa jogada e assistência de Hulk aos 45, a equipa portista não conseguiu criar um ritmo de jogo fluído e interessante.

Apesar do claro domínio em toda a primeira parte, que as estatísticas bem deixam entrever, não houve grandes oportunidades de golo além das já referidas. Foi uma primeira parte monótona, sem imaginação por parte dos construtores de jogo portistas, e sem oportunidades evidentes para os avançados.

Na segunda parte, é aos 49 minutos que surge a primeira grande oportunidade de golo, através de um grande remate de Janko para uma bela defesa de Paulo Lopes. Depois, as oportunidades foram surgindo, à medida que o Porto ia acelerando o ritmo de jogo, mas por várias ocasiões se perderam boas oportunidades, devido à cerimónia que os jogadores portistas faziam para rematar... Ora são egoístas e perdem bolas, ora são cerimoniosos e perdem oportunidades... Janko voltou a ter uma boa oportunidade após grande centro de James na esquerda, mas a bola saiu ligeiramente por cima. Aos 58 minutos o mesmo Janko conquista uma grande penalidade, após falta cometida por Luciano na grande área, mas Hulk deixa que Paulo Lopes volte a estar em evidência no jogo e defenda o seu remate. Pouco depois, o guardião Feirense volta a opor-se aos remates portistas ao defender um remate de fora da área de James, e a respectiva recarga de Janko.

Da maneira que o jogo se apresentava, com o aumento de ritmo que os azuis e brancos impuseram, seria uma questão de tempo até o primeiro golo entrar, o que aconteceu aos 68 minutos de cabeça por Maicon, após livre cobrado por James. Um minuto depois nova excelente oportunidade de golo, desta vez através de Lucho Gonzalez, com a bola a embater estrondosamente na barra da baliza de Paulo Lopes. Logo em seguida, após grande jogada de ataque comandada por João Moutinho, Lucho cruza para o segundo tento portistas concretizado por James Rodriguez. Houve ainda tempo para Hulk não conseguir concretizar um livre indirecto dentro da grande área.

A segunda parte foi claramente melhor do que a primeira, devido a dois factores: por um lado o aumento da intensidade de jogo, que leva naturalmente à criação de mais oportunidades, por outro, a presença de James Rodriguez, que mais uma vez foi decisivo na vitória alcançada: fez a assistência para o primeiro golo e marcou o segundo. De referir ainda que o resultado poderia ter sido bastante mais dilatado: não esquecer que desperdiçámos uma grande penalidade, logo a seguir Lucho envia uma bola à trave, e Paulo Lopes fez uma exibição muito boa, impedindo todos os golos que conseguiu...

Dito isto, é preciso reflectir porque é que os azuis e brancos não entram desde o primeiro minuto com esta atitude ofensiva pressionante, perdendo a oportunidade de construir a vitória desde o início, e também porque é que James continua a ser suplente, quando o Porto claramente é melhor quando está em campo.





A vitória do Porto foi incontestável, merecida, e as estatísticas são esmagadoras. Destaque para James, principal responsável pela revolta operada no jogo, e para Lucho e João Moutinho, que cresceram imenso na segunda parte. Janko esteve também bem, apesar de não ter conseguido facturar esta noite. Destaque, do outro lado, para Paulo Lopes, que travou tudo aquilo que conseguiu.

Com esta vitória, estamos novamente na liderança da Liga Zon Sagres, posição que nos pertence naturalmente. Espera-se que na próxima 6ª feira a equipa surja com uma atitude de campeão desde o primeiro minuto. O jogo frente ao Benfica será forçosamente diferente, mais competitivo, e que exigirá maior concentração a nível defensivo, e eficácia a nível ofensivo.


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O campeonato é a competição que mais nos interessa, e é essa que temos que ganhar.

Força Porto!

Saudações portistas,
Carla Correia

5 comentários:

P. Ungaro disse...

Boas,

Sobre o jogo ha duas partes distintas, na primeira o Porto esteve lento, passes lateralizados, poucas desmarcações fundamentalmente pouca movimentação. Na segunda parte o FCP surgiu com uma atitude completamente diferente, começou a pressionar mais alto, alternou as desmarcações laterais com boas movimentações pelo centro do terreno que deram frutos em dois golos que podiam ter sido mais.
Agora só temos que ir ganhar á luz ... fácil !!!

Um abraço

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com

100% Dragão disse...

Boas

Primeira parte muito fraca, tudo muito lento, uma lentidão que não é de hoje. Na segunda parte entramos muito bem, e com a expulsão o Porto dominou ainda mais e criou várias oportunidades. Vitória justíssima e importantíssima. Agora somos lideres e tudo é possível. Mas o Porto é capaz de fazer muito mais, e vai ter que jogar melhor para ser Campeão.

Força Porto!!!

Abraço

http://100porcentodragao.blogs.sapo.pt/

dragao vila pouca disse...

Uma boa casa, 34.229 espectadores, assistiram ao regresso do F.C.Porto à liderança do campeonato, Liga Zon Sagres, quando vamos entrar no último terço da prova, quando muitos já apregoavam que o vencedor estava encontrado e não era o clube da Invicta... Mas não foi fácil lá chegar. Foi preciso sofrer mais do que o esperado, por culpas, muitas, do Campeão e mérito do Feirense, principalmente, do seu inspirado guarda-redes. Quando falo em culpas do Campeão, refiro-me, obviamente, à péssima primeira-parte da equipa treinada por Vítor Pereira.
O F.C.Porto dos primeiros 45 minutos parecia uma equipa inexperiente, pouco habituada a liderar e que perante a possibilidade de chegar ao topo da classificação, ficou tolhida de ansiedade, paralisada, incapaz de jogar. Foram tantos os passes errados, tantas bolas perdidas, tantas jogadas inconsequentes, que o público reagiu e assobiou.

Na segunda-parte tudo foi diferente e para muito melhor. Entrando forte, mais rápida a recuperar, a trocar e a soltar a bola, a equipa portista esteve mais esclarecida, melhor organizada, procurou e conseguiu dar mais largura ao seu jogo, encostou o Feirense lá atrás e foi criando situações de golo que Paulo Lopes foi evitando como pôde. O domínio era total, só dava Porto, o Feirense já não saía, o golo adivinhava-se. Adivinhava-se, era justo e podia ter acontecido ao minuto 13, quando Hulk falhou uma grande penalidade a castigar a falta de Luciano, que foi expulso, sobre Janko - falarei deste lance mais lá para a frente... Mas Hulk, que não esteve nos seus melhores dias, falhou e o teimoso zero a zero manteve-se.
Manteve-se a igualdade, mas também se manteve tudo o que de bom a equipa portista vinha fazendo. Com a equipa da Feira só preocupada em defender e menos um homem, Vítor Pereira, bem, tirou Sapunaru, pouco profundo e meteu Djalma. Com o angolano, que entrou muito bem no jogo, o futebol do Campeão ganhou dois flancos, maior largura, tornou-se, se é possível dizê-lo, mais perigoso. Como corolário, uffa, golo de Maicon e Porto na frente do marcador e do campeonato. Passados 5 minutos, James aumentou a vantagem, o resultado ficou decidido, a vitória e a liderança garantidas
Concluindo: má, muito má, primeira-parte. Segunda-parte bom nível. Vitória justíssima, cristalina, que só peca por escassa - merecíamos mais dois ou três golos. Estamos em primeiro lugar, na luta pelo título e com bons níveis de confiança. Mas atenção, não podemos repetir exibições como a dos 45 minutos iniciais da partida de hoje.

Notas finais:
Maicon foi um gigante, tem sido o jogador mais regular do F.C.Porto em 2011/2012. Na época passada, eu incluído, poucos davam alguma coisa pelo jovem defesa brasileiro - irregular, desconcentrado, erros comprometedores... Valeu a teimosia de Vítor Pereira e hoje Maicon está muito mais jogador, um jogador fiável, melhor a central, mas capaz de jogar a lateral, sem comprometer.

Janko estava sozinho dentro da área, bem enquadrado com a baliza, tendo só o guarda-redes pela frente, em posição privilegiada para fazer golo. Foi derrubado por trás por Luciano, de forma clara e que não deixa dúvidas. Penalty e expulsão sem margem para discussão, Feirense a jogar com 10. Mérito do F.C.Porto, que construiu uma jogada que deixou o seu ponta-de-lança na cara de Paulo Lopes. Ouvindo alguns, repisaram até à exaustão que a equipa da Feira jogou com menos um, até parece que o árbitro errou, a saída do jogador do Feirense foi obra e graça do Espírito Santo. Não, foi por obra e graça dos jogadores do F.C.Porto e ao falar-se sempre da expulsão, está a ser-se injusto e de alguma forma, tirar mérito à vitória portista. E que dizer dos responsáveis do clube aveirense? Queixam-se de quê?

Abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Ontem poderíamos ter deitado tudo a perder na primeira parte, não pelo jogo produzido pelo Feirense, mas sim pela ansiedade e falta de sorte na finalização.

Entramos muito ansiosos, sem criatividade, e com o Feirense a defender e a trocar bem a bola, gerou-se a impaciência dentro e fora de campo.

Apesar da má primeira parte, a figura da noite por parte dos forasteiros Paulo Lopes negou nos a vantagem mínima ao intervalo.

Não se compreende o porquê de VP não colocar James de início.
Nos jogos diante de adversários que recuam muito as linhas, o colombiano tem capacidade para romper, e pela sua velocidade e criatividade pode marcar a diferença, tal como ontem fez a partir do momento que entra em campo.

Na segunda parte entramos agressivos e com uma dinâmica pelas alas que permitiu abrir a defesa contrária.
Enquanto que na primeira parte corríamos com a bola, na segunda metade fizemos a bola correr, o que torna o jogo mais rápido e imprevisível para quem defende.

Obtivemos a oportunidade do penalti, mas mais uma vez Hulk, tal como em Olhão, falha um penalti numa fase do jogo que poderia ser decisiva.

Felizmente a nossa equipa não baixou os braços e continuou na procura da vantagem e acabou por consegui-la de bola parada por Maicon, o nosso defesa com maiores níveis de confiança.
O segundo golo depois surge com naturalidade face ao nosso domínio atacante.
Paulo Lopes impediu que o Feirense saísse goleado do Dragão, efectuando um punhado de grandes defesas.

Valeram os 3 pts que nos dão a parceria na liderança com o Benfica, e na próxima jornada diante deste mesmo adversário, teremos uma grande oportunidade de definitivamente isolar-nos na liderança da liga a nove jornadas do final.

Assim acredito e espero.

Abraço e boa semana

Paulo

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Mais um jogo de um Porto de duas faces, como já vem sendo hábito. O primeiro de futebol pastoso, pausado e inconsequente. Ainda assim, com duas ou três boas oportunidades falhadas pela pouca acutilância dos rematadores portista e o brilhantismo do guardião Feirense.

O segundo (da segunda parte)já mais próximo de uma equipa com ambições. Futebol mais incisivo, esclarecido e perigoso. As oportunidades sucederam-se em catadupa e os golos apareceram inevitavelmente.

Custa a perceber este tipo de exibições. Os jogadores têm classe, são capazes de ultrapassar quaisquer obstáculos, mas a auto-confiança parece funcionar intermitentemente. Dá a ideia que o treinador não lhes consegue insuflar a dose certa de força anímica.

O Campeonato começa a caminhar para o seu epílogo, altura em que vai ser necessário, mais que nunca, essa força.

Um abraço